A TUDO SE CHEGA!...
(Ou a decadência de um prestigiado jornal que cada vez mais se parece com um tablóide sensacionalista)...
Esta semana a sensacionalista manchete era: “4 milhões isentos de IRS”.
À primeira vista tudo levaria a crer que estávamos perante uma manchete mais de acordo com a linha editorial de um tablóide sensacionalista, agora em versão semanal, um espécie de 24 horas de fim-de-semana, mas não; era mesmo o “respeitável” semanário Expresso…
Agora a explicação. Dizia o jornal: “Na origem desta tendência está a crise económica que, além de criar mais desemprego obriga os empregadores a mais comedimento nos aumentos salariais, muitas vezes inferiores às actualizações dos escalões de IRS.” Não será estranho este raciocínio quando, pelo contrário, estamos a assistir a um aumento das receitas de IRS? E este notável raciocínio continuava: “O total das receitas faz-se, assim, à custa de apenas metade do universo dos contribuintes — os restantes 4 milhões.” De certeza mesmo?
É deprimente o estado em que o Expresso se encontra. Que confusão esta manchete do semanário. O IRS não tributa contribuintes, tributa agregados familiares; ao contrário do que a notícia sugere, o número traduz-se em declarações entregues (por casados, solteiros, divorciados, viúvos…). A manchete é tão mais ridícula que o gráfico que consta do caderno Economia vem confirmá-lo. Basta interpretá-lo de forma elementar.
Mas este órgão de (des)informação vai ainda mais longe, na baralhação informativa, referindo: “O número de contribuintes que paga IRS está
Se esta “notícia” não é uma sensacionalista incompetência jornalística o que será então? …
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