sábado, novembro 28, 2009

Um histerismo colectivo de uma carnificina atroz e impiedosa

Um acto cruel que envergonha a espécie humana
(clique nas imagens)


A BARBÁRIE...


Uma chocante vergonha planetária


É exactamente nesse “país nórdico civilizado”, chamado Dinamarca que se verifica o mais cruel massacre de assassínio em massa de baleias e golfinhos…

Com a aproximação da cimeira de Copenhaga é preciso dizer às gentes daquele civilizado país que têm que acabar imediatamente com a selvajaria dos massacres em massa de baleias e golfinhos…

Se naquela cimeira conseguirem evitar que tal carnificina deixe de acontecer já teria valido a pena

Afinal o que são países nórdicos civilizados? Se a civilização é isto, prefiro ser um (in)civilizado cidadão dum (in)civilizado país do sul da Europa... Sim, porque afinal, apesar de tudo, e feito o balanço, não posso deixar de ter orgulho pela minha bandeira, pelo meu hino, pelas minhas gentes solidárias e generosas que no fundo respeitam o seu semelhante e a Mãe Natureza. a quem tudo devem...



quarta-feira, novembro 25, 2009

O quanto andámos, até aqui, para não sairmos do mesmo sítio…

(Um texto notável e de uma actualidade atroz)


" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...) Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...) Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre, – como da roda duma lotaria. A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"

Guerra Junqueiro*, in "Pátria", escrito em 1896


*Abílio de Guerra Junqueiro, nascido em Freixo de Espada-à-Cinte, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi um escritor célebre pela sua poesia anticlerical. Conseguiu, nas suas sátiras, algumas caricaturas que intensificaram a força dos seus versos. Alguns poemas mostram a visível influência da literatura francesa, nomeadamente de Victor Hugo.A sua obra mais conhecida, “A Velhice do Padre Eterno do longínquo ano de 1885, é uma sátira anticlerical contundente.Já no fim da vida, Guerra Junqueiro retirou-se para o campo, onde tem início sua evolução para um forte misticismo, caracterizado pela piedade e, quiçá, pelo arrependimento…



domingo, novembro 22, 2009


Contributo para diminuir o défice das Contas Públicas pelo lado da despesa!...



À falta de uma eficaz Regionalização que tarda em nos libertar do Poder Central e que faz com que o Litoral evolua constantemente e o Interior vá definhando a cada dia que passa, os governadores civis, nomeados pelos governos, continuam a existir, exclusivamente, como agentes políticos , representantes do governo nos distritos, com excepção dos Açores e da Madeira, essas sim verdadeiras regiões que tantos de nós gostaríamos de ser.
Se nunca se soube muito bem para que serviam até agora, com o gradual esvaziamento e a perda de competências em favor das autarquias, muito menos se justifica este desperdício constante, diria mesmo esta inutilidade, com consequências significativas no delapidar do erário público. Sim porque este capricho, além de nos ficar muito caro é uma ficção governativa limitada a uma restrita área de competências, (passaporte, festas e inaugurações), enquanto durar o governo que os nomeou, mas assegura excelente rendimento a cada um deles com o desiderato de apenas se manterem fiéis...
Os Governos civis são assim um modo de satisfazer clientelas partidárias, portanto coisa que interessa a todos os partidos que estão ou esperam vir a estar no Governo, pelo que nenhum deles está interessado em acabar com estes cargos, com excepção, por razões óbvias, dos partidos de pequena expressão eleitoral.
O caso é tão mais deplorável quando os nomeados são pessoas aposentadas. Pessoas que já trabalharam uma vida inteira e por alguma razão são aposentadas deveriam agora descansar e dar emprego a outros… Pois sim, num país de desempregados, em vez de se criarem postos de trabalho, não! Vamos dar outro salário a quem já tem um e negar um único salário a quem nada tem!...
Veja-se então o deplorável caso do nosso distrito.
A até agora, comissária política do governo, perdão, Governadora Civil, Maria do Carmo, aposentada e, portanto, à semelhança do cidadão comum, sem necessidade de outro salário, foi nomeada governadora.
Não bastando isso, a Sra. teve um acidente e durante anos andou a arrastar-se, a locomover-se de canadianas sem capacidade para fazer face, sequer, à exígua agenda política, o que a obrigava a estar quase sistematicamente ausente de encontros ou reuniões. Porque é que esta situação, deprimente, se arrastou tanto tempo? Que interesses estiveram por detrás desta teimosia da manutenção no cargo, de alguém sem ideias, sem dinâmica, sem genica, quando desta situação só podiam resultar prejuízos para o distrito?
Enfim..., mas o pior de tudo na vida é não sabermos aprender com a pedagogia do erro, pois só os jumentos erram duas vezes na solução para o mesmíssimo problema.
Não é que o (novo) Governador Civil, nomeado pelo governo, é novamente um cidadão aposentado há mais de três mandatos autárquicos? Pois é, Santinho Pacheco, antigo presidente da câmara de Gouveia é o novo comissário político do Governo no nosso distrito.
Vamos aguardar para ver como é que, mais uma vez, este aposentado vai cumprir as suas esvaziadas competências…
Uma promessa recorrente na política, em Portugal, foi a de acabar com os governos civis. Já foi prometido pelo PS, em 2001 quando perdeu e em 2004 quando ganhou. Foi também bandeira do PSD, na vitória de 2001 e na derrota de 2004.
Não será já tempo de arranjar coragem e acabar com eles de vez?... Afinal era capaz de ser um contributo significativo para diminuir o défice das Contas Públicas pelo lado da despesa!...
Apesar de tudo um abraço de amizade ao meu amigo Miguel, novo governador de Viseu, que é um jovem, com muita genica, além de ter a vantagem de não ser mais um aposentado a arrastar-se por aí…


