domingo, março 09, 2014

Intervenção na Assembleia Municipal de 28 de fevereiro de 2014

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia,
Sras. e Srs. Deputados,
Exmo. Sr. Presidente da Câmara

Antes de iniciar propriamente a minha intervenção não poderia deixar de tecer algumas considerações à infeliz intervenção do membro do PSD que me antecedeu no uso da palavra. Intervenção, essa, já decorrente da sessão anterior e que coloca em causa não só a credibilidade das intervenções da sessão anterior, quando foi proferido pela bancada da oposição da coligação PSD/CDS que a proposta do secretário executivo da CIM era um tacho para os socialistas, referindo que eram mais do que um tacho afirmando mesmo que era um panelão, citei. A pessoa que tentaram por em causa é meu particular amigo, mas sobretudo, é uma pessoa habilitada e competente no desempenho de funções ligadas à gestão do território e não é, seguramente, uma pessoa que aguarda as benesses da política de tachos. Ora como se viria a constatar os tachos, e o tal panelão a que se referiram, foram, por ironia, direitinhos para os desempregados do PSD. Em vez de disfarçarem a coisa, mediante o evoluir da situação, continuaram hoje, a disparar no próprio pé pelo que, para evitar mais este incómodo mais valera que estivessem calados.
Agora duas iniciativas que quero salientar:

Cabeça Aldeia Natal - Em primeiro lugar realçar o impacto do projeto “Cabeça Aldeia Natal”. Parabéns às suas gentes pela criatividade, pelo engenho e pela arte em como conduziram este projeto que confirma que quando o Homem quer a obra nasce ou então de como uma aldeia encravada na serra da estrela é ela própria uma estrela nacional. Foi lindo! Parabéns uma vez mais.

 Comemorações dos 500 anos do Foral de Alvoco - Seguidamente quero aqui realçar a dignidade e elevação com que a gentes de Alvoco assinalaram os 500 anos do seu foral Manuelino. Estas comemorações contemplaram várias vertentes, com o denominador comum do conhecimento da história pelo que saliento a representação pública pelas ruas da aldeia, do foral e, à noite, a réplica de uma Ceia Quinhentista momentos altos de um programa de animação história levado com a participação de uma equipa de profissionais, passando, no dia seguinte pelas cerimónias religiosas, com a missa evocativa celebrada por Sua Excelência Reverendíssima o Bispo da Guarda. Durante estes dias o Foral original esteve sempre exposto na sede da Junta de Freguesia dando mote à vertente cultural e histórica com alocução de várias palestras em torno de temáticas proferidas por ilustres oradores que valorizam o património histórico de Alvoco, como também o próprio concelho.
Só estranho o facto de se comemorarem 500 anos de forais Manuelinos, em mais 11 localidades do concelho de Seia e não haver maior dinâmica e deixarem perder uma rara oportunidade de visibilidade. Aqui está um exemplo do potencial de tantas freguesias que constituem a realidade do património histórico/cultural do nosso concelho e que, por diversas razões, tantas vezes são esquecidas ou subestimadas pelos próprios fregueses a quem competia, aproveitando as oportunidades, de desencadear as ações conducentes a dar visibilidade à sua terra, retirando-as do anonimato como ao seu próprio concelho trazendo consigo também uma valor acrescentado muito interessante.

