PARABÉNS À DIPLOMACIA PORTUGUESA
A Presidência portuguesa demonstrou elevada capacidade diplomática, tendo conseguido, finalmente, que os governos europeus assinassem um acordo, pelo qual se esperava há mais de seis anos!...
Por conseguinte, e por muito que custe aos mais cépticos, Sócrates afirmou-se, nesta maratona negocial, como um verdadeiro líder, agora com dimensão europeia.
Falta ainda "gerir" a vontade europeia em referendá-lo, o que eu não acredito que isso venha a acontecer!
Se bem me lembro, em Portugal, havia um compromisso nesse sentido. Aguardemos como o governo, as oposições e o próprio Presidente da Republica, irão lidar com esta situação.
Contrariamente ao que pode parecer, o referendo não parece ser um instituto muito democrático, pois na maior parte dos casos os seus resultados não traduzem fielmente a vontade popular.
Num hipotético referendo, o mais certo seria cumprir-se a tradição e que a maior parte dos eleitores não se deslocassem às assembleias de voto; isto à semelhança dos que aconteceu nos dois referendos anteriores realizados em Portugal em que os resultados podem ser considerados não vinculativos, porque votaram bem menos de 50% dos eleitores.
Por outro lado, à semelhança do que se passou com o referendo do tratado europeu em França, existe o risco de muitos votantes, subverter o sentido de voto, projectando na urna eleitoral um voto o descontentamento interno, ao governo e votar "não" a qualquer pergunta que se lhes seja formulada…
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