CASO FREEPORT
Uma teia urdida e bem tramada
Após a leitura da revista “Visão” e da revista “Sábado” desta semana, facilmente concluímos que hoje muito do jornalismo que se pratica vive do sensacionalismo. Tudo serve para vender papel, servindo também os interesses e intrigas dos partidos políticos, levando-nos muitas vezes a pensar que ninguém nesta área “dá ponto sem nó” e só por mera ingenuidade isso poderia acontecer.
Todos nós sabemos, o que é "inventar" factos e casos só para denegrir pessoas ou grupos políticos e tendo por base a influência que os "média" tem, depois é difícil conseguir alterar a opinião pública.
A história remonta a Fevereiro de 2005. O «Independente» noticiou que a PJ suspeitava que a alteração da lei que permitiu a edificação do centro comercial “Freeport”, em Alcochete, protagonizada pelo ex-ministro do Ambiente, José Sócrates, teria tido como contrapartida o financiamento da campanha do PS.
Como na altura da publicação das notícias no semanário "Independente" ainda não tinha sido proferida decisão instrutória sobre o “Freeport”, qualquer acto processual relativo a este caso estava em segredo de justiça e apenas eram do conhecimento de magistrados, funcionários e elementos da PJ afectos à investigação.
A directora do "Independente", Inês Serra Lopes, foi acusada de violação do segredo de justiça no inquérito às notícias publicadas em 2005 sobre o caso. Para além de Inês Serra Lopes foram acusados no âmbito do mesmo processo o jornalista do "Independente" Francisco Teixeira Gouveia, que na altura escreveu notícias sobre o caso, e o ex-inspector da Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal José António Elias Torrão (acusado de violação de segredo de funcionário), que se reformou no passado mês de Maio.
Muitos foram os cúmplices desta teia deliberada e intencionalmente urdida por energúmenos e déspotas da baixa política que quiseram incriminar José Sócrates no alegado envolvimento no caso Freeport, através de uma campanha que tinha como alvo denegri-lo durante a campanha eleitoral.
Apesar de na altura, em plena campanha eleitoral para as eleições legislativas, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Judiciária emitirem comunicados a esclarecer que não existia qualquer suspeita de ilícito criminal por parte do líder do PS em relação ao caso Freeport e que Sócrates não era arguido em qualquer processo, esta campanha negra continuou a ter o fétido eco, através das bocas conspurcadas de alguns e pseudo-político-comentadores, de terceira linha que todos nós conhecemos de outros “peditórios”. Estes seres rastejantes que nunca nada de útil algum dia produziram, como também nunca foram exemplo de nada para ninguém, continuam no entanto a destilar ódio tentando envenenar tudo e todos à sua volta, porque só no caos das trevas e nos ambientes sulfúricos conseguem movimentar as suas tácticas diabólicas.
Felizmente o eleitorado já não se deixa influenciar pelas insistentes mensagens de ódio emitidas por estes seres, aliás como facilmente se comprovaria nos resultados eleitorais.
No trabalho sujo, parece ter havido vários encontros, dados como provados pelo MP, entre os investigadores e várias pessoas, algumas ligadas a Santana Lopes: «Miguel Almeida (deputado e membro da Comissão Política do PSD e da Comissão de Estratégia e Acção da campanha das últimas legislativas); o seu amigo Armando Jorge Carneiro (na altura proprietário da sociedade Euronotícias, editora da revista Tempo); o jornalista daquela publicação. Vítor Noronha; e o advogado Bello Dias, que partilhou o escritório com o então ministro dos Assuntos Parlamentares e Rui Gomes da Silva, o mesmo onde Santana Lopes chegou a trabalhar».
Os encontros, na casa de Armando Jorge Carneiro, na Aroeira, terão sido propostos pelo inspector Torrão a Belo Dias e o objectivo dessas pessoas podia não ser «fornecer informações sobre o licenciamento do “Freeport” de Alcochete mas sim lançar suspeitas sobre José Sócrates» como adianta fonte judicial.
O deputado municipal do CDS, na Assembleia da Alcochete, Zeferino Boal, teria feito chegar uma carta anónima ao autor da estratégia inspector da PJ, José Torrão, denunciando alegadas irregularidades e, apesar de o despacho da procuradora Inês Bonina confirmar a teia de interesses, o Ministério Público arquivou as suspeitas de corrupção activa para acto ilícito e de violação de segredo de justiça contra Armando Jorge Carneiro, administrador da «Revista Tempo», José Maria Bello Dias, advogado e ex-colega de escritório do antigo ministro Rui Gomes da Silva, e Miguel Almeida, então colaborador de Pedro Santana Lopes.
1 Comments:
Será que ainda pensa assim? lol
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