A NOSSA PROVIDENCIAL “CHICO- ESPERTICE”
(agora também na área da saúde)
Governo paga 25 milhões a hospitais para formar médicos, referia em título na sua edição de anteontem, o Diário de Notícias
No desenvolvimento da notícia podia ler-se: “O Ministério da Saúde teve que oferecer dinheiro aos hospitais para que este ano todos os alunos que acabaram o curso de medicina tenham colocação no internato (o estágio que se segue à licenciatura, sem o qual não podem exercer a profissão). As unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não estavam dispostas a receber mais porque a formação é um peso financeiro acrescido, em altura de contenção de custos. E este ano há 300 (30%) a mais para colocar, que saíram, pela primeira vez, dos cursos criados nas universidades da Beira Interior e do Minho, aos quais se juntam os estudantes portugueses que estudaram no estrangeiro.”
O meu comentário: existem coisas que não consigo entender, pois que apesar da actual e comprovada carência de médicos parece que nem para estes a empregabilidade está assegurada. No mínimo, há pela área da saúde alguma confusão sobre o papel das instituições na formação dos futuros profissionais médicos. Há semelhança da Escolas que proporcionam formação pedagógica habilitando profissionalmente os futuros professores, também as instituições de Saúde têm o dever, (e a obrigação) de proporcionar aos futuros médicos a sua formação profissional bem como os custos inerentes aos diferentes estágios.
Para os novos hospitais-empresa e clínicas particulares, Ir buscar de borla os médicos profissionalizados, que já outras instituições formaram, parece ser uma solução bem mais fácil e económica. Ou seja, continuamos a apostar no resultado da nossa providencial chico-espertice, pois sempre poupamos uns trocos, não é verdade senhores administradores hospitalares?
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