sábado, junho 28, 2008

A falsa emergência social no discurso hipócrita da Direita


"A vaga avassaladora de propostas de infra-estruturas que este Governo anuncia e de que o país nem sempre carece, e para os quais manifestamente não tem dinheiro, ficará para a história como um dos maiores erros políticos cometidos", declarava Manuela Ferreira Leite, no discursou de encerramento do XXXI Congresso do PSD, em Guimarães. Manuela Ferreira Leite, considerava que Portugal vive uma situação de emergência social que impõe apoios públicos para combater a pobreza e contestava o investimento do Governo em novas infra-estruturas, mas sem se referir a que infra-estruturas se opõe, a presidente do PSD defendia que "não é gastando recursos públicos que Portugal avança e isso exige que a política de investimentos públicos tem de ser muito criteriosa".

Vinda de quem vem e conhecendo o seu passado de despreocupação social nos governos de que fez parte, só poderá estranhar-se esta nova preocupação sobre a emergência social.

Quem não se recorda das políticas liberais estabelecidas na altura, por esta Direita? Das 4 (quatro) linhas de TGV, da estúpida e desnecessária aquisição de dois submarinos, que vamos ter pagar no futuro, ou ainda quem não se lembra da feroz oposição do rendimento mínimo que Guterres instituiu mas que, chegados ao governo não tiveram coragem para acabar com ele limitando-se a mudar-lhe o nome?

Estranha emergência social esta que agora passou a ocupar o discurso da Direita. Esta emergência balofa não passa de um eufemismo para a próxima “urgência eleitoral” que, essa sim, a preocupa a sério!...

Velho país, este...

Com o final do 31º congresso laranja, finalmente acabava também a saga do PSD ao encontro de uma liderança capaz. Este PSD, agora de Manuela Ferreira Leite, volta a ser “mais do mesmo”, repetitivo, um “dejàvu” para que possa gerar a necessária confiança dos sociais-democratas, (quanto mais dos eleitores) e protagonizar verdadeiramente a mudança que estes tanto pretendem.

Com a frágil representatividade dos seus apenas 37% de votos uma vez mais o PSD coloca na liderança alguém que parece não transmitir confiança, nem sequer a quem a elegeu. Claro que seria desejável uma liderança inovadora, criativa que pudesse contribuir para alimentar a auto-estima da sociedade portuguesa.

Onde estão as propostas que mobilizem os cidadãos para os desafios dos novos tempos? Quais são os objectivos traçados capazes de galvanizar o povo em torno deles? Sente-se que este país está definitivamente cansado deste tipo de políticos, pelo que teria sido interessante ver o PSD dar um passo em frente e romper com o passado, permitindo o aparecimento de nova gente com ambição e vontade de vencer; mas parece ser muito difícil o desfazer deste apego ao poder, por parte daqueles que nele se fazem perpetuar.

O resultado do congresso laranja é a demonstração do que acabo de referir, ou seja de um Portugal adiado. Um sinal evidente de um Regime cansado. É a confirmação da crise de uma Direita falida. Uma espécie de albergue Liberal onde se acolhe um emaranhado de interesses pessoais e de grupo.

O trágico é que todos nós pagamos bem caro este perpetuar dos velhos políticos e a inépcia daí resultante, proporcionando-nos mais do mesmo. Assim sendo, e na remota hipótese do PS perder as próximas eleições, com esta renovação, o PSD arriscava-se a propor-nos a mais velha primeira-ministra do mundo. Velho país, este!..

domingo, junho 22, 2008

A abominável ERSE

Depois de sabermos que a ERSE, no âmbito do sector eléctrico, tem como principais atribuições proteger os direitos e interesses dos consumidores em relação a preços, serviços e qualidade de serviço, ficámos revoltados ao saber que esta abominável ERSE - Entidade Reguladora do Serviços Energéticos, pela boca do seu privilegiado presidente, Vítor Santos, avançou com propostas indecentes para penalizar as famílias e empresas cumpridoras propondo que, de três em três meses, houvesse mudanças no tarifário da electricidade, onerando ainda mais os consumidores. E para quê? Para que os consumidores cumpridores venham agora partilhar os custos dos incobráveis substituindo-se à incapacidade da EDP em fazer frente a estas dívidas.
O sr. Vitor Santos, para aquilo que ganha, quer a monstruosa EDP que tanto protege, (preterindo os consumidores – que deveria defender) deveriam saber que o risco do negócio é um factor normal em qualquer actividade empresarial. Uma empresa para ser empresa tem que lidar com o risco, seja no sector eléctrico ou em outro sector qualquer…
Desta desprezível ERSE resta dizer: do preço a que nos fica, ao mal que nos causa, fácil é aferir da sua inutilidade, e os consumidores bem a dispensam, pelo que o melhor mesmo será exterminá-la definitivamente, cortando o mal pela raiz.