“Portugal está melhor apesar dos portugueses estarem pior- Na semana passada, teve honras de primeira página, em todos os meios de comunicação social, a frase alucinante de que “Portugal está melhor apesar dos portugueses estarem pior”… que me traz à ideia outra frase lapidar algumas vezes proferida no rescaldo de algumas vivências dos nossos emigrantes naquele país: “A França é um grande e belo país, pena é ter franceses”
O recado vai mais precisamente para os Srs. deputados da bancada da coligação a quem solicito que esclareçam esta incongruência!... Acham mesmo que “Portugal está melhor apesar dos portugueses estarem pior”? Acham que é possível existir um país saudável com pessoas doentes? Será esse país que queremos? Não, não foi este país que todos nós ambicionámos!...
Enquanto os portugueses sentirem dificuldades provocadas pela austeridade imposta, Portugal jamais estará melhor. Continuamos a regredir em praticamente todas as frentes (social, económica, serviços do Estado). Perante a questão do País estar melhor apesar dos portugueses não estarem, é algo a que não tenho capacidade de resposta porque não existe um país sem pessoas. O País não está melhor porque o governo não fez reformas e porque a máquina montada pela classe política continua a enriquecer à custa dos cidadãos e da sociedade confirmando-se que os protagonistas da governação não estão verdadeiramente afectados pela austeridade e, para confirmar isso basta ver as nomeações dos tais “boys” para cargos públicos obrigatoriamente divulgadas no Diário da República, ao mesmo tempo que o governo recorre a assessoria externa através dos grandes escritórios de advogados a quem paga principescamente, confrontando-nos assim com duas despesas desnecessárias. Todo este foguetório se resume à miséria a um povo sem capacidade de consumir, de ter para si uma vida digna, que vive na miséria; um povo que vive na base da sobrevivência, pois é nesta situação que se encontra a esmagadora maioria dos Portugueses. O País não está melhor porque o governo não fez as reformas, porque não teve a coragem de mexer nos mais poderosos revelando ser “forte com os fracos e ser fraco com os fortes”…
Portugal está melhor para quem? O país está melhor para as PPPs, para os artífices dos SWAPS, para os salteadores impunes do BPN, para tantas fundações e institutos que eram para ser extintos e o não foram, para os beneficiários das rendas de energia, dos combustíveis e das telecomunicações; rendas que a Troika recomendou para negociar, mas que não baixaram, (vá se lá saber porquê) para as grandes empresas para quem o IRC baixou, para os agiotas e exploradores da banca.
Este ano o nosso país cairá mais um lugar no ranking do PIB per capita, sendo ultrapassado pela Lituânia. Segundo o Jornal de Notícias, a ajuda externa irá manter o país afastado dos níveis da União Europeia. A riqueza média por habitante em Portugal cairá em 2014. Quem o diz é o comissário Olli Rehn, que confirmou o declínio. Segundo as previsões de inverno de Bruxelas, divulgadas ontem, Portugal vai passar a ocupar a nona posição na lista dos países mais pobres, face aos 28 países que fazem parte da lista da União Europeia. Ainda de acordo com Bruxelas, em 2014 os portugueses vão ser confrontados com medidas de austeridade que visam amealhar 3.900 milhões de euros, sendo a maioria “permanentes e de redução de despesa”, afirmou Olli Rehn.
