Despenalizar é um acto de cidadania responsável
Eu, como todos nós afinal, sou pela vida.
Não posso acreditar que algum ser humano seja a favor do acto de abortar. No entanto o aborto existe, de forma clandestina, praticado tantas vezes sem condições chega a matar também a própria progenitora. Por isso, ao defender a despenalização sou pela vida, sem hipocrisia nem falsos moralismos.
“Sim” porque segundo os números apresentados pela Associação Portuguesa de Planeamento Familiar, só em 2006 terão ocorrido 18 mil interrupções voluntárias da gravidez em Portugal.
“Sim” porque, como facilmente se constata, a legislação existente, ao proibi-lo, nunca conseguirá evitá-lo…
“Sim” porque a lei actual é injusta para todas as mulheres e se as coisas mudarem desta vez o número actual de abortos só poderá diminuir…
“Sim" pelo facto de estar em causa uma lei injusta que penaliza, sobretudo, as mulheres, que se deparam com mais dificuldades económicas.
“Sim” porque a actual moldura legal gera "situações injustas para as mulheres portuguesas.
“Sim” porque na prática só estão impedidas de fazer o aborto as mulheres que não têm condições económicas para interromperem a gravidez no estrangeiro.
“Sim” porque os estudos científicos apontam para uma baixa significativa no número de abortos em todos os países onde esta despenalização está em vigor.
“Sim” porque em Portugal a interrupção voluntária da gravidez é punida por lei até 3 anos de prisão.
“Sim” porque a legalização da interrupção voluntária da gravidez, com bom enquadramento da contracepção e da educação sexual, só poderá diminuir…
“Sim” porque na generalidade dos Estados membros da União Europeia, a lei prevê a prática do aborto em situações substancialmente diferentes das portuguesas.
“Sim” porque o aborto clandestino matará sempre mais que o legal.
“Sim” porque sou pela vida sem hipocrisia nem falsos moralismos.
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