sábado, setembro 19, 2009



Uma questão de credibilidade e auto-estima


Se, desgraçadamente, Manuela Ferreira Leite ganhasse as eleições logo teria de dar, uma vez mais, o dito por não dito, ou seja, mais uma vez teria de voltar a concordar com o TGV, embora noutro cenário, depois de, inicialmente, ter aprovado quatro linhas, reduziria, agora, também para duas.

Nada de grave pois os políticos são férteis em desdizerem-se quando aterram das suas próprias campanhas eleitorais e acordam para a realidade do voo governamental. Nada de grave, mas, neste caso, o mais grave é “apenas” a falta de credibilidade e a péssima imagem com que nós, portugueses, ficamos aos olhos dos países civilizados, sobretudo, aqueles com temos acordos e compromissos. Não são só os Espanhóis, não é só a Europa da Rede Europeia de Alta Velocidade, mas “apenas” com o resto do mundo, reflectindo-se desde logo, contra a possibilidade de milhões de pessoas visitarem o nosso País mais facilmente e a baixo custo.

Nestas circunstâncias não me admira se, amanhã, um empresário português quiser fazer um acordo comercial a médio prazo, comecem a aparecer cláusulas penalizantes por incumprimento e uma "bocas" do tipo, espero que o acordo não seja do tipo TGV e sim para cumprir.
A polémica levantada, talvez inconscientemente, pela velha senhora poderia vir a ter consequências devastadoras da credibilidade nacional e poderia mesmo afectar seriamente a credibilidade do Senhor Europa, agora reeleito, Durão Barroso.
Eu como os portugueses de recta intenção, queremos fazer parte da Europa civilizada e não estar contra ela, queremos que os políticos sejam mais profissionais e que ajudem, à união entre os povos e não que compliquem as, desde já, boas vizinhanças. A vida já está suficientemente complicada, quanto mais andarem a arranjar problemas que depois têm de ser os outros a resolver…. Este tipo de políticos, sem credibilidade, em que já ninguém acredita, são o nosso pior cartão de visita, por isso estão dispensados.

Estes políticos têm que perceber que sem bons e honrados empresários e sem trabalhadores empenhados e motivados nada poderá funcionar em condições.
Olho
em volta do espectro político-partidário possível e, do que vejo, não sei se algum dos outros candidatos terá a estaleca e a credibilidade internacional que o actual “premier” possui, mas sinto agora, sem dúvidas, quem jamais poderá ser primeira-ministra.
Quero aproveitar a oportunidade para vos convidar a ler os programas dos partidos e a votar naquele programa que mais se aproxima das convicções de cada um o que, poderá, ainda, contribuir para a construção de um País melhor, mais desenvolvido, mais justo, mais humano e virado para a modernidade, mais empenhado e profissional que, um dia, nos possa tornar mais felizes e dele nos faça sentir mais orgulhosos; sobretudo, quando, ao ouvir-mos o hino nacional vejamos também a bandeira desta Nação, a elevar-se cada vez mais, na nossa deprimida auto-estima, e sermos incapazes de segurar aquela lágrima que teimosamente insiste em brotar nos nossos olhos já brilhantes de emoção.