quinta-feira, novembro 20, 2008

Nostalgia...
Saudade de uma adolescência feliz, intensamente vivida, plena de Esperança, (legítima) num futuro que só poderia ser fantástico, da nossa jovem Democracia e que nos fazia sonhar... Contrastando com a desilusão e a intolerância dos tempos conturbados que vivemos e que tanto mal-estar me provocam.
Como eu necessitava de respirar ar puro!... Ar puro que teima em não correr nestes ventos da desgraça que teimam em não soprar nada de bom...

Clique na imagem e sinta a emoção de quem viveu Coimbra

quarta-feira, novembro 05, 2008





Como poderia o mundo ser tão diferente se há oito anos atrás, Al Gore,tivesse sido investido como presidente dos Estado Unidos da América do Norte!... Afinal foi o candidato mais votado!

Agora Obama faz-nos acreditar que ainda é possível ter esperança, na Paz, na Justiça, na solidariedade entre os povos, enfim, num Mundo melhor...

Acredito firmemente, que tal como Luther King, Obama fará História. Para homens com H grande não há impossíveis...Yes You Can Do It Better...

Uma grande esperança de mudança para a América e para o mundo!

Muitos parabéns mr.Obama, God bless and protect you…

terça-feira, novembro 04, 2008

Eis os gananciosos do costume, habituados ao lucro obsceno.



Haja ou não crise os vampiros, como cantava o companheiro Zeca, comem tudo e não deixam nada.

Em Espanha os combustíveis já estão abaixo de Um Euro, como prometeu o ministro da Indústria espanhol na semana passada.

Nessa altura o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas e o presidente da GALP, apressaram-se a afirmar que “os portugueses não podem esperar que tal aconteça em Portugal”.

O petróleo - Brent - está em Londres, a valores a mínimos de há mais de um ano e meio, (63$usd) e nós continuamos a pagar os combustíveis como se nada sucedesse. Infelizmente governo não segue o exemplo do governo de Zapatero, quando já não tem razões para proteger a GALP; está cotada na bolsa em mínimos históricos, impedindo a privatização e o imposto que arrecada (ISP) foge pela fronteira cada vez mais. É pela acção dos consumidores que se podem alterar os abusos da “nossa” petrolífera; reduzindo o consumo desnecessário, ir abastecer onde é mais barato e para quem vive perto de Espanha atestar lá.




Um verdadeiro desastre político, esta oposição laranja



Depois da sua suposta preocupação com as famílias portuguesas, perante a crise económico-financeira mundial, não se entendeu muito bem a indignação da senhora perante o miserável aumento, de 24 euros, do salário mínimo nacional, valor que na sua opinião roçava a irresponsabilidade.

Impelida pela súbita incontinência verbal, a veccia señora, nas suas intervenções públicas, além de desastrada continua desastrosa para o partido que lidera.

Então não é que na última entrevista (onde a única ideia produzida foi a do aumento do deficit público) a infeliz presidente do PSD declarava que, a aposta do Governo nas obras públicas só poderia ajudar a reduzir o desemprego em Cabo Verde ou na Ucrânia, mas duvidava que tivesse efeitos no emprego em Portugal…

Curiosamente Durão Barroso, Presidente da União Europeia,(seu antigo primeiro ministro e companheiro de partido) referia na necessidade dos governos da UE apostarem nas grandes obras públicas para gerar riqueza e diminuir o desemprego na Europa e aquecer a economia.

Notável esta capacidade para o desastre da vetusta líder laranja!...




Depois admirem-se do resultado das sondagens



A demagogia de Ferreira Leite ultrapassou nitidamente o nível da irresponsabilidade…

Depois do sistemático silêncio, (que já todos começamos a perceber porquê), sucedeu a incontinência verbal em tudo o que é meio de comunicação social que vem, de facto, o justificar seu anterior silêncio.

Cada vez que fala não entra mosca e os portugueses já não lhe reconhecem qualidade ou capacidade que justifique qualquer alternativa à governação, o que é muito mau..

Nesta política" errática de Ferreira Leite nem já o próprio partido acredita começando a mostrar sérios sinais de divisão se não mesmo de conspiração. A velha senhora só pode queixar-se de si mesma e dos seus gurus de eleição, entre eles, António Borges e Pacheco Pereira.

Desastradamente Manuela Ferreira Leite afirmava que era preferível para os próprios funcionários públicos não serem aumentados, por causa da inflação. Palavras não eram ditas que esta infeliz viu-se de imediato desautorizada pelo Banco Central Europeu, que resolveu baixar as taxas de juro por não existirem perigos inflacionistas. Pois sim, não é que quase de imediato

Pouco tempo depois, a forma como levantou a questão do aumento do salário mínimo foi desastrosa.