segunda-feira, novembro 16, 2009

A nova Inquisição ou o retrocesso civilizacional?

O crime de enriquecimento ilícito está a convulsionar a sociedade portuguesa e, porque não dizê-lo, toda a comunidade internacional, como pode aferir-se pela, (ainda) crise económica e financeira mundial que continua a preocupar-nos a todos, pelo que é necessário discutir todas as medidas que possam por termo a este clima insuportável de suspeição e travar a corrupção.
Admito que, por vezes, é difícil resistir às situações mais escandalosas, mas temos que ser serenos, pois não será nunca pela via populista que, algum dia, resolveremos o problema, uma vez que ao pensarmos que encontramos solução para determinados casos, poderemos estar a contribuir para a prévia condenação de presumíveis inocentes…
Com o processo Face Oculta e as escutas feitas a Armando Vara, onde surge, estranhamente, José Sócrates, (mais uma vez eleito como vítima - apesar de não ser ele o investigado) a alimentarem um insuportável clima de suspeição que está a marcar não só a vida política, como, também a vida parlamentar. A pressão para se avançar com legislação anti-corrupção nunca foi tão pressionante como agora.
Apesar de tudo, parece ser é imperioso optar por recentrarmos o problema, com ou sem projecto Cravinho, só que, em nenhum caso, poderá haver lugar à inversão do ónus da prova.
A inversão do ónus da prova consiste no seguinte: em vez de se obrigar as autoridades a provar a culpabilidade do presumível suspeito, passaríamos a obrigar o presumível suspeito a provar a sua inocência, para este saber o que é bom para a tosse...,(permitam-me a ironia)
Acredito que não iremos retroceder à Idade da Pedra, mas que, a verificar-se, seria um substancial retrocesso civilizacional, era uma verdade!...
A presunção de inocência é uma pedra básica da Democracia e da Justiça, pelo que é fundamental explicar às pessoas que é necessário travar a vaga populista que ameaça corroer a essência dos princípios democráticos e do Estado de Direito e não enveredar por uma vaga populista e demagógica de futuros efeitos perversos, incalculáveis, até para a nossa própria organização política representativa, o Parlamento, a nossa Casa da Democracia.


