Liberalização dos Combustíveis em Portugal, ou
quem trava agora a sua cartelização?
Porque é que em Portugal, os preços dos combustíveis não acompanham a tendência de descida de desvalorização do petróleo e descem menos em relação aos preços praticados nos outros países?
Todos nós já nos tínhamos apercebido que nas situações de subida do crude os aumentos são quase imediatos nas gasolineiras e quando acontecem as descidas destas matérias-primas além não se reflectirem nas gasolineiras com a mesma celeridade que as subidas, verifica-se que a incidência de descida é muito inferior ao que se passa em outros países da U.E. Calcula-se que em Portugal baixam menos de metade, sendo que além deste factor deveria juntar-se a constante desvalorização do dólar…
Finalmente a Autoridade da Concorrência deu-se conta disso e considera que o desfasamento entre a evolução dos preços internacionais dos combustíveis e o seguimento no mercado nacional não justificava a lentidão com que os preços caíram no mercado português no terceiro trimestre, referindo ainda que a diferença no tempo de ajustamento dos preços não é justificação.
Com tamanha concertação de preços, (estão todos tão iguais em todas as gasolineiras que até chateia) temos todos a nítida sensação que além de “roubo” está a funcionar um descarado cartel entre as grandes distribuidoras de combustível… Urge assim que a Alta Autoridade avalie a cartelização como também os preços dos combustíveis, que estão mais elevados em Portugal que nos restantes países, numa altura em que a alta do euro beneficia os países importadores de crude e seus derivados.
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