domingo, abril 27, 2008


O Circo chegou à cidade

Alguém entende o que pretende este PPD/PSD?

Depois do desastre da governação anterior, o PSD continua a não possuir um projecto alternativo nem assume uma posição definida sobre as questões orçamentais, fiscais, económicas, sociais, culturais, educativas ou outras.

A título de exemplo poder-se-ia perguntar? Quais são as linhas condutoras deste partido em que os portugueses podem confiar? No PSD que reclama uma descida de impostos, defendido por Frasquilho, ou naquele que defende uma subida de impostos como defende Ferreira Leite?

O PSD parece não ter estratégia, nem soluções para o país, pelo que dificilmente se poderá assumir como alternativa ao actual governo Sócrates, nos actos eleitorais mais próximos.

A retirada do frágil “líder” Luís Filipe Meneses da presidência do PSD, deixa no partido ainda um maior vazio, agravando o já completo desnorte e a fraca orientação das diversas políticas do partido, revelando-nos antes a ferocidade interna na luta fratricida pelo poder, mostrando a sede de protagonismo de tantos militantes que, à primeira vista, nos pareciam tão desligados da berlinda política.

O PPD/PSD corre um sério risco de desagregação e de divisão. Cada uma das muitas candidaturas procura os seus generais para não perder influência sobre as tropas, sejam elas: Menezistas, (o Ribau ainda acredita que Menezes volta) santanistas, (que pode revelar medo mas que vergonha não tem) jardinistas, manuelistas, passistas, barrosistas cavaquistas, ou outros “istas” que possam, ainda, surgir no horizonte laranja…

Dito isto é caso para nos questionarmos qual a estratégia do PSD para a conquista do poder? Qual o novo programa político que propõe? É a incapacidade de responder a estas questões, a par da incapacidade de suprimir nomes atrás de nomes que, neste momento, parece estar a paralisar, ainda mais, o partido.

Um triste espectáculo que (i)responsáveis do partido laranja oferecem ao País. Um péssimo índice revelador da imaturidade política dos protagonistas daquele partido que se transmite pela Europa fora. Enfim, este PSD continua a emitir sinais para o exterior que está atulhado de dirigentes de transição, ansiosos de protagonismo imediato, mas que não possui uma estratégia realista, consistente e estruturada para se apresentar como alternativa ao poder, já não para 2009, mas até para 2013, o que, no mínimo, me parece trágico! Este é, seguramente, o resultado da confusão e do esvaziamento ideológico bem como a falta de um verdadeiro líder pragmático de dimensão nacional.

Invocar Sá Carneiro parece, por si só, já não chegar!..