terça-feira, junho 13, 2006

PORTUGAL DOS PEQUENITOS


Manuel Alegre e a agonia do MIC


O Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC), foi criado em torno da candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República que alcançou nas urnas cerca de 1,2 milhões de votos.
O PRD também tinha 17% e depois morreu.

Seria de aplaudir se o tal movimento de cidadania, desse frutos. Mas como se materializa? O movimento resumir-se-á a manifestações de rua com uns quantos empunhando bandeiras e algumas palavras de ordem relativas ao momento político?

O problema é que Alegre não é possuidor da força e estatura, nem de uma mensagem suficiente forte, capazes de fracturar minimamente o PS, para que daí pudesse resultar uma viragem à esquerda na política do partido, capaz de ir ao encontro dos desejos do “seu eleitorado”, que votou inequivocamente nesse sentido.

Se a intenção era o nascimento de um partido novo com novas ideias; mas pelas personagens nunca deixaria de ser um recente partido velho, com velhas ideias, ou melhor, sem ideia alguma…

Contrariamente ao que aconteceu na últimas eleições, desta vez parece não haver lugar para o deputado Manuel Alegre e companhia em futuras listas, e isso não é bom augúrio para a “raparigada” do MIC claro.

A votação que Alegre obteve deveu-se ao facto de o PS ter apoiado Soares. Foi como que uma resposta, dada por alguns, à escolha do partido, foi uma resposta de protesto. Votaram nele porque não queriam Mário Soares e rapidamente esqueceram o poeta... Não há outra leitura e o MIC não terá consistência, irá esbater-se no tempo, não tenhamos qualquer dúvida.

Manuel Alegre devia era ganhar juízo e demitir-se do PS e dos lugares públicos que ocupa para por em prática as propostas de renovação na politica e nos partidos que foi seu apanágio nas presidenciais.

Manuel Alegre vem uma vez mais revelar que anda na política por interesse e começou a ser uma pessoa que ninguém pode levar a sério, que faz o contrário do que defende.

Um autêntico bluff: defendeu a renovação politica e dos partidos, mas não teve a coragem de se demitir dos seus cargos para permitir que essa renovação pudesse acontecer.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Concordo plenamente.

junho 13, 2006 10:23 da manhã  

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