Nos dias que correm há um lugar privilegiado a que o Homem se atribuiu a si próprio, no âmbito dum mundo dito civilizado e tecnocrático que foi conquistando ao longo dos tempos…
Foi neste mesmo lugar que o Homem se acomodou ao conforto do ar condicionado, vivendo as delícias que o dinheiro permite e que, de forma restrita às elites, tem lugar nas grandes metrópoles do Mundo Ocidental. Este modus vivendi, revela que o Homem da actualidade perdeu as suas ligações ao mundo sensível, ao mundo do seu semelhante, cometendo actos indignos contra a Vida no planeta.
Sou um optimista! Apesar dos atentados à vida e horrores perante a dignidade humana a que assisto diariamente ainda sonho com um mundo melhor mais justo e equilibrado, mais humano. Mas sinto também que é preciso lutar muito por esse mundo melhor, um mundo de iguais oportunidades para todos, um mundo onde as pessoas não troquem o amor ao próximo pelo barril de petróleo, um mundo onde amor ao próximo, não permita que em cenário de guerra entre os povos, a vida humana possa valer menos que uma bala, um mundo onde essa máquina de guerra alimente os Senhores da Guerra e arraste povos inteiros que lutam todos os dias apenas para sobreviver, dando graças por estarem vivos no dia seguinte.
Teremos que lutar com todas as nossas forças por um mundo livre, onde ninguém seja excluído e todo nós tenhamos realmente direito a liberdade, com dignidade, mas também contribuir para a nossa própria sobrevivência como espécie, associada que está à sobrevivência da Mãe Natureza e, deste modo, ao alargarmos o conceito de dignidade, estamos a assegurar a continuidade dos seres humanos numa ética de responsabilidade pelo futuro.
Um mundo onde tenhamos direito a viver felizes, com dignidade, com direito à Protecção, à Saúde e com direito ao Trabalho. Um mundo unido para as grandes causas da Humanidade, um mundo que não continue a contribuir, para o individualismo egoísta com o seu modelo económico liberais que continuam a criar desequilíbrios e a excluir pessoas.
Perante tudo isto, só poderemos recuperar a noção de dignidade humana, (conceito que foi variando consoante as épocas e os locais), mas que no entanto é a ideia força que actualmente possuímos e admitimos na Civilização Ocidental, que é, ainda, considerada a base dos textos fundamentais sobre Direitos Humanos e onde esses direitos são a expressão directa da dignidade da pessoa humana.
Um mundo melhor onde as pessoas se respeitem com ética e dignidade. Um mundo mais humano onde as pessoas se amem e não sejam usadas como objectos descartáveis.
Um mundo feito à nossa imagem e à imagem do nosso semelhante onde as pessoas tenham direito a amar e a ser a amadas.
Mais do que um simples acordo da Cimeira de Copenhaga, gostava tanto de acreditar na vontade do Homem, mas tanto, que até gostaria que de lá surgisse um Homem novo….
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