quinta-feira, abril 30, 2009


O Financiamento dos Partidos
(um verdadeiro escândalo em tempo de crise)


Aprovada ontem na especialidade, a nova lei de financiamento dos partidos vai a votação final, hoje, quinta-feira, na Assembleia da República.
Este diploma prevê que os partidos possam aumentar o dinheiro obtido através de iniciativas destinadas a angariação de fundos. A nova lei foi, aprovada por todas as bancadas parlamentares, abre a porta a um maior financiamento privado. Conforme referia o jornal “O Público”, os partidos podem receber mais de um milhão de euros em dinheiro vivo.
A nova lei do financiamento dos partidos políticos, das campanhas eleitorais e dos grupos parlamentares, aprovada na especialidade em tempo recorde, aumenta em mais de um milhão de euros – de 22.500 para 1.257.660 euros – o limite das entradas em dinheiro vivo nos partidos. Um aumento de mais de 55 vezes em relação ao tecto actual e que se aplica às quotas e contribuições dos militantes e ao produto das actividades de angariação de fundos, acabou com algumas limitações na obtenção de novas receitas. Estas alterações foram saudadas pelos partidos com menor representação parlamentar e encaixam nas pretensões do PCP. A Festa do Avante é o exemplo acabado em termos de angariação de fundos em cash.
Esta lei para além de autorizar os partidos a receberem os tais 1,2 milhões de euros em dinheiro vivo vai ser também permissiva no controlo das despesas, permitindo que as despesas feitas por terceiros possam não ser contabilizadas se os candidatos alegarem não terem tido conhecimento ou autorizado, por exemplo, um cartaz de campanha…
Finalmente, e sobretudo, a minha total e completa oposição a esta lei, porque vamos continuar a ter um sistema de financiamento predominantemente público e, como tal, não concordo que os meus impostos financiem partidos políticos com os quais não me identifico, em campanhas eleitorais de esbanjamento dos dinheiros públicos, ou em esquemas de alarve distribuição de brindes inúteis em detrimento de um verdadeiro projecto político e, quantas vezes, em total ausência de pensamento estratégico nacional.
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Apostilha: 18,5 milhões de euros foi quanto o Estado deu em 2007 a PS, PSD, CDS, PCP, BE e aos Verdes. 70,5 milhões de euros é quanto se prevê que vão custar as campanhas eleitorais que se avizinham. Para esta gente não há crise que os demova deste despesismo alarve para conseguir os votos que, desta vez, não vão obter...

Perante um silêncio comprometido de todos os deputados cúmplices um grande abraço , reconhecido, ao António José Seguro pela sua convicção!



Ainda há Homens intemporais

Goste-se ou não do Dr. Mário Soares, com todos os defeitos que possa ter, a ele também se deve este direito inalienável à liberdade de expressão e de livre pensamento que hoje vivemos e achamos tão natural que nos esquecemos que este país, há pouco mais de 35 anos, não contemplava essas coisas aparentemente tão simples. Este Homem, em que não importa a idade, tem como qualquer cidadão do nosso país direito à sua opinião pessoal e pela pertinência das suas intervenções, Mário Soares afirmou-se ao longo dos tempos como um homem intemporal e, apesar da sua idade, mantém sempre actualizada a sua agenda política. Pela qualidade e clarividência do seu discurso tem, por mérito próprio, direito a tempo de antena dos mais prestigiados órgãos de informação, por isso é ouvido, é convidado pelos mais diversos meios de comunicação social nacional e estrangeiros.
Após a sua intervenção nos último programa “Prós e Contras”, da RTP, é um privilégio atentarmos no seu último artigo publicado no,“El País”, prestigiado jornal do país vizinho e também no artigo publicado no dia seguinte no "DN", prestigiado jornal nacional...


quarta-feira, abril 29, 2009



A (in)Justiça de quem, desgraçadamente, dependemos


Dom Januário Torgal Ferreira classificava a «forma como a Justiça está a ser traduzida», como um «espectáculo degradante a que estamos a assistir em Portugal».
O Bispo da Forças Armadas considerava que «quem souber o mínimo de direito, do seu exercício e aplicação, sente-se envergonhado».
Quero querer que não é apenas este Bispo, Dom Januário Torgal Ferreira, que está envergonhado do espectáculo degradante da Justiça em Portugal, mas antes todo o povo português que além da vergonha do espectáculo degradante é a vergonha da inoperância, da ineficácia, da morosidade e, sobretudo, a vergonha de uma Justiça desigual para os cidadãos deste país, à face da Constituição Portuguesa. Uma verdadeira vergonha para toda a sociedade, esta (in)Justiça de quem dependemos neste suposto Estado de Direito.

sábado, abril 25, 2009

(clique na figura para relembrar o modus operandi do ditador)

Uma verdadeira provocação à Democracia e à Liberdade

Um tal João Lourenço, presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, militante laranja, eleito pela coligação PSD/CDS, escolheu precisamente as comemorações do 25 de Abril para inaugurar, nada mais nada menos que a Praça com o nome do salazarento ditador, natural lá da terrinha.

