quinta-feira, maio 05, 2005

O CIRCO DA VIDA!

Cada um é o que é! …
A vida privada das pessoas públicas é matéria que sempre me interessou muito pouco. Penso até que ela só justificaria ser eventualmente conhecida se, por uma qualquer razão muito forte, colidisse com o desempenho dos visados, afectando o exercício dos respectivos mandatos. No entanto, “não basta à mulher de César…”
Neste circo da vida os actores são como são! Em alguns é, até, de realçar a rara capacidade no desempenho de arriscados números de contorcionismo, dignos de autênticos malabaristas que se movimentam sinuosamente no circo da baixa política, tudo fazendo e a tudo se prestando, na ânsia de, eventualmente, um dia, poderem, à sombra de outros que pensam promover, ter acesso a eventual lapso de poder, o que, por si próprios, jamais conseguiriam.
Tal como os vermes, estes seres rastejantes, sobrevivem no escuro da noite e na sombra alheia, movimentando-se por reptação, evitando morder a própria língua, acto que se revela vital para assegurar a sua sobrevivência. Contudo, não conseguem disfarçar os permanentes golpes de rins. Esperemos que um dia destes, a sua coluna não venha a ressentir-se das sucessivas contorções e fique irremediavelmente lesionada! (É só rir!...)
A leviandade com que julgam, acusam, condenam e catalogam é impressionante…
Vem isto a propósito da existência dessas auto-convencidas criaturas que, apesar de ninguém lhes reconhecer importância, se auto denominam de seres superiores que pretensamente desejariam ser, sentindo-se até, imagine-se, com autoridade para julgar tudo e todos, catalogando indiscriminadamente e, advogando perante o seu semelhante, uma superioridade que nunca tiveram e que, dificilmente, algum dia, poderão vir a alcançar.
Coitados! Pura ilusão… Entre outros, talvez o seu maior erro seja o não compreenderem que a Comunidade, a quem tão mal tratam é que tem o poder de decisão, (leia-se do voto). E esta continua a rever-se no paradigma dos seus melhores, apreciando, entre outros, fundamentalmente, valores universais, (de que jamais serão possuidores) como: a lealdade, a honestidade, a tolerância, o altruísmo e a responsabilidade, inevitavelmente reflectidos a cada momento, nos mais pequenos gestos e nos mais variados actos praticados, não só ao longo da vida, como também pela generosa capacidade de entrega a ideias e a causas, em defesa dos concidadãos, contribuindo assim para uma Sociedade cada vez melhor, mais forte e mais justa.
É no exemplo desprendido, na obra feita, no gesto abnegado e generoso, tão necessário no momento próprio, que advém a filantropia autêntica. É aí que se revela a imortalidade da alma, levando ao conhecimento de todos a verdadeira dimensão do Homem.
É nestes Homens que a Comunidade, reconhece a necessária competência para lhes confiar o respectivo mandato político e não nos aventureiros e vendedores de ilusões que nada mostraram até hoje!
Daí que na última reunião da Assembleia Municipal de Seia eu tenha apelado ao civismo de todos os políticos, na campanha eleitoral autárquica que se aproxima, lembrando aos presentes que deveremos apostar em ideias e em projectos que possam, por si próprios, ser uma mais valia para a nossa Comunidade e nunca em campanhas negras de má memória e que tão más se revelaram para quem nelas apostou.