Dizia a velha senhora que o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) acordado em concertação social há dois anos atrás, “roçava muito o nível da irresponsabilidade”. A infeliz senhora, (que para cúmulo até é economista) já demonstrou que não tem mesmo jeito nenhum para a política económica.

Para acentuar os tiques de autoridade e responsabilidade, a líder, (a prazo) do PSD falou do tema com uma aspereza que só podia causar rejeição. Dada a importância da matéria deveria, no mínimo propor uma discussão alargada. Assim, Ferreira Leite deu apenas hipótese a José Sócrates de mais uma vez a trucidar completamente.

Quando a velha senhora, (que até é economista) deseja ser governante de um país,cuja economia, segundo ela, não suporta um aumento dos salários mais baixos em 24 Euros… Isso sim não roça, a irresponsabilidade, é ela própria que revela ser uma perfeita irresponsável!...



É preciso ter mesmo muita lata!


A ligação do aumento do salário mínimo tal como foi acordado em 2006, num acordo tripartido firmado pelos parceiros na Concertação Social, a que o Primeiro Ministro deu conta (numa entrevista à TSF e ao "Diário de Notícias") que pretendia fazer cumprir o referido acordo.

Logo, de imediato, veio a público um tal de presidente da Associação Nacional das PME (ANPME), de nome Augusto Morais, dizer de forma boçal que iria pedir aos seus associados para não renovarem os contratos a prazo, caso o primeiro-ministro insista em fixar o SMN nos 450 euros para 2009.

Afinal que porcaria de empresas temos neste país que além de pagarem o ordenado mínimo mais miserável da Europa ainda têm a lata de ameaçar não renovar contratos (tipo despedimento colectivo) de todos os trabalhadores contratados a prazo?

Felizmente, nos comunicados que emitiram ao longo da semana, tanto a associação das PME-Portugal, como a Confederação das Micro e PME fizeram questão de se demarcar de tais alarves declarações, pois que, e ainda bem, há empresas para quem esta actualização do SMN nem sequer se coloca uma vez que os seus trabalhadores ganham acima deste valor…

Se para as empresas que têm muita mão-de-obra barata, uma subida de 24 euros poderá colocar-lhes problemas de sobrevivência, então é porque, pelo modelo de produção em que assentam essas empresas já as condenou, (e ainda bem) no curto/médio prazo. Deviam era ir todinhas para a China ou para a Índia, onde certamente ainda irão encontrar o “seu espaço de eleição”, mas, seguramente, já não por muito tempo…




segunda-feira, novembro 03, 2008

Material Atrasado



Será o fim do modelo capitalista neoliberal da economia?

Nem queria acreditar!... Mesmo já acabadas as férias, parecia que a sealy season se prolongava indefinida e interminavelmente. Mas que loucura…

A reentré mostrava-nos a especulação da Economia, dum mundo apanhado pela economia de mercado, completamente capitalista, apanhando os mais fracos completamente fragilizados e desprotegidos. O bluff dominava este poker financeiro de uma banca gerida por gente ávida de objectivos que se intitulavam de (maus) gestores financeiros (egoístas) que divertiam a “brincar” à especulação bolsista e imobiliária e, sobretudo, a ganhar imenso dinheiro com isso. O bluff era tanto e tão global que este desgraçado Planeta mais parecia ter virado um enorme Casino.

Este modelo económico bem como a ordem capitalista mundial fracassaram em relação à maioria da humanidade, mudando de rosto, como ocorreu na década de 1930, quando o liberalismo selvagem cedeu às teorias de Keynes.

A História da Economia conta-nos que após a recessão, as teorias de Keynes apresentaram-se como uma espécie de terceira via entre o livre mercado e a planificação centralizada. De facto, estimularam o planeamento estratégico capaz de salvar os interesses privados do grande capital. Não importava a sorte dos mais desfavorecidos. Interessava sim disciplinar o jogo capitalista, para que o estimular da competição não viesse a destruir o próprio sistema.

O keynesianismo vinculava investimentos e créditos à esfera produtiva, binómio que alavancou o crescimento económico das nações industrializadas e favoreceu as políticas de pleno emprego e de distribuição de riqueza.

Graças aos factores que regulavam a economia centrada na produtividade, a esfera financeira não se contaminou pela febre de uma autêntica aposta de casino em sede das Bolsas de Valores. A ordem monetária assegurava a paridade fixa das moedas e a conversão de uma moeda a outra obedecia a certas restrições. Os créditos internacionais eram geridos por relações intergovernamentais e, em geral, vinculados a projectos de desenvolvimento muitas vezes especulativos.