Portugal está pior e, desgraçadamente, a nossa região está pior ainda, até para os que, infelizmente, nem sequer têm capacidade económica para constituir família…

Promover a natalidade - Por falar em família devo reconhecer que esta serôdia preocupação governamental para com a natalidade é, agora, debitada pelos mesmos que, em 2011, desafiavam os jovens a sair das respectivas zonas de conforto e a procurar trabalho no estrangeiro!.. No entanto congratulo-me pelo facto da coordenação da propalada comissão para a natalidade estar o professor Joaquim Azevedo, uma pessoa muito competente, que admiro e de quem se espera, com legítima expectativa, um bom trabalho.
Apesar disso, tenho para mim que a grande medida para promover essa natalidade tem a ver com a imperiosa necessidade de criar condições para que haja mais emprego e mais confiança nas famílias para preparar o futuro. O que afecta, diretamente, as pessoas em idade de ter filhos, é o desemprego dos jovens, a precariedade e a incerteza em relação não só ao trabalho, mas também ao futuro condiciona um projecto que passe por ter filhos, situação que se agrava no interior.
Dos contributos para o aumento da natalidade saliento a necessidade de promover ajudas financeiras às famílias com dois ou mais filhos, traduzidas, por exemplo, na possibilidade dos pais interromperem a actividade profissional por tempo determinado, como através de benefícios fiscais, creches, escolas e actividades extracurriculares gratuitas, descontos em farmácias, isenção de taxas moderadoras, descontos nos transportes públicos e, até, supermercados no que concerne à aquisição de fraldas, alimentação, vestuário entre outros…
Dizem-nos que não há capacidade financeira para fazer face aos custos elevados da promoção da natalidade, mas, em minha opinião poderíamos sem despender, desde já, quantias elevadas promover alguns incentivos à natalidade, tais como: antecipar a idade de reforma aos pais, que neste momento está em 66 anos. Assim um casal com um filho anteciparia um ano, a idade de reforma (65); um casal com dois filhos anteciparia em três anos (62) e um casal com três ou mais filhos em 5 anos (60). Nesta conformidade este incentivo, que se afigura razoável, passaria por permitir que os pais com mais filhos poderiam antecipar a idade de reforma, uma vez que contribuíram de forma concreta para a sua sustentabilidade, como ainda, para a sustentabilidade do próprio sistema.
Sei por experiência própria que criar um filho fica-nos muito caro e, por conseguinte, parece ser plenamente justo proporcionar incentivos valorizando nessas famílias uma vida dedicada aos filhos, que passaram por um projeto de vida condicionado pela sua existência que os impediu de tantas coisas e os privou de outras mais, (divertir, viajar, ter acesso a meios de conforto, lazer e outros luxos) perante outros casais cujos projetos de vida não passaram pela existência de filhos permitindo-lhes tempo e os meios que condicionaram as famílias numerosas, cujas viagens foram, essencialmente, a caminho das creches, das maternidades e hospitais, das escolas e universidades, das livrarias e papelarias, das farmácias, dos supermercados, dos pronto-a-vestir, etc.
Para que conste, esta minha perspetiva tem ainda mais pertinência quando aplicada numa região como a nossa, já por si deprimida, para a qual há necessidade de criar condições para os nascidos na nossa terra (que são cada vez menos) tenham as mesmas oportunidades das crianças que quem nascem no litoral.

