quarta-feira, fevereiro 27, 2008


A nova frente comum coligada à la Gauche

Por onde anda a defesa dos interesses do Estado?..

A pompa e a circunstância numa circunstância sem pompa nenhuma

Santana Lopes, então presidente da Câmara de Lisboa, propunha-se salvar o Parque Mayer e, para alcançar esta sua suprema realização, ganhou o apoio incondicional da quase totalidade classe artística portuguesa das artes de palco que lhe deu, incondicionalmente, o seu voto.

Assim nasceria a ideia de um casino em Lisboa, para ajudar a financiar tão dispendioso projecto de recuperação. Para a elaboração do projecto, Santana Lopes convidaria, com pompa e circunstância, o famoso arquitecto americano, Frank Gehry, a quem pagaria qualquer coisa como 2,5 milhões de euros pela maqueta apresentada, mas que, mais à frente, dados os elevados custos do projecto, Santana deixaria ficar pelo caminho. Assim caiu a primeira fase do projecto e a recuperação do Parque Mayer. A fase seguinte passaria pela negociata com Bragaparques e pela a permuta por uma parcela dos terrenos da Feira Popular e em todo esse desenrolar frenético de grandes projectos, só uma coisa viria a concretizar-se: um novo casino em Lisboa.

Ora este projecto do Casino começou por ser pensado no Parque Mayer e entre outras várias hipóteses de localização: desde o Cais do Sodré, passando pelo Jardim do Tabaco, até que acabou por cair, em definitivo, no Pavilhão do Futuro da Expo 98.

A polémica desta negociata adviria também da a extensão da concessão da zona de jogo do Estoril à cidade de Lisboa, de borla, sem qualquer concurso, o que levaria a que os restantes operadores do sector dos jogos fossem ignorados em benefício da Estoril-Sol, facto de que nunca se resignaram e, claro, agravado pela circunstância e não ter havido concurso o que levaria a que, o Estado, no mínimo, tivesse sido lesado em milhões de euros que lhe adviriam da concorrência que tal concurso proporcionaria.

Por outro lado, a entrega do casino à Estoril Sol foi acompanhada de uma alteração à Lei do Jogo. Dois pareceres da Inspecção-geral de Jogos, em sentido contrário num curto espaço de tempo, permitiram à concessionária reclamar a posse do imóvel do casino, contrariando o princípio geral da reversibilidade para o Estado no final da concessão. Confirma-se assim, que não foram salvaguardados os interesses do Estado.

Segundo o jornal “Expresso”, nas escutas telefónicas levadas a efeito no âmbito do processo Portucale, há conversas entre Abel Pinheiro, dirigente do CDS responsável pelas finanças do partido, Mário Assis Ferreira, presidente da Estoril-Sol, e Paulo Portas, onde é pedido que Telmo Correio apenas “tome conhecimento”.

Foi fácil demais a forma como a Estoril-Sol viria a ganhar a extensão da concessão da zona de jogo para Lisboa, pressionando os governos de Durão Barroso e de Santana Lopes para garantir a propriedade plena do Pavilhão do Futuro à borla e o Parque Mayer lá continua a sua caminhada em direcção à degradação total, com toda aquela panóplia de artistas, apoiantes de Santana Lopes, a assistir impávida à promessa eleitoral não cumprida.

Chega de corrupção e crime de colarinho branco. Esperemos que os tribunais resolvam rapidamente e de uma vez por todas estes imbróglios e, sobretudo, julguem os culpados condenando-os sem apelo nem agravo!