A política da Justiça com tanta (in)Justiça na Política

ou uma certa Justiça de face oculta


O segredo de Justiça há muito tempo que já deixou de ser segredo, sem que a própria Justiça faça alguma coisa para, no mínimo, moralizar o que deveria continuar a ser segredo!
E era fácil pois o universo dos que investigam ou têm acesso aos dados da investigação é tão reduzido que até é ridículo, uma vergonha mesmo, para a própria Justiça, não conseguir eliminar de imediato os desbocados, até porque os órgãos de comunicação que têm acesso, ao que deveria ser segredo de justiça são sempre os mesmos a divulgar o suposto segredo estando, portanto, identificados os canais por onde circula essa informação privilegiada…
Perante tal inépcia e dado que já demonstrou que não tem capacidade para por os senhores do ministério público na ordem, o senhor PGR já deveria ter pedido a sua demissão, ontem!...
Como em tudo na vida há gente boa e má; haverá sempre gentalha, gente de má índole, sem escrúpulos, escória da sociedade que não olha a meios para atingir os fins, mas, felizmente, acredito que ainda há muito mais gente com escrúpulos, dignidade e princípios morais acima de qualquer suspeita.
Quem não cumpre tem que se sujeitar às consequências do seu incumprimento.
Da mesma forma que detesto os políticos sem escrúpulos, também não admito traficância de informação entre a gentalha que vive no meio judiciário e a gentinha que grassa na comunicação social.
Na justiça esses senhores são pagos a peso de ouro, por todos nós. E são tão bem pagos que nem sequer deviam ter margem de erro, quanto mais contribuir para o próprio erro… Se prevaricam deliberadamente: “a porta da rua é a serventia da casa”, devendo ser julgados com rigor e servir como exemplo.
Quanto aos políticos comprovadamente corruptos sou até de opinião que deveriam ficar com os direitos políticos condicionados para sempre, uma vez que usurparam ao semelhante parte do direito à Liberdade, ao extorquir em proveito próprio o erário público que a todos pertence. Portanto quem não sabe fazer uso da Liberdade e perverte as regras da Democaracia deve responder por isso, não merecendo quaisquer contemplações...
Assim, à Política o que é da Política e à Justiça o que for da Justiça!
O Governo deve governar bem e a Oposição, (toda ela) deveria obrigar o Governo a governar ainda melhor…
Já a Justiça deverá ser célere, para não deixar arrastar indefinidamente os casos, e séria no cumprimento da sua missão; isto é: JULGAR, no local próprio, em vez de mandar julgar na Praça Pública.

sexta-feira, novembro 13, 2009


O Estado da Justiça com a Justiça neste Estado

Imaginemos um pais onde Justiça tarda e, geralmente, prescreve!...

Imaginemos um pais onde os investigadores criminais em vez de cumprirem o seu papel (investigarem) se dedicam ao puro exibicionismo jornalístico.

Imaginemos um pais onde as detenções são acompanhadas em directo pelos telejornais, como se de um autêntico espectáculo circense se tratasse…

Imaginemos um pais onde o segredo de justiça nem e segredo, nem significa justiça!..

Imaginemos um pais em que a comunicação social condena, diariamente, presumíveis inocentes em estigmatizados e sentenciados seres com a ajuda da cruel e demolidora “vox populi” ansiosa para encontrar culpados e sedenta para descarregar as suas próprias frustrações.

Imaginemos então!...


quarta-feira, novembro 11, 2009

(clica na imagem)
Sorri para a Vida só deste modo a Vida sorrirá também para ti!

