PORTUGAL E O “CULTO” DA POBREZA
Celebra-se hoje, 17 de Outubro, o “Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza”.
Apesar da abastança da Política Agrícola Comum, desta Europa de ricos, que se dá ao “luxo” de mandar destruir consideráveis recursos da sua produção agrícola de excedentes, é ignorada a situação de fome no planeta, que é no mínimo arrepiante, dado que cerca de mil milhões de seres humanos sofrem de subnutrição crónica.
Em Portugal do século XXI, 30 anos após Abril, continuam a verificar-se muitas privações na população mais desfavorecida, desde uma pobreza envergonhada até à situação de fome explicita.
Somos o país de toda a UE onde existe a maior a desigualdade na distribuição de rendimentos. Um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza enquanto que as cem maiores fortunas representam 17% do P.I.B. as estatísticas continuam a envergonhar-nos. Será que temos que viver irremediavelmente com este anátema?
E o pior de tudo é a indiferença e, sobretudo, a incapacidade da Sociedade Portuguesa fazer face a esta pobreza cíclica. Constata-se a cada momento que os Serviços Sociais não são capazes de dar resposta às necessidades mais básicas de quem realmente precisa.
E o pior de tudo é a indiferença e, sobretudo, a incapacidade da Sociedade Portuguesa fazer face a esta pobreza cíclica. Constata-se a cada momento que os Serviços Sociais não são capazes de dar resposta às necessidades mais básicas de quem realmente precisa.
Só por curiosidade, imagine-se qual não seria o panorama da pobreza em Portugal sem a existência do tão (inicialmente) contestado ”rendimento mínimo garantido”, implementado pelo governo de Guterres, mais tarde reciclado pelo governo de Durão Barroso, (que tanto o contestou) rebatizando-o como “rendimento mínimo de inserção”.
Finalmente, resta-nos a esperança da promessa feita já em 2002 pelos dirigentes mundiais dos países ricos que se comprometeram a reduzir a fome para metade até 2015. Segundo alguns estudiosos, deste grave problema, ao ritmo a que tem avançado este suposto esforço dos países ricos, o resultado da promessa só será alcançado no ano de 2150.
A grande conclusão a que se chega, relativamente à inexistência de uma garantia mínima das necessidades mais básicas dos direitos humanos é, sobretudo, a falta de vontade política dos governantes e dirigentes mundiais, para com aqueles que desgraçadamente os elegeram.
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