quarta-feira, março 29, 2006

De fracos líderes nunca seria de esperar forte oposição.
Temos pena!...

«Durante um quarto do seu mandato, o Governo desprezou o estrutural em favor do episódico ou conjuntural», afirmava Marque Mendes, Presidente do PSD, no discurso de encerramento das jornadas parlamentares do partido, que decorreram desde segunda-feira em Óbidos, dedicadas ao primeiro ano de governação socialista.

O pequeno líder criticou o que considerou ser a ausência de visão estratégica de um projecto, considerando ainda que a imagem que fica do primeiro ano de Governo do PS é a de um executivo «tacticista, que age de forma pontual e avulsa, ao sabor dos impulsos do momento». O Pequeno líder limitou-se, assim, a recuperar críticas que já tinham sido feitas pelos deputados sociais-democratas na avaliação que fizeram do primeiro ano de governação socialista, nomeadamente, quanto à quebra das promessas eleitorais de José Sócrates, de não aumentar impostos e a criação de 150 mil novos empregos

Digo eu: «não há projectos, não há estratégias de acção e não há pressupostos nenhuns que possam vir a credibilizar os comentários do líder do PSD relativamente aos últimos 12 meses de governação. Logo, não há alternativa a este governo, (que no meu ponto de vista está a fazer um excelente trabalho) pelo simples facto de que não existe uma oposição e, deste modo torna-se muito difícil ser também líder da oposição quando o próprio líder não tem nada de novo para dizer, repetindo futilidades lugares comuns!...

Se a única estratégia da oposição é tentar descredibilizar as iniciativas do Governo do Eng. Sócrates, não irá de certo muito longe, uma vez que depois da desgovernação anterior, desastrada, lhe falta a necessária autoridade. Por isso, sempre que o Governo anuncia algum novo projecto, neste caso o da desburocratização administrativa, lá vem a oposição com o mesmo chove e não molha de sempre; e não sabendo sequer ser originais, não passam do mesmo patamar de sempre, porque mesmo em bicos de pés não conseguem chegar à chave para abrir a porta....

Temos pena!.... Pois se a oposição fosse minimamente credível, o próprio governo sentir-se-ia mais motivado e decerto melhoraria, ainda mais, o bom desempenho da actual governação.

Assim não! Assim esta oposição arrisca-se a não ir lá, por mais congressos extraordinários que possa vir entretanto a fazer… Temos pena!...