domingo, junho 15, 2008

Finalmente as ansiadas acessibilidades…


Ufa! Finalmente chegou a tão ansiada notícia!..
Ontem tivemos conhecimento da melhor notícia que as populações dos concelhos da encosta norte da Serra da Estrela poderiam ter neste momento, ou seja: ontem em, Conimbriga, José Sócrates afirmava que tinha chegado o momento do Governo «olhar para a zona do pinhal». O primeiro-ministro encerrava a assim a cerimónia de lançamento da nova concessão «Pinhal Interior», que terá uma extensão total de 567 quilómetros, no âmbito do programa «Governo Presente». E, nesta sequência, ficámos a saber com a maior satisfação que o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, tinha homologado a adjudicação do estudo prévio para a construção do IC6, IC7 e IC37 que vão constituir a futura rede rodoviária para as populações da Serra da Estrela de encontro ao nosso aguardado desenvolvimento.
Até que enfim vamos de ter as mesmas oportunidades e condições de desenvolvimento que já quase todas as regiões do país já possuem, em termos de acessibilidades. Finalmente vamos ter acesso ao que já deveria estar feito há muitos anos atrás para que as gentes da beira-serra se possam afirmar no contexto nacional.
Estas acessibilidades são fundamentais para promover a nossa coesão regional e, naturalmente, a coesão nacional, de encontro ao sentido de responsabilidade que a solidariedade e a procura de uma igualdade de oportunidades que há muito devia ter sido contempladas pelos governos centrais quebrando o isolamento em que, até agora, temos vivido.


O “não” irlandês ao "Tratado de Lisboa"
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O “não” irlandês ao Tratado de Lisboa coloca dúvidas sobre o futuro da Europa? Assim sendo qual é então a alternativa dos eurocépticos à construção europeia?
Três anos depois dos eurocépticos franceses e holandeses terem rejeitado a primeira proposta de uma Constituição Europeia, o resultado do recente referendo Irlandês vai, no mínimo, desencadear na União Europeia uma forte crise de confiança.
Votar “não” será melhor que votar “sim”? Neste caso os eurocépticos deveriam explicar o porquê do sentido de voto negativo. Assim, o pais que votou pelo “não”, não deveria, obrigatoriamente, apresentar a alternativa?
Como é que apenas 10% dos políticos eurocépticos conseguem mobilizar, (leia-se manipular”) um pequeno exército da opinião pública a votar “não”, aproveitando o comodismo, (leia-se abstenção) dos adeptos do “sim”, sem apresentarem alternativa?
Como é que esta infeliz decisão de 0,5% da população europeia pode colocar 99,5% população dos restantes 26 países da União como espécie de reféns do seu incompreensível voto?
Todos sabemos que a Irlanda foi talvez o país que melhor aproveitou os fundos comunitários e se tornou um país bastante competitivo. Agora, que parecem ser ricos, voltam as costas a uma Europa que foi fundamental no seu desenvolvimento. Será que a Europa é para este povo uma espécie de união de interesseiros? A Europa dos irlandeses só serviu para financiar o seu próprio desenvolvimento? E onde se situa a solidariedade para com os restantes países da União?
Nesta linha, e cá por “casa”, enquanto o CDS, cinicamente, lembra a importância de respeitar a vontade dos irlandeses, o PCP e o BE enaltecem a vitória do "não". Quando sabemos que na perspectiva destes partidos extremistas, (da direita e da esquerda) nem sequer deveríamos integrar a União, qual seria então a alternativa destes eurocépticos?
O “sim” é fundamental à construção europeia, pois a UE precisa, urgentemente, de fazer face aos problemas e aos desafios que se lhe colocam pela frente e afirmar-se como um bloco respeitável e respeitado no contexto global do planeta. Uma Europa que precisa de ter uma voz mais forte no Mundo, com poder de decisão e com capacidade de influenciar económica e politicamente, traçando o seu próprio destino, e capaz de responder com eficácia aos problemas mais prementes da modernidade.

sábado, junho 14, 2008


“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.

