Por onde anda a defesa dos interesses do Estado?..
A pompa e a circunstância numa circunstância sem pompa nenhuma
Assim nasceria a ideia de um casino em Lisboa, para ajudar a financiar tão dispendioso projecto de recuperação. Para a elaboração do projecto, Santana Lopes convidaria, com pompa e circunstância, o famoso arquitecto americano, Frank Gehry, a quem pagaria qualquer coisa como 2,5 milhões de euros pela maqueta apresentada, mas que, mais à frente, dados os elevados custos do projecto, Santana deixaria ficar pelo caminho. Assim caiu a primeira fase do projecto e a recuperação do Parque Mayer. A fase seguinte passaria pela negociata com Bragaparques e pela a permuta por uma parcela dos terrenos da Feira Popular e em todo esse desenrolar frenético de grandes projectos, só uma coisa viria a concretizar-se: um novo casino em Lisboa.
Ora este projecto do Casino começou por ser pensado no Parque Mayer e entre outras várias hipóteses de localização: desde o Cais do Sodré, passando pelo Jardim do Tabaco, até que acabou por cair, em definitivo, no Pavilhão do Futuro da Expo 98.
A polémica desta negociata adviria também da a extensão da concessão da zona de jogo do Estoril à cidade de Lisboa, de borla, sem qualquer concurso, o que levaria a que os restantes operadores do sector dos jogos fossem ignorados em benefício da Estoril-Sol, facto de que nunca se resignaram e, claro, agravado pela circunstância e não ter havido concurso o que levaria a que, o Estado, no mínimo, tivesse sido lesado em milhões de euros que lhe adviriam da concorrência que tal concurso proporcionaria.
Por outro lado, a entrega do casino à Estoril Sol foi acompanhada de uma alteração à Lei do Jogo. Dois pareceres da Inspecção-geral de Jogos, em sentido contrário num curto espaço de tempo, permitiram à concessionária reclamar a posse do imóvel do casino, contrariando o princípio geral da reversibilidade para o Estado no final da concessão. Confirma-se assim, que não foram salvaguardados os interesses do Estado.
Segundo o jornal “Expresso”, nas escutas telefónicas levadas a efeito no âmbito do processo Portucale, há conversas entre Abel Pinheiro, dirigente do CDS responsável pelas finanças do partido, Mário Assis Ferreira, presidente da Estoril-Sol, e Paulo Portas, onde é pedido que Telmo Correio apenas “tome conhecimento”.
Foi fácil demais a forma como a Estoril-Sol viria a ganhar a extensão da concessão da zona de jogo para Lisboa, pressionando os governos de Durão Barroso e de Santana Lopes para garantir a propriedade plena do Pavilhão do Futuro à borla e o Parque Mayer lá continua a sua caminhada em direcção à degradação total, com toda aquela panóplia de artistas, apoiantes de Santana Lopes, a assistir impávida à promessa eleitoral não cumprida.
Chega de corrupção e crime de colarinho branco. Esperemos que os tribunais resolvam rapidamente e de uma vez por todas estes imbróglios e, sobretudo, julguem os culpados condenando-os sem apelo nem agravo!
2 Comments:
Por acaso li há 2 dias essa entrevista.
Fiquei intrigado com o que li, pq desconhecia a situação embora tivesse lido no fórum do jornal uma breve referência ha uns tempos dum qq leitor.Resolvi enviar para o fórum uma referência tendo em conta o tom da mesma e algumas inverdades que ressaltavam.Estranhamente não foi publicada.O que me deixa ainda mais preocupado sobre o polvo em que esse concelho está envolvido.Já me tinham constado, nlagumas idas, infelizmente breves, a Seia, as cumplicidades e negócios entre a direcçao do jornal e os socialeiros. afinal tudo se confirma. De qq forma vou enviar pelos meios q puder esse comentário à entrevista n publicado no tal jornal,para os blogs q encontrar com refª a SEIA.
“Estes socialeiros não se enxergam e agora com a cobertura dos jornais regionais. Uns a seguir aos outros. É o custo da interioridade. Agora este discurso do P. da Banda é chocante. O homem não se enxerga. Recebeu uma casa com prestigio deitou-a abaixo e ainda se gaba da obra que fez. Até diz que trabalhou com o outro socialeiro da maçonaria por causa do iva quando era secretário de estado da cultura(!!!). Ora esse António Reis foi secretário de estado da cultura ainda não havia iva e tinha este p. da banda 23 anos!!!isto é que foi uma trabalheira de que se orgulha tanto! Apanha-se mais depressa….do que um coxo. Tanto trabalho até impressiona. Se não fosse ele nem havia Conservatório de Música. Agora queixa-se do Presidente da Câmara. Mas é tudo igual. Estes socialeiros são todos diferentes e todos iguais. E o concelho entregue a esta praga.”
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