Bem a propósito, António de Oliveira Salazar, ele próprio, foi o maior adversário quer da Democracia, quer da Liberdade…

Esta desfaçatez proveniente de um autarca do PSD que precisamente nesta data promove a celebração de um regresso a um passado fascista é a confirmação da verdadeira crise ideológico-partidária que aquele partido está a atravessar e que, supostamente, deveria promover os valores caros à social democracia.

Confirmando o que acabo de dizer, regista-se o facto das bancadas parlamentares do PSD e do CDS-PP terem rejeitado discutir na Assembleia o voto de repúdio, proposto pelo Bloco de Esquerda, pela referida inauguração.

sexta-feira, abril 24, 2009

(Clique na imagem para ouvir - e recordar - "A Canção do Adeus")



Ah! quantos sonhos... Quanta esperança...
(clique na imagem)

quinta-feira, abril 23, 2009

(clique para ver a homenagem da TV Galícia ao Zeca e à revolução dos cravos)

"Aqueles que preferem a segurança à liberdade não merecem nenhuma das duas"
Thomas Jeferson.

(clique na imagem para recordar sons e imagens)

O que falta cumprir de Abril
(Para cumprir Abril, neste país, vale ainda a pena ler, pensar e agir)

Eduardo Prado Coelho, um dos raros pensadores deste país, pouco antes de nos deixar, teve a lucidez de escrever este artigo notável que parece retratar fielmente o que (ainda) somos e o que (já) não deveríamos ser…

Senti que, desta vez, evocar Eduardo Prado Coelho, personalidade que conheci pessoalmente desde os já longínquos Festivais de Cinema da Figueira da Foz, seria a melhor forma de celebrar Abril, aqui


“Precisa-se de matéria-prima para construir um País"

"A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
O que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
- Um país onde os homens se sentem mais homens, exibindo animais inocentemente abatidos a tiro, ou torturando touros numa arena.
- Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
- Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como matéria-prima de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa?.... MEDITE!"

In memoriam de EDUARDO PRADO COELHO

(Clique no magalhães para ver a notícia no Expresso)

Guru da tecnologia lança rasgados elogios ao 'Magalhães'

"O Programa Magalhães é a mais sofisticada e avançada implementação das tecnologias de informação em educação no mundo", afirma o canadiano Don Tapscott que participa no Fórum Mundial das Telecomunicações em Lisboa.

terça-feira, abril 21, 2009

O PCP E AS ELEIÇÕES EUROPEIAS


Como é que um partido que foi, desde a primeira hora, contra a adesão de Portugal na U.E., (à data CEE), que se opôs-se ao tratado de Maastricht, que se opôs e à adopção da moeda única e que é contra o Tratado Constitucional Europeu, tem qualquer autoridade para fazer campanha eleitoral ou para fazer eleger deputados ao Parlamento Europeu?
Não só acho piada à falta de coerência deste partido Estalinista, de um passado tenebroso e longínquo, como até acho ridículas as intervenções relativamente a esta, (e a outras) matérias.
Divirto-me com os histerismos verbais e os lugares comuns emitidos pela vetusta cabeça de lista, (esta sim está de acordo com a decrepitude do partido) que não diz nada de jeito relativamente à campanha à europeia, nem nunca poderia dizer uma vez que o partido que representa continua a cultivar, da forma mais primária o seu eterno síndrome anti-europeísta. Daí que, na minha opinião, deveria, recusar participar em tudo aquilo em que não acredita recusando-se também, a apresentar candidatos às eleições europeias.
Alguém imagina o que seria o nosso país, hoje, se desgraçadamente não fosse membro da União Europeia? Qual seria a alternativa do PCP? O Bloco de Leste? Os orgulhosamente sós? Um pacto com a Coreia do Norte consubstanciado em permanente ponte aérea? Ninguém? Outro? Qual? …
Tendo em conta a sua, (dele) nostalgia relativamente ao regime Soviético do Politburo de todas as benesses e as saudades do desmoronado Bloco de Leste, do qual ninguém tem saudades, (nem mesmo os antigos membros do Partido) o PCP sempre revelou algum cepticismo pela verdadeira Democracia Europeia, (livre de arquipélagos do Gulag), repudiando a sua construção e o Estado Social Europeu, ainda que regulado pela economia de mercado, (actualmente em convulsão).
Difícil é imaginar qual será a Europa com que este PCP sonha. O facto é que o PCP é contra esta Europa. Seria bom e, sobretudo, urgente que o PCP se definisse. Afinal as eleições Europeias são já em Junho.

domingo, abril 19, 2009

"SÓCRATES O PAPALVO"

Notável este documento “incriminatório”que a estação do jornalismo de sarjeta foi “descobrir” para gáudio alarve dos seus atentos, (seguidores) espectadores...

Senão atentemos:

- depois de visionar o DVD poderemos concluir que Sócrates é tão estúpido que aprovou o dito empreendimento “Freeport” na última semana de mandato, não por dinheiro mas, apenas, por simples estupidez…

- Que Sócrates é tão papalvo que só depois de aprovar o empreendimento é que estabeleceria uma fabulosa e piramidal combinação segundo a qual, só depois da aprovação viriam os tais dinheiritos, mas às prestações… Claro que tudo isto só poderia ser na boa fé…

Mas também se pode concluir que:

- o empreendimento foi, também, aprovado em troca de um financiamento partidário e que o empreendimento foi também aprovado em troca de pagamentos ao primo de Sócrates.