Combater as assimetrias regionais e da desvalorização dos territórios do interior - Nas atuais condições adversas quem quer vir para o Interior? Quais as espectativas dos empresários e dos trabalhadores agrícolas? Que apoio dos técnicos especializados dos Ministérios da Agricultura? Que rede de transportes para deslocações de pessoas e que rede de escoamento de produtos?
Admito que é fundamental contribuir com ideias, soluções, propostas que passam por desenvolver um “programa de repovoamento agrário”, criando condições para que os jovens sejam atraídos para a agricultura e se instalem como empresários agrícolas, com para indústrias sustentáveis e não apenas por uma ideia de turismo sazonal e desordenado que estacione por cá apenas na época da neve…
Portugal é membro de facto da União Europeia desde 1 de janeiro de 1986 e passados todos estes anos, são inaceitáveis os níveis de desigualdade entre as diferentes regiões do País. Os problemas de coesão territorial afetam os nossos territórios onde por inexistência de oportunidades há cada vez menos população e esta cada vez mais envelhecida.
A maioria dos fundos comunitários que Portugal recebeu eram destinados a programas de apoio ao desenvolvimento e à coesão territorial, com finalidade de corrigir as assimetrias regionais. Então porque é que passados 28 anos da nossa adesão à Europa e dos fundos recebidos, porque continuamos nós tão distantes da média Europeia? (A nossa região está a 67% dessa média)
É inadiável inquietar as consciências dos portugueses, dos governantes e de todos aqueles que, sendo responsáveis pela gestão dos programas e fundos comunitários existe um território, frágil e complexo, que tem dos mais baixos índices de poder de compra. Urge a existência de polos de desenvolvimento, no interior do país que nos devolvam a importância que tiveram, por exemplo, na Idade Média e que possam ser núcleos de desenvolvimento para toda a região do interior, quer pela via das taxas, que seria o quadro ideal, ou pela via da majoração dos investimentos com recursos aos fundos comunitários. “Ab initio” preconizo, desde logo, a existência de discriminação positiva dos municípios distantes da média de rendimento europeu, porque, comprovadamente, os programas de gestão nacional não têm sido correta e efetivamente aplicados nas Regiões mais desfavorecidas e confirma que os programas de gestão regional não tiveram medidas, nem políticas eficazes na correção das assimetrias existentes na interioridade. Com o decorrer do tempo assiste-se ao acentuar destas assimetrias regionais e a desvalorização dos territórios do interior, agravadas pela desertificação humana, uma tendência grave, perigosa para o nosso concelho, agravado com a baixa demografia.
Para travar esta deriva que nos leva inevitavelmente para o abismo, é fundamental e imperioso mesmo que o governo central assuma como prioridade nacional a coesão territorial adotando políticas claras de correção das assimetrias regionais, tendo em conta os indicadores de referência pela União Europeia.
É fundamental criar condições de discriminação positiva, para a fixação de pessoas, que possibilitem inverter a crescente desertificação das regiões mais desfavorecidas. E, após a discriminação fiscal promover um plano de revitalização da Economia do interior sustentável com estratégias para o desenvolvimento regional e a sustentabilidade de uma rede de pequenas empresas, apoiadas por técnicos que devem deixar o conforto da capital e promover no local a valorização dos recursos específicos da região. É fundamental promover a criação de condições de igualdade de oportunidades para todos os cidadãos em todo o território nacional, e a proximidade das funções do estado, de forma equitativa em todo o território e sem exceções.
Portugal está cada dia pior e a nossa região pior ainda e porquê? Porque o desemprego na população ativa, significa cada vez menos gente a trabalhar, criando assim menos riqueza. Razão direta do aumento da divida externa, com a concomitante redução dos apoios sociais, na saúde, na educação numa perspetiva de Estado mínimo. Estamos a falar em termos absolutos, porque em termos relativos, na lógica do pensamento liberal do Primeiro-ministro, vai chegar o tempo (se lhe dermos tempo, claro!) em que, com o PIB a baixar sempre a este ritmo, se vai verificar um equilíbrio no défice. Ou seja, vai acontecer aos portugueses, como aconteceu ao cavalo do espanhol que de tanto cortar na ração, chegou um dia à cavalariça e o animal estava morto!... Azar dos azares, logo no momento em que o animal se tinha desabituado de comer…É mais ou menos esta a lógica do PM, quanto ao défice das contas públicas.

