domingo, junho 28, 2009



Vai ser um "Rompe e Rasga" Geriátrico



O jornal Expresso informava que se a velha senhora chegar ao Governo pretende «rasgar e romper com todas as soluções que têm estado a ser adoptadas em termos de política económica e social».

Se tivermos o azar da velhice esclerosada chegar ao Poder apenas com propostas travão e continuar a não ser capaz de fazer uma única proposta que tenha interesse para o desenvolvimento do país, com excepção das habituais intrigas anti-Sócrates, estamos feitos!... Desgraçado país, este, entregue a esta gente vazia de propostas e sem um mero projecto de desenvolvimento… Depois dizem que não querem prometer nada, pois nada têm nada para oferecer…

Vamos, seguramente, assistir a uma nova ofensiva do neo-leberalismo selvagem ou seja, os grandes culpados pela crise que vivemos, ao nível global, vão atacar despudoradamente uma vez mais, mas agora através da própria esfera governamental.

Vamos então assistir ao "rompe e rasga":

- no Complemento Solidário para Idosos;

- nas escolas do 1.º ciclo do básico a funcionarem a tempo inteiro, até às 17:30, com inglês e refeições escolares;

- no abono pré-natal;

- na majoração do abono de família;

- no apoio público à procriação medicamente assistida para casais com problemas de fertilidade;

- no programa PARES, que tem financiado a criação de centenas de novos equipamentos sociais, nomeadamente assegurando um investimento sem precedentes na expansão do pré-escolar;

- no cheque-dentista para grávidas e crianças e jovens;

- nas unidades de cuidados continuados integrados para idosos acamados e outros doentes prolongados;

- no programa de cirurgia oftalmológica, que permitiu no último ano operar — no sistema nacional de saúde — milhares de pessoas que há anos esperavam por uma simples operação às cataratas;

- no aumento da acção social escolar e o alargamento dos respectivos beneficiários;
- nos programas e-escolas e e-escolinhas;

- na reforma da segurança social, que assegurou a sua sustentabilidade e retirou Portugal do grupo de países de alto risco;

- no investimento nas energias renováveis, que tornou Portugal um caso de sucesso e um exemplo elogiado a nível internacional;

- na redução do IRC para empresas do interior e a criação de dois escalões (em que os primeiros 12.500 euros de matéria colectável são taxados a metade);

- no incentivo fiscal à actividade empresarial de I&D.

Manuela Ferreira Leite promete reduzir o peso do Estado e centrar a acção do Governo na Justiça e na Educação. Está mesmo a advinhar-se que pretende deixar tudo à iniciativa privada. É o regresso do neo liberalismo no seu melhor...

Na melhor das hipótese, se for governo, a velha senhora vai ter uma fase brilhante, mas de desgovernação...