É obra!...

O que eu concluo é que esta figura, de nome Charles Smith, saiu cá uma peça, sobretudo quando pretende justificar os dinheiros que ele próprio e os seus amigos surripiaram à empresa e que agora pretende justificar invocando pretensa corrupção dos políticos.

Finalmente, outra conclusão que se pode retirar deste notável documento, é que qualquer aprendiz de vigarista seria capaz de produzir um vídeo mais convincente e menos contraditório do este que o infeliz Charles Smith foi protagonista.



Apostilha:

- para ajudar a investigação do MP sugeria que, aproveitando a afirmação de Charles Smith, segundo o qual ele próprio mais Garry Russel e Sean Collidge se deslocaram a um hotel em Lisboa para subornar um primo de Sócrates que tentassem saber a data do acontecimento, o hotel em que se verificou e que quem participou na tal reunião. Afinal o presumível hotel deve ter os seus registos e concerteza que os funcionários não devem, ainda, sofrer da doença de Alzheimer.

Ah! Quanto à estação, do jornalismo de sarjeta, não concluo nada! Deixo essa tarefa para vocês tirarem as vossas próprias conclusões, não agora, mas sim no momento próprio que, (poderá ser tarde) mas vai chegar...




sexta-feira, abril 03, 2009

"Desiderata"

Afinal sempre encontrei a antiga declamação deste poema por Ruy de Carvalho que muitos dos meus amigos certamente ainda se recordarão, bastando para isso clicar aqui



quinta-feira, abril 02, 2009

(Clique na imagem para ver e ouvir ao som de Samuel Barber)


Este poema, “Desiderata”, foi desde sempre, para mim, um bálsamo reconfortante.

Na época conturbada em que vivemos é preciso repensar muitas coisas e nessas coisas estão os valores fundamentais à Vida. Neste contexto é importante fazer-mos uma referência aos aspectos que, com este poema, nos ajudam a reflectir através da filosofia que lhe é adjacente e a mensagem que com ele transporta. Ao certo não se sabe quem foi realmente o seu autor; mas a importância deste poema também está no facto de ser traduzido em inúmeros idiomas.

Sobre a sua autoria há um pouco de tudo, pois é mencionado de forma sistemática em meios literários como sendo de autor desconhecido, outros atribuem-no a Max Ehrmann que supostamente o teria escrito em 1927. No entanto há outras fontes que o designam como sendo um poema hindú escrito muito anteriormente ao ano de 1927.

Polémicas à parte, o importante é a mensagem que traz adjacente, sobretudo neste momento de perigosa recessão económica e social, tão grave e tão difícil para tanta gente, para tantas famílias que torna o mundo num futuro tão incerto que, no actual momento ninguém arrisca qualquer previsão e muito menos algum exercício de futurologia.

Relativamente a este poema recordo-me ainda de um disco em que é interpretado excepecionalmente pelo actor Ruy de Carvalho nos idos anos 70.


DESIDERATA

(Em latim significa “aquilo que se deseja ou que é desejável”...)


(Tradução)


PARA SER FELIZ ...



Siga tranquilamente entre a pressa e a inquietude, lembrando-se que há sempre paz no silêncio.

Tanto quanto possível, sem se humilhar, mantenha boas relações com todas as pessoas.

Fale a sua verdade mansa e claramente e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes, pois eles também têm sua própria história.

Evite as pessoas escandalosas e agressivas. Elas afligem o nosso espírito.

Se você se comparar com os outros, tornar-se-á presunçoso e magoado, pois haverá sempre alguém superior e alguém inferior a você.

Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores. Você merece estar aqui, e mesmo sem você perceber, a Terra e o Universo vão cumprir o seu destino.

Desfrute das suas realizações, bem como dos seus planos. Mantenha-se interessado em sua carreira, ainda que humilde, pois ela é um ganho real na fortuna cambiante do tempo.

Tenha cautela nos negócios, pois o mundo está cheio de astúcias, mas não se torne um cético porque a virtude sempre existirá.

Muita gente luta por altos ideais e em toda a parte a vida está cheia de heroísmo. Seja você mesmo, principalmente. Não simule afeição. Não seja descrente do amor, porque mesmo diante de tanta aridez e tanto desencanto ele é tão perene quanto a selva.

Aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os arroubos inovadores da juventude.

Alimente a força do espírito que o protegerá no infortúnio inesperado, mas não se desespere com perigos imaginários. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão, e a despeito de uma disciplina rigorosa. Seja gentil para consigo mesmo.

Portanto, esteja em paz com Deus como quer que você o conceba e quaisquer que sejam seus trabalhos e as aspirações.

Na fatigante confusão da vida, mantenha-se em paz com sua própria alma, apesar de todas as falsidades, fadigas e desencantos. O mundo ainda é bonito.

Seja prudente e faça tudo para ser feliz !...