segunda-feira, fevereiro 22, 2010

O pesadelo madeirense.

Por detrás destes pesadelos está sempre a falta de um salutar exercício básico de cidadania. Apesar disso, n
esta hora difícil para a Pérola do Atlântico e povo madeirense a minha mais profunda solidariedade. Como é óbvio, e facilmente se constata, o pesadelo da Madeira tem, espontaneamente, e sem reserva, a total solidariedade de todos nós.
Claro que é preciso cuidar dos vivos e enterrar os mortos e, recuperar rapidamente tudo aquilo que for de recuperar, mas também, de uma vez por todas, proceder a um verdadeiro ordenamento do território, deitando abaixo tudo aquilo que não cumpra as regras básicas dos planos aprovados, tendo em conta a fúria da Mãe Natureza e, jamais construir nos leitos de cheia, encanando as ribeiras e cortando linhas de água…
Todo este frenesim construtivo tem, como se pode ver, custos muito elevados a todos nós e, por isso, há imperiosa necessidade em apurar as responsabilidades (técnicas e políticas) dos responsáveis pela construção naquela Ilha, mas também a construção completamente caótica no todo nacional.
É preciso analisar quem transformou a Madeira num território de ordenamento selvagem que, de encontro a interesses particulares, tem acabado com muita da beleza natural da ilha.
De uma vez por todas e custe o que custar a “verdade nua e crua” tem que ser apurada! Esta é a outra face das faustosas inaugurações de edifícios dentro de leitos de cheia. As mortes da Madeira, além da fúria da mãe natureza, têm que ter responsáveis, e esses responsáveis têm cara, por isso mesmo é necessário serem, agora, chamados a assumir os actuais erros (humanos) de construção e evitar os mesmos erros no futuro; seja na Madeira, seja em qualquer outro local do país. E cá pelo burgo há alguns bem visíveis...