Seia no Centro Hospitalar de Viseu
O Planeta está em constante mutação e a vida na Terra é inevitavelmente dinâmica, só na morte há paragem….
Deste modo, quando temos a percepção de que as coisas não funcionam como seria de esperar, é desejável que procedamos a uma verdadeira mudança, para que tudo não continue na mesma. É, no mínimo, uma atitude inteligente! Por isso tem a espécie humana evoluído, (nem sempre da melhor forma, admito) ao longo dos tempos…
Como é sabido as mudanças causam sempre perturbação e até, por vezes, a ruptura. Por isso muitas vezes é importante, se não fundamental, quebrar as rotinas estabelecidas ao longo de anos, deste modo é natural que na área da Saúde se verifiquem também algumas resistências à mudança, à semelhança do que se passa na Educação, na Justiça, na Administração Pública.
Foi estabelecido que um Centro Hospitalar consubstancia a participação de dois ou vários estabelecimentos hospitalares de natureza diversa, potenciando deste modo os meios e os recursos materiais e humanas tão escassos, quase sempre limitados, existentes em cada um deles, verificando-se que desta congregação de esforços advirão vantagens decorrentes de uma boa gestão dos recursos disponíveis nesta eternamente carenciada área da Saúde.
Os Centros Hospitalares surgem assim como uma nova estrutura de gestão interactiva integrada no Serviço Nacional de Saúde cuja missão é assegurar de forma mais eficaz cuidados de saúde especializados à população da sua área de influência.
O Centro Hospitalar da Beira Alta, deverá deste modo centralizar os seus objectivos de prestação e gestão dos serviços de saúde, numa região com áreas de realidades distintas, unidas por um querer colectivo, mas respeitando a identidade e características intrínsecas de cada um dos hospitais que o integram ou seja as zonas da actual influência de: Viseu, Seia e Tondela.
Uma grande região com mais de 350 mil pessoas passará assim a pensar a Saúde de uma forma mais eficaz porque passará a estar mais perto das populações e a trabalhar em complementaridade em colaboração com conjunto de unidades de saúde da região, (Hospitais e Centros de Saúde) garantindo ainda um maior peso reivindicativo em matéria de instalações e recursos materiais e humanos, das suas unidades, potenciando e optimizando deste modo os recursos disponíveis aos Serviços de Saúde da região ao conjunto das instituições integrantes do Centro Hospitalar.
Temos tudo a ganhar com este novo verdadeiro serviço público de exercício de cidadania, onde a razão principal da mudança é o doente, razão fundamental da existência dos serviços de saúde.
Estou convicto que a eficácia e capacidade de resposta do Centro Hospitalar de Viseu irá muito além da soma das partes e, portanto, mais eficaz do que o conjunto dos hospitais existentes!... Melhores urgências, maior complementaridade de valências, melhores serviços e, sobretudo, um maior poder reivindicativo perante o ministério da tutela.
Por isso quase todo o país está a aderir e a mobilizar-se nesta nova fórmula organizacional de gestão integrada dos Serviços de Saúde que, como facilmente se prevê, dará bons frutos a curto prazo, porque a sua razão de existir é o doente…
Por razões óbvias, Seia tem tudo a ganhar com a sua integração no Centro Hospitalar, sobretudo ganhar mais peso ainda na rápida execução do novo edifício hospitalar, cujo problema passa também agora a ser do Centro Hospitalar de Viseu.
Ainda que mais não fosse, teria valido a pena por acabar definitivamente com esta verdadeira dança macabra das viagens entre Seia/Guarda/Seia/Coimbra/Seia) que desgraçadamente, ainda hoje, marca a fatalidade que atinge todos aqueles que têm a infelicidade de ficar doentes na nossa terra.
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