quarta-feira, novembro 14, 2007

A SEMANA NEGRA DAS ESTRADAS PORTUGUESAS


A maior responsável da sinistralidade em Portugal é a falta de civismo

Portugal apresenta uma sinistralidade anormalmente elevada quando comparada com outros países ditos civilizados.

É um problema sistematicamente trágico e triste.

Ano após ano, os lamentos serão semelhantes, as palavras de luto repetir-se-ão e, ao mesmo tempo, serão apontados os mesmíssimos culpados, sem que nada aconteça...

Até parece que somos incapazes (o que é mentira) de, descortinarmos uma forma de resolver este problema. Problema este que todos nós sabemos qual é e como se chama: IMPUNIDADE!...

O nosso maior problema, todos nós sabemos, é, seguramente, o sentimento de impunidade que se respira perante todos aqueles causadores de acidentes, por desrespeitarem de forma grosseira as regras básicas do código da estrada. Pois se há automobilistas que têm comportamentos de risco e causam vítimas, também há peões que, pela sua irresponsabilidade, não só sacrificam a própria vida como tornam a vida dos outros num verdadeiro inferno.

Estou em crer que após os exames de condução, nem toda a gente estará habilitada a conduzir um automóvel. Apesar disso, em Portugal, a má condução não constitui infracção, empurrando-se a culpa do acidente para o excesso de velocidade e, caso este não se prove, a culpa morrerá, uma vez mais, solteira… e o condutor impune continuará a deixar o rasto da sua má condução, ou falta de civismo.

Todos nós no dia-a-dia nos apercebemos que nas nossas estradas circulam um significativo número de condutores que causaram acidentes e mortes por simples inépcia e que continuam tranquilamente a conduzir, mas nem por isso se actua vigorosamente sobre estes eminentes causadores de sinistralidade.

As estradas nacionais estão cheias de condutores que causaram acidentes e mortes por simples inépcia e que continuam tranquilamente a conduzir, mas também de peões que pela sua atitude irresponsável não circulam nas ruas com prudência, cuidado e a necessária precaução para salvar a sua própria integridade física. Nestes casos o Código da Estrada devia ser aplicado a todos os cidadãos com igual rigor.

Apesar de tudo a maior responsável da sinistralidade em Portugal é a falta de civismo do povo português que tem, seguramente, a sua faceta mais dramática na estrada.