sábado, maio 13, 2006

AFINSA VERSUS DONA BRANCA


Quem não se lembra da epopeia da banqueira do povo, Dona Branca?

Quando se deu a derrocada foram muitos os seus investidores que ainda acreditavam nos poderes sobrenaturais da velha senhora e acreditavam que iam reaver o seu dinheiro.

O esquema é o mesmo, os novos clientes vão permitindo o pagamento de juros aos clientes mais antigos o que leva à atracção de novos clientes, e tudo corre bem até ao momento em que algo falha e a pirâmide desmorona-se.

Neste momento a cena parece estar a repetir-se onde estranhamente a AFINSA conta com um estranho silêncio do Ministério Público, contrariamente ao que se passa no país vizinho, onde a Audiência Nacional (o Ministério Público de lá), mandou os principais responsáveis a aguardar julgamento para o xadrez.

Foi um duro golpe para a nossa auto-estima lusitana, pois o Presidente honorário da AFINSA era um exemplo para Portugal onde, como uma boa parte das nossas pobres elites, tinha um título de comendador.

Lá se foi um dos homens que nos alimentava o ego neste assumido complexo de inferioridade, para com os nossos vizinhos espanhóis.