segunda-feira, dezembro 11, 2006

Menos um déspota no planeta…

Morreu o ditador Pinochet

O ditador Pinochet foi comandante do exército chileno durante a Presidência do socialista Salvador Allende, de 1970 a 1973, a quem viria a trair. Liderou o golpe militar sangrento que derrubou violentamente a democracia no país tendo o Presidente Allende, democraticamente eleito, sido assassinado no dia, 11 de Setembro de 73, instituindo de imediato uma repressiva ditadura militar que duraria até 1990.

A ditadura imposta pelo sanguinário ditador deixou um rasto de cerca de 3.000 mortos ou desaparecidos, entre chilenos e simpatizantes estrangeiros, durante a repressão que se instalou ente 1973 e 1990.

Apesar de “assumir a sua responsabilidade política” pelo acontecido, durante a ditadura, infelizmente viria a morrer sem que as famílias das vítimas vissem reconhecida pela Justiça a sua responsabilidade criminal, nos crimes despudoradamente ordenou: violações dos direitos humanos cometidos durante seu regime, que causaram a morte e a tortura de milhares de opositores, por delitos fiscais, falsificação de documentos oficiais e por posse de contas secretas com fundos milionários de origem desconhecida.

À hora da sua morte pendiam, contra o sanguinário ditador, mais de 60 processos em tribunais chilenos, mas também se soube nestes dias que além das diferentes contas secretas, possuía mais de 9 toneladas de lingotes de ouro depositados em seu nome num banco de Hong-Kong. O valor deste ouro, superior a 190 milhões de dólares a valores actuais, é 6 vezes superior ao que já se conhecia das tais contas secretas.

Entretanto, como já constatámos, o tiranete não era parvo nenhum e promoveu ainda algumas modificações na Constituição Chilena para garantir uma vaga vitalícia, com imunidade, no Senado.

Comprova-se assim que em dezassete anos de governo autocrático, o ditador não andou propriamente a dormir, também andou a tratar da vidinha.

Que não tenha Descanso, nem Paz…