domingo, dezembro 02, 2007

1º de Dezembro - Dia Mundial da Luta Contra a Sida.




"A sida não é apenas um problema de saúde, é um problema social"



A loucura colectiva:

As últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde revelam que, em todo o Mundo, 33 milhões de pessoas são seropositivas ou têm sida.


Alarmante:

Os casos de HIV por transmissão estão a aumentar, em Portugal, o que mostra uma continuação dos comportamentos de risco. Continuamos com «valores muito altos de casos de sida por milhão de habitantes».

Segundo o mais recente relatório anual do Programa das Nações Unidas sobre a doença, o número de casos notificados torna Portugal é o quarto país da Europa Ocidental que mais casos novos de infecção por VIH diagnosticou em 2006.


Burrice leviana:

Este aumento de casos é devido à pouca racionalidade e ignorância reforçada com a natureza religiosa, cultural e emocional dos portugueses, (os cidadãos receiam também ser estigmatizados, cabendo-lhes o direito à sua privacidade) o que se reflecte na falta na prevenção, (“a malta quer é sexo ao natural, nem que pague mais por isso!”), reforçada com a escassez de campanhas e, ainda do facto de, no nosso país, se continuar a encarar os assuntos relacionados com a sexualidade como um tabu, característica dos países católicos mais atrasados. Se, por exemplo, na Escola continuarmos a evitar falar sobre educação sexual, se não falarmos de prevenção e no uso de preservativos, como é que podemos esperar que os adultos venham mais tarde a ter uma atitude pró-activa?


A esperança:

No entanto, ser seropositivo ao HIV (vírus da imunodeficiência humana) não significa necessariamente ter sida, uma vez que a doença só é definida quando existe a presença do vírus em conjugação com uma doença infecciosa (como a tuberculose ou pneumonia) ou com um tumor.


A prevenção:

Dado que a sida não é apenas um problema de saúde, é um problema social É preciso lutar contra a ignorância e promover o envolvimento de todos. Por isso, é urgente identificar as pessoas infectadas, o mais precocemente possível, apostar nas campanhas de esclarecimento, aumentar a circulação do número de preservativos e, nomeadamente no grupo de toxicodependentes, evitar o uso de seringas contaminadas.


O Direito à dignidade

Finamente lutar contra a contra a discriminação e o sentimento de repulsa sobre os portadores do HIV. Todos nós nos recordamos do recente acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa ter descriminado um cozinheiro infectado com o vírus da SIDA, contra todos os pareceres e a evidência médica.

Estas parecem ser medidas básicas imediatamente a tomar para debelar, (ou pelo menos controlar) esta autêntica epidemia do século XXI.