Recordando um dos grandes dignitários deste país

Há 120 anos, em 13 de Junho de 1888, nascia em Lisboa, Fernando António Nogueira Pessoa. (Fernando Pessoa para os amigos). Depois de uma vida agitada viria a falecer 47 anos mais tarde, em 30 de Novembro de 1935. Aos cinco anos morreu-lhe o pai, vitimado pela tuberculose, e, no ano seguinte, o irmão, Jorge. Devido ao segundo casamento da mãe, em 1896, com o cônsul português em Durban, na África do Sul, viveu nesse país entre 1895 e 1905, aí seguindo, no Liceu de Durban, os estudos secundários. A influência da cultura inglesa durante a infância e adolescência iria, definitivamente, marcar a sua vida a e a sua obra.

Como todas as pessoas verdadeiramente importantes morreu na solidão do seu genial valor, abandonado e doente, tendo sido sepultado no Cemitério dos Prazeres numa “cerimónia fúnebre” testemunhada por cerca de 50 amigos.

Também, como sempre, reconhecida que foi a sua dimensão intelectual, cinquenta anos após a sua morte foi transladado para o Mosteiro dos Jerónimos, para junto daqueles que admirou, nomeadamente, Camões. Esta é por sistema a última morada concedida aos mais altos dignitários deste país, de ingratidão, para com os seus melhores que tão vilipendiados foram em vida!

“O poeta é um fingidor./Finge tão completamente/Que chega fingir que é dor/A dor que deveras sente.”

Considerado por muitos o poeta mais representativo do século XX, Pessoa partilha connosco o seu pensamento através de heterónimos, conduzindo-nos a uma profunda reflexão sobre a relação entre verdade, existência e identidade. Os seus três heterónimos mais conhecidos (e também aqueles com maior obra poética) foram Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro.Há ainda um quarto heterónimo de grande importância na sua obra que é Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego, notável obra literária do século XX.

Do seu extenso pensamento, e notável obra, apenas o livro “Mensagem” foi publicada em vida sendo, por muitos, considerada a sua verdadeira obra. A sua voz, incómoda e denunciadora, continua ainda tão actual como ontem. O escritor denuncia, já na altura, um país onde tudo era (é) nocturno e confuso. Considerava então «três espécies de Portugal, bem como três espécies de português»: um começava com a nacionalidade, “a forma e o fundo da nação, trabalha obscura e modestamente. Existe porque existe, e é por isso que a nação existe”; outro: “é o português que o não é», o que governa o país, “mas divorciado do país que governa. Contra a sua vontade é estúpido”. Finalmente: é o «português que fez as Descobertas, o que sonhou, mas que se foi em Alcácer Quibir», deixando, porém, alguns parentes que intentam ainda no sonho - são os portugueses que «projectam a fé», que procuram ideais, são os portugueses que sonham.

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...



Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

quinta-feira, junho 12, 2008

OS RUFIÕES E O ESTADO DE DIREITO

O interlocutor nas negociações e presidente da ANTRAM, António Mousinho, apelava à desmobilização dos profissionais de transportes de mercadorias que se encontram em piquetes espalhados pelo país, uma vez que, na sua opinião, "com o acordo alcançado, deixa de haver razões para o protesto".O dirigente da ANTRAM apelava também a todos os camionistas para que abandonassem os piquetes, de forma ordeira, "para que a situação seja restabelecida rapidamente".
Das negociações havidas e acordadas entre a direcção da Associação Nacional dos Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, em reunião que terminou ao anoitecer, salientam-se:
portagens reduzidas, no período nocturno, para profissionais do sector do Transporte de mercadorias, a majoração das despesas de combustíveis para efeito de despesas em sede de IRC, num mínimo de 20 por cento, já em 2009, sendo que o valor do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) se mantém inalterado e nos próximos três orçamentos do Estado manter-se-á o imposto de camionagem nos valores de 2007.
O acordo contempla ainda uma indexação do frete ao custo do aumento dos combustíveis, e determina um prazo máximo de 30 dias para pagamento de facturas aos transportadores, com coimas para os casos de incumprimento. Entre as medidas conta-se ainda uma forma especial de pagamento do IVA, já em vigor para o próximo ano fiscal. Foram ainda considerados vários apoios específicos para a renovação de frotas, e para o abate de veículos em fim de vida assim como subsídios para a formação profissional são outras medidas acordadas entre o Governo e a ANTRAM. Parece que apenas a reivindicação de gasóleo profissional não faz parte do acordo obtido entre as partes.
Depois de obtido este difícil acordo de princípio, em que determinadas medidas que envolviam vários ministérios, é lamentável a falta de autoridade e complacência da GNR em alguns pontos do país, onde os motoristas são ameaçados na sua integridade física.
O poder não caiu à rua e, por conseguinte, não se compreende que num Estado de Direito haja lugar a estes atentados à liberdade dos cidadãos cometidos por uma espécie de brigadas populares dos novos tempos.
Num regime Democrático a Justiça não é popular e o Estado deve ser inflexível com actos ilícitos praticados por desordeiros sem escrúpulos, sobretudo quando além dos vultosos danos que provocam na economia nacional, colocam em perigo a integridade física e psíquica de cidadãos livres, que cometeram o crime de tentar circular livremente e de pensar pela sua própria cabeça, num país que há mais de 30 anos vive em democracia
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terça-feira, junho 10, 2008

O euro sem emoção

Desta vez é à Suíça, (em parceria com a Áustria) a quem cabe organizar o Euro 08.
Como sempre tudo está previsto para decorrer de forma irrepreensivelmente exemplar como é, aliás a sua tradição. O país dos chocolates e dos relógios de cuco, pretende, uma vez mais, passar ao resto do planeta a sua capacidade exemplar de organização.
Tudo foi concebido de forma calculada e, quiçá, calculista. Tudo controlado, limpinho, sem ruídos despropositados nas ruas e nos bares (dentro de horas) e, sobretudo, nos bares e nas ruas, (fora de horas) controlando ainda a ingestão de cerveja apenas quanto baste para condicionar o exteriorizar de emoções!
Na verdade os suíços continuam obcecados em transmitir ao Mundo uma imagem organizacional impecável e de absoluta ordem social; mas, ao mesmo tempo, esqueceram-se que um campeonato desportivo, neste caso de futebol, não é a mesma coisa que organizar a habitual cimeira da elite económica mundial, em Davos, por ocasião do Fórum Económico e Social.
Ao contrário das cimeiras, os campeonatos de futebol precisam inexoravelmente de público. Primeiro, porque a comparticipação deste público é fundamental para pagar o evento; depois, porque ele é, em si mesmo, um fenómeno mediático. Sim, o futebol é um desporto de emoções, de celebração colectiva sendo impossível celebrá-lo de forma calculista, sem pessoas, sem adeptos, sem marketing, sem publicidade.
Os suíços não são parvos e ao seu inicial discurso de rigor e tolerância zero deste europeu seguiu-se a velha máxima se a montanha não vem a Maomé vai o Maomé à montanha. Exemplo disso é a forma tolerante com observam agora as celebrações emotivas e ruidosas com que os portugueses vêm celebrando, patriótica efusivamente, nos bares e nas ruas, a presença e o desempenho da sua equipa nacional e, deste modo, a emitir uma espécie de grito emocionado de libertação de um povo emigrante perante o jugo do povo suíço que o acolheu, é certo, mas de um forma fria e distante e sem qulquer substância relacional nesta longa mas transitória caminhada emigrante.
Para terminar afirmo que se alguma coisa este povo português precisa é de vitórias, que tão arredadas andam de todos nós, e de afirmação de portugalidade perante os seus pares no contexto global.
Para já, começámos com uma vitória saborosa e de alto teor nutritivo para alimentar a esperança do nosso esfomeado Ego Lusitano. A seguir que venham o Checos que logo lhes daremos o arroz...
Portugal, Portugal, Portugal....


segunda-feira, junho 09, 2008

Opacidade democrática e as preocupações sociais do PSD

Rendimentos declarados em 2005: mais de 179 mil euros e um duplex em Lisboa


Segundo o Correio da Manhã de 6 de Junho de 2008, na declaração entregue em 2005, no Tribunal Constitucional, Santana Lopes, actual líder parlamentar demissionário declarou como rendimentos de trabalho dependente 25 040 euros e 120 970 euros de rendimentos de trabalho independente.

