Três anos sobre a invasão do Iraque e o mundo está mais inseguro!...
Completam-se hoje, 20 de Março, três anos sobre a invasão do Iraque. Completam-se também três anos de resistência do povo iraquiano à ocupação - um direito que a Carta das Nações Unidas e a Constituição Portuguesa consagram.
Uma guerra ilegal, criminosa e baseada
Hoje, é uma evidência que afinal não havia armas de destruição em massa no Iraque. A razão de todas as justificações para a guerra de saque do petróleo iraquiano não passava de uma mentira. Uma mentira milhares de vezes repetida, mas que, nem por isso, conseguiu tornar-se verdade. Até Durão Barroso, agora no papel de senhor Europa, finalmente reconhece o equívoco.
À devastação terrível da guerra seguiu-se o terror permanente e a instabilidade sem fim à vista, com mortes diárias de ambos os lados, o desespero e fanatismo dos iraquianos, a desorientação das tropas e autoridades ocupantes, as torturas, como na prisão de Abu Ghraib, os ataques aéreos a populações indefesas, como em Fahluja, a zonas residenciais, mercados e hospitais, até a jornalistas.
Os ataques diários, são às dezenas e ninguém vislumbra qualquer solução. Enfim… Respira-se já um clima de ódios que, no mínimo, desembocará numa feroz guerra civil entre sunitas e chiitas sem fim à vista.
Entretanto, em diversas regiões do Globo, e até nos próprios Estados Unidos, a opinião pública continua a pressionar os governos dos seus países para que as tropas saiam rapidamente do Iraque. Espero que a grande potência que são os E.U.A., tenha a sabedoria e a vontade de se reconhecer e de conter nos seus próprios limites bélicos, antes que seja tarde demais...
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