Ainda bem que votaram contra – por isso são tão poucos…
Por ocasião do aniversário da Constituição da República, todos os democratas registaram a execrável intervenção, no Parlamento, do não menos execrável ex-director do Independente, deputado do CDS-PP, promovido a maestro espiritual da «banda» de uma direita retrógrada e nostálgica. Da intervenção de Paulo Portas saltaram mimos como este: «A Constituição de 1976 é um erro histórico: atrasou economicamente o país, equivocou-o socialmente e excluiu-o da realidade contemporânea».
Nada me custa acreditar que, para este político aprendiz de ditador e nostálgico dum salazarismo bolorento, talvez a Constituição de 1933 fosse mais indicada aos seus desígnios!... Por isso também não custa entender que fosse também ferozmente contra a nossa entrada na então Comunidade Económica Europeia…
No entanto, a incoerência do discurso com a prática governativa retiram-lhe o sentido de Estado de que tanto se auto-proclama, não se tendo inibido, (vá se lá saber porquê!...) de encomendar dois submarinos, (seria um para subir, outro para descer?) quando as nossas condições financeiras estavam já tão depauperadas e desequilibradas que até a própria Nato os considerou dispensáveis.
Não fora a nova Constituição que tanto critica e esta imitação de Le Pen nunca teria sido ministro, nem sequer ocupado o lugar de tribuno num Parlamento Democrático.
Ainda bem que os deputados do CDS-PP votaram contra. Já são poucos e por este andar talvez nas próximas eleições voltem a utilizar o táxi…
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