Valores a somar ainda às pensões, 33 330 euros, e aos rendimentos capitais, 478 euros. Feitas as contas, um total de 179 818 euros. Como património imobiliário, o deputado, nascido a 29 de Junho de 1956, declarou um duplex em Lisboa.

O ex-primeiro-ministro é gerente da sociedade de advogados Pedro Santana Lopes e Associados, na qual detém uma participação social de 60 por cento, segundo o seu registo de interesses.

Apesar da insistência do Correio da Manhã, Pedro Santana Lopes não respondeu às três perguntas sobre as declarações de rendimentos".

Com tantas preocupações sociais para com os pobrezinhos, afinal ele merece mesmo toda essa "grana" para manter a "sua filantrópica obra" que, como todos sabemos, é de "enorme alcance social"...


quarta-feira, junho 04, 2008


Boas notícias para a nossa economia

Em Setembro de 2005, a União Europeia deu três anos a Portugal, até 2008, para corrigir a situação de défice excessivo. Portugal acabou por alcançar esse objectivo um ano antes do prazo estabelecido por Bruxelas.
Nos últimos anos, Portugal colocou as contas em dia, passando de 6,2 por cento do PIB em 2005, para 3,9 em 2006 e 2,6 em 2007 o que é de aplaudir...
Em consequência destes bons resultados, os vinte e sete ministros das Finanças da União Europeia encerraram o processo por défice excessivo português.
Na decisão os ministros sublinham que Lisboa reduziu o equilíbrio orçamental para um valor abaixo do limite dos 3 por cento do PIB (Produto Interno Bruto), referindo que: “Portugal fez nos últimos anos importantes esforços de consolidação orçamental. Jean Claude Juncker referia que só podia aplaudir a coragem e determinação com que o Governo português efectuou o trabalho”.
O objectivo da consolidação orçamental aponta para uma situação próxima do equilíbrio em 2010, de acordo com as metas do Pacto de Estabilidade Convergência na região do euro.
Apesar do rigor orçamental e do esforço que foi pedido aos portugueses é de aplaudir a capcidade e a coragem do governo e, sobretudo, do ministro das finanças. Estamos de parabéns. Agora que venha a retoma!...


GALP VAI TER QUE MOSTRAR AS CONTAS...

UMA MEDIDA QUE SE APLAUDE

«A Galp Energia vai ser obrigada a publicar os custos e os proveitos da actividade de armazenamento e de transporte de combustível em Portugal, anunciou hoje o ministro da Economia, Manuel Pinho, no Parlamento. Este tipo de informação é actualmente confidencial, mas o ministro da Economia transmitiu aos deputados da comissão parlamentar de Assuntos Económicos e Desenvolvimento Regional, que é determinante para os concorrentes da Galp.»

CONCLUSÕES DA AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA
já era de esperar…

A Autoridade da Concorrência (AdC), a quem o Governo pediu uma investigação sobre a formação dos preços dos combustíveis em Portugal, anunciou esta terça-feira não ter encontrado sinais de concertação entre as várias companhias petrolíferas a operar no mercado nacional no que se refere à fixação dos preços da gasolina e gasóleo.
No seu relatório, a AdC não detectou obstáculos à entrada de novos operadores no negócio da refinação em Portugal, onde a Galp tem o monopólio da refinação de combustíveis.

SUBIDA DOS PREÇOS DOS ALIMENTOS À ESCALA GLOBAL

APESAR DE TUDO, OS PREÇOS SUBIRAM MENOS EM PORTUGAL

«O Custo do leite, queijos e ovos cresceu 14,9% em Abril, revelou Eurostat Portugal foi o país da União Europeia (UE) que, em Abril, sofreu menos com o impacto da subida dos preços dos alimentos à escala global. Contra uma média de 7,1% nos 27, Portugal apresenta uma subida de 3,2%. Na Zona Euro, o aumento foi de 6,2%,» revelou o gabinete europeu de estatísticas, Eurostat
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