DOIS MILHÕES DE PORTUGUESES
Esta é uma notícia que me deixa triste.
Este número deveria envergonhar-nos e, sobretudo, os governantes deste País…
No actual governo, Sócrates na esperança de promover um rápido crescimento económico do país, privilegiou a corrente capitalista na distribuição dos rendimentos favorecendo assim os mais ricos.
Puro engano, a Economia continua estagnada, a Protecção Social, tão cara à esquerda esfuma-se e por mais que emagreça a Administração Pública as despesas não baixam, como explicar isto? Pelo contrário, a estratégia política parece ter promovido, mais ainda, a existência do fosso entre os ricos e as famílias consideradas pobres. É, de facto, o descrédito.
A continuar neste caminho, Portugal terá cada vez mais pobres e começou até a aparecer um novo tipo de pobreza, a “pobreza envergonhada”.
Os salários não aumentam na proporção do custo de vida, (veja-se os índices de inflação dos últimos dez anos) e como se diz em gíria: “empobrecer alegremente”.
É preciso cuidado, há cada vez maiores disparidades sociais. Há quem ganhe muito capitalizando cada vez mais e outros auferem tão pouco que quase não lhes dá para sobreviverem com a dignidade que a condição humana exige, para não falar daqueles que o desemprego não permite ganhar absolutamente nada e que são sustentados pelas famílias.
Não parece que, por esta via, e com esta estratégia de governação Sócrates consiga, alguma vez, implementar uma política mais justa e solidária para com os portugueses que mais necessitam.
É preciso repensar numa estratégia de governabilidade mais eficaz e não ficar a aguardar a generosidade do tecido empresarial cada vez mais capitalista.
É preciso, pelo menos não promover a imoralidade. Há muita gente que afirma que Portugal é dos países da Europa onde há mais Mercedes e BMW e mais pessoas a andarem vestidas com roupas de marca e outros luxos. Por outro lado, em Outubro passado, a Igreja Católica mostrava em Fátima, com a inauguração da nova catedral, onde se gastam tantos milhões provenientes dos crentes, muito deles pobres também, para que esta instituição pudesse na sua pretensa acção social ajudar aqueles que mais precisam…
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