terça-feira, abril 21, 2009

O PCP E AS ELEIÇÕES EUROPEIAS


Como é que um partido que foi, desde a primeira hora, contra a adesão de Portugal na U.E., (à data CEE), que se opôs-se ao tratado de Maastricht, que se opôs e à adopção da moeda única e que é contra o Tratado Constitucional Europeu, tem qualquer autoridade para fazer campanha eleitoral ou para fazer eleger deputados ao Parlamento Europeu?
Não só acho piada à falta de coerência deste partido Estalinista, de um passado tenebroso e longínquo, como até acho ridículas as intervenções relativamente a esta, (e a outras) matérias.
Divirto-me com os histerismos verbais e os lugares comuns emitidos pela vetusta cabeça de lista, (esta sim está de acordo com a decrepitude do partido) que não diz nada de jeito relativamente à campanha à europeia, nem nunca poderia dizer uma vez que o partido que representa continua a cultivar, da forma mais primária o seu eterno síndrome anti-europeísta. Daí que, na minha opinião, deveria, recusar participar em tudo aquilo em que não acredita recusando-se também, a apresentar candidatos às eleições europeias.
Alguém imagina o que seria o nosso país, hoje, se desgraçadamente não fosse membro da União Europeia? Qual seria a alternativa do PCP? O Bloco de Leste? Os orgulhosamente sós? Um pacto com a Coreia do Norte consubstanciado em permanente ponte aérea? Ninguém? Outro? Qual? …
Tendo em conta a sua, (dele) nostalgia relativamente ao regime Soviético do Politburo de todas as benesses e as saudades do desmoronado Bloco de Leste, do qual ninguém tem saudades, (nem mesmo os antigos membros do Partido) o PCP sempre revelou algum cepticismo pela verdadeira Democracia Europeia, (livre de arquipélagos do Gulag), repudiando a sua construção e o Estado Social Europeu, ainda que regulado pela economia de mercado, (actualmente em convulsão).
Difícil é imaginar qual será a Europa com que este PCP sonha. O facto é que o PCP é contra esta Europa. Seria bom e, sobretudo, urgente que o PCP se definisse. Afinal as eleições Europeias são já em Junho.