.. first real Europe-Africa summit ...
Esta Cimeira é, na realidade, uma enorme vitória da diplomacia portuguesa e uma das nossas maiores realizações diplomáticas de todos os tempos, (incluindo o tempo do Império) e, seguramente, a maior do Portugal Europeu.
Como europeísta convicto, desde a primeira hora, é bom sentir que Portugal ganhou novamente dimensão planetária e que, apesar dos profetas da desgraça anti-europeistas, do CDS-PP e do PCP, que tudo fizeram para evitar a nossa entrada na então Comunidade Europeia, foi o melhor que nos poderia ter acontecido. A adesão não só foi conseguida como consolidada e os cépticos do costume não tiveram outro remédio que não fosse mudar o seu discurso e a sua atitude bacoca.
A União Europeia além de promover a consolidação da nossa democracia, foi marcante no nosso desenvolvimento económico e social, como também está a ser na nossa credibilidade e visibilidade internacional.
Apesar de tudo, e na sequência daquilo que acabo de dizer, este fim-de-semana, Lisboa passou de cidade apelativa a cidade europeia pouco recomendável, pois está muito mal frequentada por causa de muita daquela gente que irá participar na cimeira. Eu esclareço.
À luz do pensamento civilizacional europeu e da cultura democrática ocidental nunca iremos entender que a justa luta pela libertação colonial encetada na segunda metade do séc. XX pelos povos africanos pudesse acabar com a entrega do poder nas mãos de políticos corruptos, sem escrúpulos, nem pudor, autênticos facínoras ditadores que, perpetuando-se no poder transformaram países de elevado potencial de crescimento e bem-estar dos seus habitantes em autênticas cleptocracias, onde, escandalosamente, vão apenas enriquecendo o ditadores e as famílias.
Preocupante é que o povo africano, na sua generalidade, foi condenado à miséria e lançado à sua sorte, passando a viver muito pior do que no tempo do tão condenável colonialismo contra o qual lutou.
O povo africano necessita de toda a nossa ajuda para se reerguer e voltar a viver com a dignidade a que qualquer ser humano de qualquer cor, de qualquer raça tem direito.
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