Águas de Portugal - li hoje nos jornais que uma auditoria do Tribunal de Contas às Parcerias Público-Privadas no sector da Água revela que os privados conseguem um lucro excessivo com estes contratos. O tribunal concluiu que a maioria dos contratos "têm cláusulas que prejudicam o interesse público" e que os privados, de capital nacional e estrangeiro, já gerem a água de 23% da população portuguesa. Se é esta a gestão que preconizam, como poderíamos concordar com este estado de coisas com as coisas neste estado?

Credibilidade e ética- finalmente, apenas para dizer que de boas intenções está o inferno cheio. A tal apregoada credibilidade e ética que o PSD iria fazer voltar à política, aí está bem patente com o retorno de Miguel Relvas a Presidente do Conselho Nacional do partido que é só o órgão mais importante entre congressos e que é, imagine-se, proposta pelo próprio Passos Coelho. Meus senhores, quanto às questões de ética, de credibilidade e seriedade das vossas propostas estamos falados!... 
Uma vez mais, “pela boca morre o peixe”.



Intervenção na Assembleia Municipal de 23 de Dezembro de 2013 (extrato da ata)


Usando da palavra, o Senhor Deputado Municipal iniciou a sua intervenção lembrando também que durante muitos anos Portugal recebeu dinheiro da União Europeia, destinado a promover as regiões mais favorecidas a chamada coesão social e que essas ajudas apenas serviram para o desenvolvimento das cidades do litoral, continuando o interior do país subdesenvolvido e esquecido, aumentando ainda mais as assimetrias seja nos na área da saúde, educação ou solidariedade social porque estamos mais pobres. Continuou, a sua intervenção esclarecendo e contestando as vozes que dizem que a sua pessoa é contra o ensino privado, o que não é verdade e como prova disso é o facto de ter frequentado, quando jovem um colégio particular, pago pelos seus pais, como também mais tarde numa universidade privada enquanto estudante de mestrado, curso que pagou integralmente. Realçou que os contratos de associação assinados com escolas de gestão privada apenas fazem sentido quando, conforme a Lei, a Escola Pública não tem resposta, o que não é, de todo, o caso.
Esclareceu ainda que, num momento em que é pedido um enorme esforço a toda a sociedade, porquê a existência, destas ilhas de contratos de associação, (muito bem pagos por todos nós) quando a escola pública dá resposta educativa plena às necessidades educativas dos alunos?
Se o quadro existente na altura em que este contrato de associação foi celebrado era, como sabemos, muito diferente, pois existia, de facto, uma sobrelotação das escolas, que o justificava, plenamente algo, entretanto, mudou e a situação, hoje em dia, é completamente diferente sendo que a Escola Pública é mais do que suficiente, conforme o confirma a diminuição demográfica.
A tutela sabe que, presentemente, existe uma rede escolar aprovada e estabelecida que possui oferta suficiente, não fazendo, por isso, em sua opinião, sentido que, ao mesmo tempo que se pede austeridade ao povo, se continue a financiar escolas privadas, quando Ministério da Educação impõe absoluto rigor, ao agrupamento que o Senhor. Deputado dirige, tendo, neste ano letivo, colocado em questão a existência de quinze turmas, num total de sessenta, que teve que justificar rigorosamente, não colocando obstáculos ao privado, sobretudo na situação atual quando o agrupamento consegue dar resposta, a custo zero, e desta forma poupar ao Estado, um milhão e duzentos mil euros anuais.
No que respeita à gestão municipal, lamentou que a oposição criticasse o executivo camarário por aplicar as taxas máximas do Imposto Municipal sobre Imóveis, quando perante o programa, a que está obrigado a cumprir, pelo governo, não lhe permite qualquer margem de manobra, sendo que, quer o programa, quer as taxas, foram definidas pelo governo central. Por outro lado, não se lembra que a oposição tivesse, alguma vez, elogiado o executivo quando aplicou algumas minorações, revelando nesta a crítica uma boa dose de hipocrisia, não só nesta, como em outras situações como é preço da água.
Ilustrando, referia que oposição não pode aplaudir a aplicação de mais medidas de austeridade a quem ganha uns míseros 600 euros por mês e criticar contundentemente a taxa mais elevada de IMI aos proprietários que possuem os seus imóveis nas zonas mais nobres da cidade.
Apesar de tudo o senhor deputado acredita que o verdadeiro inimigo são, seguramente, as políticas definidas a nível do governo central porque, de uma maneira ou outra, a cada dia vamos assistindo a um interior cada vez mais pobre, deprimido e isolado apesar dos elevados fundos europeus atribuídos a Portugal, desde a entrada na EU, para promover a coesão territorial e desenvolvimento das regiões mais desfavorecidas do país. A verdade é que esses fundos ficam no litoral e estamos cada vez mais pores e isolados!...Este desiderato, sim deveria unir quer o executivo, quer a oposição, pois a luta é comum e acredita que todos querem o melhor para a sua região e que, ao contrário, estamos cada vez deprimidos e isto tem que ser travado e não uma inevitabilidade.

Por fim, referia uma situação lastimável de que teve conhecimento e referia que os Deputados do PSD que representam o distrito da Guarda, e que têm obrigação de defender os interesses da região que os elegeu na Assembleia da República, lamentavelmente, obedecendo à disciplina de voto, votaram contra a reabilitação da linha da Beira Baixa, até à Guarda, uma via estruturante para o desenvolvimento do interior, decisão que não compreende, porque afinal aqueles deputados, não oferecem qualquer garantia a quem os elegeu apelando, assim, a que dêem lugar a outros que possam dar voz à união de todos beirões na luta pela sua região.

sábado, junho 12, 2010

Após 25 anos da nossa adesão à UE resta-nos a Hipocrisia Europeia


O eurodeputado dos Verdes Daniel Cohn-Bendit tem uma intervenção notável ante o Parlamento Europeu. Cohn-Bendit fala a verdade de forma clara, simples e transparente. "Vocês estão completamente loucos", ou "como é possível um País com 11 milhões de habitantes ter um exercito de 100 mil soldados, enquanto a Alemanha tem 200 mil?", ou ainda "estamos a ajudar a Grécia a comprar as nossas próprias armas..."..
A Hipocrisia de união Europeia, que pede cortes sociais, despedimentos massivos , emprestam dinheiro à Grécia com juros altíssimos para que os gregos comprem armamento aos mesmos que emprestam.
Clique aqui para ver a intervenção de Daniel Cohn-Bendit um filho do Maio de 68


sexta-feira, maio 28, 2010

Porque não uma petição a favor das portagens no princípio do utilizador-pagador?


