Que pulhice de oposição esta!..
Na última edição do “Expresso”, lia-se: "Mendes cria grupo para atacar TGV".
Esta notícia não pode ser a sério, e nunca poderia vir de gente séria!...
De acordo com o pequeno líder da oposição, o investimento na alta velocidade é muito superior ao do novo aeroporto da OTA, pelo que é obrigatório que esse investimento seja feito de forma ponderada, sem precipitações e sem comprometer as gerações futuras.
Vejamos agora a pulhice desta oposição, professor Martelosabetudo incluído…
A Resolução n.º 83/2004, do Conselho de Ministros, publicada no D.R. 1º Série, nº 149, do dia 26 de Junho, definia os princípios de enquadramento da rede ferroviária de alta velocidade (TGV) para o século XXI, e aprovava o desenvolvimento das infra-estruturas, ao mesmo tempo que promovia a preparação da integração no futuro plano ferroviário nacional. No seu preâmbulo pode ler-se:
“Consciente da necessidade de concretizar o trabalho e os estudos entretanto realizados, o Governo propôs soluções no âmbito da XIX Cimeira Luso-Espanhola, realizada em 7 e 8 de Novembro de 2003, na Figueira da Foz, cujas decisões se revelaram estruturantes para a definição do traçado da rede ferroviária de alta velocidade na Península Ibérica. Com efeito, na referida Cimeira foram definidos os eixos ferroviários de alta velocidade a desenvolver nas suas interligações com Espanha, que importa assumir como projecto nacional”.
Ora este plano ferroviário, protocolado com o Governo do vizinho Aznar, entre outras propostas, previa 5 (cinco) linhas TGV, a saber:
1) Linha Porto-Vigo, como linha de alta velocidade, com uma estação intermédia entre o Porto e a fronteira luso-espanhola de Valença/Tuy, com horizonte temporal de 2009;
2) Linha Lisboa-Madrid, como linha especialmente construída para a alta velocidade, com estação intermédia em Évora e na fronteira luso-espanhola de Elvas-Badajoz. Deve igualmente a sua parametrização permitir a circulação de composições ferroviárias de mercadorias compatíveis com as características do traçado e as exigências de exploração, com horizonte temporal de 2010;
3) Linha Lisboa-Porto, como linha especialmente construída para a alta velocidade, com estações intermédias em Leiria, Coimbra e Aveiro, com horizonte temporal de 2013;
4) Linha Lisboa-Faro-Huelva (via Évora), como linha de alta velocidade, com uma estação intermédia em Beja, com horizonte temporal de 2018 dependente de estudos técnico e de viabilidade económica;
5) Linha Aveiro-Salamanca, como linha de alta velocidade, permitindo a circulação de composições ferroviárias de passageiros e mercadorias, com estação intermédia em Viseu, com horizonte temporal de 2015.
A eloquência desta Resolução fala por si!
Temos pena porque a inexistência de uma oposição séria e credível é prejudicial ao crescimento da nossa democracia. Também não temos dúvida que a oposição se envenena, gradualmente, cada vez que morde a própria língua… “Paz à sua alma”
Clique aqui e divirta-se ao consultar a resolução no DR
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