É preciso Viver a Vida com um sorriso nos lábios!...
Nós, seres vivos, como a Vida, continuamos a evoluir, na nossa própria cadência...
No entanto, alguns de nós, temos pressa em tudo que fazemos arriscando, até, fazer mal.
Para onde caminhamos tão apressados que tantas vezes nem nos apercebemos da pressa que temos?
Pressa para realizar sonhos, ambições, e até pressa de conquistar o mundo, se for preciso…
É necessário fazer uma pausa e reflectir para onde caminhamos com tanta pressa assim…
A Vida não passa, nós é que tantas vezes passamos por ela! Então por que não vivê-la por inteiro, degustando-a, sentindo-a por dentro?
É necessário viver, por isso vive, amando, ou até sofrendo, no entanto o mais importante é VIVER.
Respira a Natureza, sente a Liberdade das aves, mas vive, pois viver é uma dádiva e só os seres vivos podem sentir o pulsar da Vida no seu contínuo caminhar.
Vive-a sem esquecer o semelhante só deste modo poderás sentir que aqueles que te rodeiam poderão, um dia, pensar em ti também.
Aproveita a Vida. Vive cada momento com entusiasmo e alegria e, se for preciso, enfrenta a adversidade com vigor e coragem ajudando também quem mais necessitar de ti. E nunca te esqueças de sorrir, pois o sorriso poderá ser o início da tua felicidade, mas também da felicidade dos outros.
Sorri para a Vida só deste modo a Vida sorrirá também para ti!


segunda-feira, novembro 09, 2009


Se alguns são derrubados, infelizmente, outros muros vão surgindo por todo o lado, como na fronteira dos Estados Unidos com o México, ou até aqui bem próximo, na União Europeia, na cidade de Nicósia, dividindo gregos e turcos cipriotas. Ultimamente até no Rio de Janeiro se erguem novos muros, cercando as favelas e isolando aqueles infernos na Terra, do aparente Paraíso que é a cidade maravilhosa.
Também na Irlanda do Norte se construiu "um muro da paz" para para separar os nacionalistas católicos dos unionistas protestantes. Mas um dos muros mais marcantes, nos dias de hoje é aquele que divide Israel e a Palestina, que o primeiro construiu na Cisjordânia. Esta separação entre dois povos tão semelhante revelam a fragmentação inconciliável e que em tudo beneficiariam se construíssem a ponte do diálogo entre eles.
São demasiados muros, tantos, que dividem os homens, tornando inconciliáveis as suas opiniões e revelando impossibilidades que os forçam a viver de costas voltadas.

domingo, novembro 08, 2009



O derrubar dos Muros que nos divivem


A 13 de Agosto de 1961 a fronteira entre as duas Alemanhas era encerrada e iniciava-se a construção do muro que iria mudar a história da Alemanha e do mundo. Em 1963 John Kennedy, presidente dos Estados Unidos, visitava o famigerado muro tendo proferido a famosa frase: ”Ich bin ein Berliner”. Em 1987 o presidente americano, Ronald Reagan, pedia ao presidente soviético Mikhail Gorbatchev que derrubasse o muro. Finalmente, em 9 de Novembro, milhares de berlinenses de Leste exigem aos guardas passar a fronteira artificial não conseguindo evitar essa passagem e, desde logo, com essa passagem colectiva dava-se início à destruição do maior símbolo da Guerra-fria.
Esse marco histórico comemora agora o 20 aniversário.
Apesar da queda do muro há crimes que não se apagam tão facilmente da memória colectiva como desejaríamos!...
Será que a nação alemã já estará verdadeiramente reconciliada?



sábado, novembro 07, 2009


"A Dark Side Of The Moon"

Será que a câmara de Gouveia também tem a sua "Face Oculta"?
Leia mais no DN


quinta-feira, novembro 05, 2009

Poder e corrupção

(essa inevitabilidade cultural dos povos do Sul)



Um prato cheio... Foram as primeiras páginas da imprensa e a abertura dos telejornais.
Uma vez mais parece provar-se que tentação dos políticos à corrupção é uma inevitabilidade, ao que parece genética, para quem, neste país, tem acesso ao poder. Até parece normal no sentido dos casos que de vez em quando afluem a lume e que volta a acontecer novamente, mas agora já com contornos sicilianos
Definitivamente política e corrupção parecem acompanhar a saga humana na perspectiva lusitana do exercício do poder. Parecem juntar-se como um mal em dualidade inevitável, como uma conjugação fatal para desgraça nossa, bem como a imagem que proporcionamos aos outros povos de nós próprios.
Nada disto teria lugar se a Justiça portuguesa fosse célere, enérgica, pungente, eficaz, exemplar, para que os tipos do costume não tivessem tentação do ilícito e muito menos a veleidade de prevaricar.