Ainda estou para entender qual é a confusão que as pessoas fazem por causa das portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador... Então quem as utiliza não quer pagar contando com que todos os outros, (até os que nem têm automóvel) sejam solidários com o seu pagamento?
Será justo que, por exemplo, as populações da Encosta Norte da Serra da Estrela, cujas estradas que ainda hoje utilizam remontam aos tempos da monarquia, continuem a ser solidários, (com os seus impostos) com as populações servidas, leia-se beneficiadas, por scuts com quem vai, por exemplo de Aveiro ao Porto, ou do Porto a Viana do Castelo, quando continuamos a não ter acesso a estradas minimamente decentes para se deslocarmos no dia-a-dia? Qual é a parte desta história que os utilizadores destas novas auto-estradas de borla ainda não perceberam?
Os tempos são de aperto e os cidadãos devem ser mais solidários sim com aqueles que ainda nem sequer acesso têm a estradas dignas, ainda que portajadas... Portanto as populações até agora beneficiadas com essas novas vias de comunicação deveriam olhar menos para o seu umbigo e ser mais solidárias com as populações deste Interior ostracizado que até agora, nada beneficiaram com as novas acessibilidades!
As portagens vão reduzir as externalidades que surgiram com as scuts e também, necessariamente, ajudar a reduzir deficits de empresas públicas de transportes colectivos da grande zona metropolitana do Porto que fez enormes investimentos nos transportes colectivos como são o Metro do Porto e a CP uma vez que estas empresas passarão, num futuro breve, a ter mais utilizadores, o ambiente agradece, e o país também ao importar menos combustíveis fósseis), transportes esses que, infelizmente, também nós, cá para o interior não temos…
A igualdade entre cidadãos torna-se mais efectiva quando há verdadeira solidariedade - o que não é o caso das auto-estradas de borla – e, portanto, é óbvio que as portagens sejam suportadas por quem realmente as utiliza, num binómio de justiça no princípio do utilizador-pagador, esse sim com benefícios para a redução do deficit e bem mais ajustada com a situação do país real…
Neste sentido advogo sim uma petição a favor do pagamento das portagens em todas as scuts, por isso lanço daqui o desafio ao Movimento de cidadãos dos concelhos de Seia, Viseu, Oliveira do Hospital, Nelas, Gouveia e arredores que reivindiquem a construção dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela agradecendo a solidariedade de quem já está bem servido de modernas e rápidas acessibilidades, para com quem nunca teve acesso a elas.


quarta-feira, maio 12, 2010


Finalmente uma boa notícia

Portugal com o crescimento mais forte da zona Euro

No site do Eurostat a notícia do dia é: Portugal com o crescimento mais forte da zona Euro e pode ser consultada a fonte da notícia, no qual se percebe que Portugal cresceu, no período entre o 4º trimestre de 2009 e o 1º trimestre de 2010, cerca de 5 vezes mais quando comparado com a zona Euro e a UE27.



Números da crise, num país em crise!...

Se é verdade que todos deveremos participar de forma solidária ao chamamento pátrio para enfrentar a grave crise económica, porque não começarmos já por aqui?

Para tal, transcrevo exactamente, este email, tal como o recebi...

Ora cá vão uns salariozitos de remediados:
(PODE NÃO PARECER, MAS SÃO VALORES MENSAIS!!!!....)
-Mata da Costa: Presidente dos CTT, 200.200 Euros
-Carlos Tavares: CMVM, 245.552 Euros
-António Oliveira Fonseca: Metro do Porto, 96.507 Euros
-Guilhermino Rodrigues: ANA, 133.000 Euros
-Fernanda Meneses: STCP, 58.859 Euros
-José Manuel Rodrigues: Carris 58.865 Euros
-Joaquim Reis: Metro de Lisboa, 66.536 Euros
-Vítor Constâncio: Banco de Portugal, 249.448 Euros (este é que pode pagar mais IRS)
-Luís Pardal: Refer, 66.536 Euros
-Amado da Silva: Anacom, Autoridade Reguladora da Comunicação Social, ex-chefe de gabinete de Sócrates, 224.000 Euros
-Faria de Oliveira: CGD, 371.000 Euros
-Pedro Serra: AdP, 126.686 Euros
-José Plácido Reis: Parpública, 134.197 Euros
-Cardoso dos Reis: CP, 69.110 Euros
-Vítor Santos: ERSE, Entidade Reguladora da Energia, 233.857 Euros
-Fernando Nogueira: ISP, Instituto dos Seguros de Portugal, 247.938 euros (este não é o ex-PSD que se encontra em Angola !! )
-Guilherme Costa: RTP, 250.040 Euros
-Afonso Camões: Lusa, 89.299 Euros
-Fernando Pinto: TAP, 420.000 Euros
-Henrique Granadeiro: PT, 365.000 Euros

