terça-feira, março 14, 2006

Mimos do pequeno líder do laranjal

Para o líder do PSD, Luís Marques Mendes, o primeiro ano de mandato do Governo foi sobretudo marcado por acções de "marketing e propaganda".

Segundo o líder, Luís Marques Mendes, o primeiro ano de mandato do Governo foi um "manto de propaganda" para esconder os problemas reais do país. Considerou que o executivo "em vez de governar a sério, especializou-se em marketing e propaganda".

Explicou que "os indicadores pioraram" em matérias como exportações, défice das contas públicas, emprego, investimento e crescimento. No último ano de governação, "em nenhum indicador económico ou social" se verificou "qualquer melhoria" considerou Marques Mendes.

Agora, "a responsabilidade deste agravamento já não pode ser imputada à conjuntura internacional", salientou Marques Mendes, acusando o Governo de ter "falhado todas as suas promessas
eleitorais".

Esta é a realidade que a propaganda do Governo tenta esconder", disse, desafiando o PS a desmentir estes dados, que irão prejudicar ainda mais a vida das empresas e dos cidadãos. No plano autárquico, Marques Mendes acusou o PS de estar a promover uma "tendência centralista e jacobina de tudo fazer contra o poder local".

Se tirarmos da frente o manto de propaganda do Governo" no espaço de um ano "o país está pior", afirmou Marques Mendes que acusa os socialistas de fugirem a esta realidade.

No final da sessão, Marques Mendes não quis prestar declarações aos jornalistas, (de quem fugirá ou de quem terá medo?) minimizando a ausência de alguns autarcas de relevo como Luís Filipe Menezes (Gaia), Rui Rio (Porto) ou Carmona Rodrigues (Lisboa).

Como eu afirmava ainda há pouco tempo, lá está a oposição a dar tiros no pé e a disparar artilharia palavrosa de pólvora seca!... Se não atente-se nas palavras ocas proferidas pelo líder de um partido que teve responsabilidades governativas, bem recentes, nos dois últimos infelizes e fracassados governos laranja deste país.

No primeiro, o sagaz e calculista, primeiro-ministro Sr. Fujão Barroso não se entendeu com a governação. Abandonando o barco raspou-se para a Europa, onde se está bem melhor. No governo seguinte o Sr. Santana Flope, mais conhecido pela má moeda, do Sr. Silva, apesar de menino guerreiro não conseguiu aguentar o impacto da pancadaria que apanhava, até, do próprio partido. Dado que não tinha vergonha das trapalhadas em que se metia, teve que ser demitido….

Não sabemos agora com que autoridade falará agora o pequeno líder, de governação, quando os governos laranja, em desespero, vendiam, no final de cada ano económico, património ao desbarato para tentar equilibrar o deficit das finanças públicas, tendo conseguido acabar de uma vez por todas a réstia de capital de confiança ainda existente neste país...

Em resumo o pouco afirmado líder laranja, (aguardemos o próximo congresso) disse nada!... Com esta oposição fraca, sem ideias que critica apenas por criticar, jamais haverá alternativa à actual governação! Apesar das medidas impopulares, atentemos nas sondagens…

Melhor fora que neste quadro de quatro anos de uma longa travessia do deserto, melhorassem o capital de confiança e se tornassem uma oposição responsável e credível porque tempo é coisa que lhes não há-de faltar e para fazer melhor do que aqueles que lá estão não irá ser fácil. Com a actual estratégia e as expectativas do pequeno líder, não saberemos de que lado está a tal luz ao fundo do túnel, o que é preocupante, pelo que não saberemos nunca em que direcção circula o comboio…

Para o Dr. Marques Mendes… o silêncio nesta fase seria bom conselheiro. Essa necessidade de dizer qualquer coisa só para lembrar que a oposição existe, não parece ser a melhor estratégia e não havia necessidade de cair no ridículo!... Ainda que seja para cumprir calendário, há que voltar a criar confiança no eleitorado que claramente rejeitou o PSD!

Neste momento, a estratégia reformista do Governo socialista é inatacável por isso acredito que não será nunca o PSD a ganhar eleições. Se num cenário longínquo, isso eventualmente viesse a acontecer seria o Eng. Sócrates a perdê-las.