Desde a década de 1970, Keynes desvaneceu-se e o Capital privado quebrou a ligação que o prendia à esfera produtiva. E já que dentro de seus respectivos países o capital privado impelido pelo neoliberalismo perdeu a vergonha internacional, enveredando pela especulação e pela burla económica usando os novos organismos de controlo como o FMI e a OMC, e pela criação do fenómeno financeiro em paraísos fiscais, dando corpo à moderna especulação financeira, entrou um neoliberalismo selvagem na esperança de que o mercado deveria ser o seu único mecanismo autoregulador.

O crédito privado canalizou-se para o pano verde deste casino global deste mercado de capitais, onde a especulação superou a produção. Dado que o capital especulativo não gera capacidade produtiva, aos poucos diminuiu a possibilidade de remunerar o trabalho e aumentou a de concentrar mais dividendos.

Dado o ponto a que chegámos, parece não bastarem as habituais panaceias da alta finança. Para responder a esta crise não bastará moralizar o capitalismo ou atribuir culpas aos agentes dos mercados financeiros. Neste momento não basta regular superficialmente a gestão da crise a curto prazo teriam como única consequência salvar o sistema, pois isso iria conduzir-nos a novos desastres. Responder a esta crise exige sair rapidamente deste modelo neoliberal e pôr fim ao domínio da alta-finança especuladora sobre o conjunto da sociedade produtiva.



Estamos fritos com esta alternativa de governação!...

Depois das suas sistemáticas ausências a líder da oposição, Manuela Ferreira Leite, reaparecia em Braga para fazer uma importante declaração política, que o comício do PS foi demasiado sumptuoso para a pobreza circundante. Para “a veccia senhora” esta matéria é uma das que mais preocupa o país não se sabendo se propõe “a pobreza franciscana” como a melhor solução para o país…

Enquanto isso, o lançamento do livro de Marques Mendes fez um barulho ensurdecedor, não bastando a presença de Pacheco Pereira, guru da líder do PSD, e o líder da bancada parlamentar para disfarçar o prejuízo político.

Se de Manuela Ferreira Leite não nos chega sequer uma única ideia o ex-líder Marques Mendes publica um livro com ideias.



Suprema ironia esta!

No Paraíso do capitalismo selvagem, do neo-liberalismo, do mercado da livre concorrência, cuja divindade suprema é o lucro, do capitalismo puro e duro, os sinais das contradições são visíveis.

Aquilo que se está a passar nos Estados Unidos da América do Norte é uma histérica e inacreditável política serôdia de nacionalização. O Estado Federal está a intervir no mercado, da banca e seguros, contrariamente ao seu maior dogma por ele próprio criado. E continua, pois o plano do secretário Henry Paulson prevê um montante de 700 biliões de dólares do governo para socorrer o sector financeiro dos Estados Unidos (leia-se: continuar a nacionalizar…). À semelhança das economias colectivistas dos antigos países de Leste, o país dos cowboys está a constituir um verdadeiro sector empresarial do Estado de forma encapotada, uma imitação grosseira, e a destempo, das economias proteccionistas que tanto criticou enquanto o muro da vergonha se manteve de pé. Suprema ironia esta em que o socialismo, se apresenta como alternativa necessária e possível um capitalismo decadente…






Os intocáveis ou as costas largas do novo Código de Processo Penal

Ucraniano de 29 anos, apanhado com um arsenal bélico, em flagrante delito, entre a Guarda e a zona fronteiriça. Foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) na posse de 42 detonadores, seis cartuchos de gelamonite, vários metros de fio condutor lento, armas (calibre 12 e 9 mm), centenas de munições e pregos de imobilização de viaturas. Ouvido pelo juiz de instrução criminal do Tribunal da Guarda foi-lhe decretada, como medida de coacção, apresentações bissemanais (nem sequer são diárias) na esquadra da área da residência. Ao suspeito foi ainda apreendido material de comunicações e de imobilização de veículos em movimento, bem como uma viatura de cilindrada média, registada em Coimbra, que havia sido furtada há dois meses.

O indivíduo em causa é suspeito de adaptar, transformar e vender armas e de estar ligado à criminalidade organizada, mas, de acordo com fonte ligada à operação, “existem mais quatro suspeitos já identificados no processo”, desencadeado no âmbito de um plano nacional de combate à criminalidade violenta”.

Um verdadeiro escândalo. E não venham justificar-se com o novo Código de Processo Penal. Será assim que se combate o terrorismo e a criminalidade em Portugal? Não haverá ninguém que meta esta gente na ordem?




É preciso lata!

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, João Salgueiro, fala de barriga cheia culpando os portugueses pelo excesso de endividamento das famílias, apesar de reconhecer que as campanhas publicitárias estimulam o endividamento das pessoas, mas que lata…