E ainda faltam as Estradas de Portugal, EDP, Brisa, Petrogal, todas as outras Observatórios e reguladoras ... É um fartar vilanagem enfim! E pedem alguns destes senhores contenção!!

Imaginem o que é pagar um Subsídio de férias ou de Natal a estes senhores:''Tome lá meu caro amigo 350.000 ¤ para passar férias ou fazer compras de Natal''.
E pagar-lhes esta reforma ... É no mínimo imoral e no máximo corrupção à sombra da lei ... Até porque estes cargos não são para técnicos, Mas são de nomeação política .. É isto que lhes retira toda e qualquer credibilidade junto do povo e dos quadros técnicos.

TUDO NOSSO DINHEIRO QUE ALIMENTA ESTE BANQUETE, ONDE A CRISE NÃO BATE À PORTA E Onde há aumentos PARA SEMPRE Amigos


PODE NÃO PARECER, MAS ESTES SÃO VALORES MENSAIS!!!!....


domingo, abril 25, 2010

(clique)


25 de Abril Sempre

É importante relembrar Abril, principalmente numa altura que tanto se fala dos outros tempos e se tentam branquear os crimes do antigo regime. Apesar da nossa cíclica pobreza e falta de recursos nunca, jamais, em tempo algum vivemos com tanta qualidade de vida e tanto conforto. Portanto não digam que hoje apenas temos liberdade de expressão e pouco mais.
Apesar de tudo temos acesso generalizado à Saúde, a Educação generalizou-se a todos os estratos sociais, os estratos mais pobres têm algum rendimento para fazerem frente à vida com alguma dignidade, os velhotes do regime geral, apesar de pequena, têm direito à sua reformazita, (a qual não tinham direito no tempo da outra senhora). A indústria está moribunda e a muito da nossa agricultura morreu, mas não se pense que foi por causa da democracia e da Liberdade. A única coisa que está igual, se não mesmo pior, é a Justiça, ou não funciona, ou funciona devagar devagarinho, pelo que ainda aguarda ainda, seguramente o seu 25 de Abril…
Apesar de tudo parece que o balanço é, seguramente, positivo

Relembrar Abril é relembrar Salgueiro Maia

(clique)

domingo, abril 18, 2010



Finalmente caiu a máscara

O jornal expresso fecha com chave de ouro: ilibado. Não foi acusado, não foi suspeito (excepto para a maior parte dos órgãos de comunicação social) pasme-se, afinal o homem foi ilibado! Grandes interesses se movem por detrás de tudo isto, interesses de quem, directa ou indirectamente, está sedento de poder.
Afinal onde se escondem agora esses cobardolas que sempre estiveram ao comando das campanhas sujas contra o 1º Ministro e o acusavam sem provas e que levantavam premeditadamente os falsos testemunhos e as falsas acusações?
Não era José Sócrates apresentado todas as sextas por Manuela Moura Guedes como "O Principal Suspeito"?
Todos nos recordamos quando Marinho Pinto se insurgiu contra esta pouca vergonha, combinada por forças políticas ligadas ao PPD e ao CDS em conluio com investigadores da PJ, ministério público e alguns jornalistas...
Mas nunca me esquecerei daquela tareia monumental que Marinho Pinto deu, em directo, na TVI, à sra Moura Guedes, armada em jornalista de investigação.
Afinal estava mesmo a pedi-las...
Senhores do ministério público e senhores investigadores, vamos é concentrar-nos nos casos verdadeiramente importante com são a aquisição dos submarinos, o caso BPN ou até o caso BPP que envolvem muitos milhões e prender toda essa gente envolvida que continua por aí impune...


quinta-feira, março 25, 2010


Clique na imagem para ouvir o som sublime