A Água – esse recurso insubstituível
A água, elemento essencial da vida, é talvez o recurso mais precioso que o planeta Terra nos coloca generosamente à disposição.
Aproximadamente 70% da massa do corpo humano é constituída por água, que renovamos continuamente, para que possamos permanecer saudáveis. Sem água, a grande maioria das pessoas morreria ao fim de duas semanas.
Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fracção (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície (água subterrânea). Apenas uma pequena porção, (cerca de 1%) de toda a água terrestre está directamente disponível ao homem e restantes seres vivos, sob diferentes formas.
A evolução cultural do Homem permitiu-lhe tornar-se no organismo dominante sobre a Terra, perturbando os ecossistemas. Como qualquer outra espécie, o Homem precisa do meio ambiente equilibrado para garantir a sua própria existência, mas os desequilíbrios que ele próprio causa aos ecossistemas naturais estão a destruir os recursos essenciais.
A água é, assim, um recurso natural escasso e limitado, o que desde logo implica a sua rigorosa gestão. O Homem Não pode continuar a desperdiçá-la, promovendo destruição à sua volta, em direcção ao lucro fácil, desvirtuando completamente o sentido da vida.
Neste sentido, há muito que foi ultrapassada a fronteira do admissível. Não! Não podemos aceitar passivamente esta situação por mais tempo.
É tempo de travar esta viagem sem regresso, dando prioridade a um novo relacionamento do Homem para com a Mãe Natureza.
Apenas agora, nesta seca que todos estamos a viver, nos começamos a aperceber da importância de um bem tão precioso, bem como da vida difícil que algumas populações, nomeadamente de Cabo Verde ou Moçambique, (apenas para falar de dois países com quem temos uma fraternal afectividade) tantas vezes vivendo com este problema de anos seguidos sem chover!...
Ao contrário dos outros países europeus, Portugal só agora começa a despontar para as preocupações ambientais. Aos poucos, a consciência de que é necessário passar das palavras aos actos torna-se realidade.
É imperioso adoptar uma nova atitude perante o ambiente e, nomeadamente, pela gestão rigorosa da água que passa certamente pela mudança de hábitos e comportamentos, a começar por nós próprios, utilizadores diários de tão precioso líquido.
O facto de estarmos esclarecidos e motivados é já suficiente para adoptarmos pequenos gestos de poupança que apesar de individualmente pouco significativos, passam a ser inequivocamente consideráveis se analisados no colectivo. Mas é na conservação e sobretudo na sua distribuição que as Câmara Municipais ou as Empresas do sector devem ter de meios para fazer face ao próprio sistema de distribuição. Quem não se recorda de ver enormes perdas através de rupturas na sistema de canalização, bocas-de-incêndio, entre outros. É fundamental a existência equipas de actuação rápida, a fim de evitar desperdícios desnecessários do precioso líquido.
A água faz parte do património do planeta. Cada continente, cada povo, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. Mais que uma herança, ela pertence já aos nossos filhos, sendo, fundamentalmente, um empréstimo dos nossos netos.
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