Velho país, este...
Com o final do 31º congresso laranja, finalmente acabava também a saga do PSD ao encontro de uma liderança capaz. Este PSD, agora de Manuela Ferreira Leite, volta a ser “mais do mesmo”, repetitivo, um “dejàvu” para que possa gerar a necessária confiança dos sociais-democratas, (quanto mais dos eleitores) e protagonizar verdadeiramente a mudança que estes tanto pretendem.
Com a frágil representatividade dos seus apenas 37% de votos uma vez mais o PSD coloca na liderança alguém que parece não transmitir confiança, nem sequer a quem a elegeu. Claro que seria desejável uma liderança inovadora, criativa que pudesse contribuir para alimentar a auto-estima da sociedade portuguesa.
Onde estão as propostas que mobilizem os cidadãos para os desafios dos novos tempos? Quais são os objectivos traçados capazes de galvanizar o povo em torno deles? Sente-se que este país está definitivamente cansado deste tipo de políticos, pelo que teria sido interessante ver o PSD dar um passo em frente e romper com o passado, permitindo o aparecimento de nova gente com ambição e vontade de vencer; mas parece ser muito difícil o desfazer deste apego ao poder, por parte daqueles que nele se fazem perpetuar.
O resultado do congresso laranja é a demonstração do que acabo de referir, ou seja de um Portugal adiado. Um sinal evidente de um Regime cansado. É a confirmação da crise de uma Direita falida. Uma espécie de albergue Liberal onde se acolhe um emaranhado de interesses pessoais e de grupo.
O trágico é que todos nós pagamos bem caro este perpetuar dos velhos políticos e a inépcia daí resultante, proporcionando-nos mais do mesmo. Assim sendo, e na remota hipótese do PS perder as próximas eleições, com esta renovação, o PSD arriscava-se a propor-nos a mais velha primeira-ministra do mundo. Velho país, este!..
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