terça-feira, fevereiro 26, 2008


Mais contras do que prós…


Como quase sempre acontece, além do espectáculo mediático, quase nada resulta porque também quase nada se debate em profundidade e desta vez também não iria ser diferente, apesar das expectativas que alguns colegas me manifestavam durante a tarde.
Uma vez mais o confronto de pontos de vista quase nunca aconteceu e, quando assim é, quase nada se esclarece e as realidades escolares, que importaria dissecar, tendem a estar ausentes do debate central. Apesar disso foi possível retirar a ideia de que nenhum de nós está contra a avaliação do desempenho em termos de conteúdo. A grande problemática consiste, essencialmente, na forma, na calendarização, e na necessidade de formação por parte de quem avalia, como foi reconhecido pelo presidente do conselho das escolas, o que já não é pouco. No entanto, da sua intervenção transpareceu que algumas sugestões daquele conselho teriam tido eco no M.E.
A outra leitura a que é possível chegarmos facilmente é que, após a flexibilização de procedimentos proposta pelo M.E. será nas escolas, e no uso da sua autonomia, que se devem encontrar muitas das respostas que procuramos, simplificando, operacionalizando o mais possível o próprio processo, ou seja facilitando a nossa própria vida.
A moderadora, uma vez mais, deixou transparecer que não fez o trabalho de casa e pareceu estar, uma vez mais, mal documentada. Pelos intervenientes destacaram-se algumas questões, que foram bem colocadas destacando-se a intervenção da professora Fernanda Velez, segura e incisiva que colocou algumas questões chave e o insubstituível Arsélio Martins, (amigo de longa data e de outras guerras…) que lembrou a todos que o ensino é uma actividade que tem rosto humano. A intervenção sindical foi também na linha daquilo a que já nos habituou, ou seja, apesar de alguma pertinência demasiado política e para o fracote. Há coisas que não têm mesmo emenda. O professor Formosinho (apesar de eu próprio o reconhecer que é uma autoridade sobre o assunto) parece ter sido um erro de casting para o formato do programa.

domingo, fevereiro 24, 2008

O RESPEITO QUE NOS DEVERIAM MERECER OS ÓRGÃOS DE SOBERANIA


O Primeiro-ministro foi eleito democraticamente e, por conseguinte, tem todo o direito para liderar o Governo de Portugal até ao fim do mandato, cuja garantia a Lei eleitoral e a Constituição da República Portuguesa lhe conferem.

Assim sendo, o Sr. Primeiro-ministro de Portugal tem, incontestavelmente, toda a legitimidade para governar e mais, tem todo o direito a ser respeitado como pessoa e, fundamentalmente, como Órgão de soberania da República Portuguesa. A nossa Constituição garante-lhe assim também o direito inalienável a ser respeitado pelos cidadãos portugueses. Por conseguinte respeitarmos os órgãos de soberania é, além de um dever cívico, um exercício básico de cidadania, na nossa jovem democracia.

Podemos ou não gostar da sua governação, o facto é que a maioria Parlamentar que suporta o Governo, reforça ainda mais, o Primeiro-ministro, garantindo-lhe, pacificamente, a conclusão do mandato de quatro anos, de que foi investido pelo Sr. Presidente da República.

O verdadeiro balanço da sua governação será feito no próximo acto eleitoral.

Deste modo nas próximas eleições legislativas os portugueses, (que já demonstraram que não são estúpidos) irão, seguramente, fazer justiça através do voto. Aguardemos pois o resultado das próximas eleições.

A isto chama-se Democracia e parece que, mais de trinta anos depois de Abril, nem todos nós interiorizámos as noções mais básicas do regime democrático, que apesar de tudo, é o menos mau de todos os outros regimes de que, até agora, nos demos conta.

Toda esta introdução se justifica porque começamos a ficar saturados de tanta falta de educação, de tanta alarvidade sobre um órgão de soberania que nos deveria merecer o maior respeito, independentemente da luta política e do confronto de projectos, de ideias que deve existir sempre numa verdadeira democracia e, não tanto discutir pessoas, até à exaustão, porque satura mesmo, até o mais pacífico dos mortais.

Só é vencido quem desiste de lutar. E lutar é um direito! E todos nós temos o direito de lutar pelas nossas causas e convicções, mas é um imperativo fazê-lo de forma frontal. A luta política poderá ser dura e exigente, mas deve também ser leal e respeitosa. Isso sim será um verdadeiro exercício de cidadania.

Anda por aí um auto convencido iluminado opinador na nossa praça que, apesar de não ser exemplo para ninguém, se farta de opinar, sobre tudo e todos, pelos mais diversos meios, na sua habitual impropérica incontinência verbal, em insistente gritaria, exaltando o exemplo dos seus ídolos políticos, Alberto João Jardim e Santana Lopes, (que nem como exemplo rebuscado serviriam para ilustrar qualquer manual político terceiro-mundista) convencido que alguém o ouve, o que já nem sequer acontece com a estrutura local da sua última filiação partidária.

Esta insistência, diria mesmo obsessão, será por despeito, por incompetência ou, quiçá, por frustração do próprio projecto de vida pessoal?

Será assim tão difícil o exercício cívico de respeitar os órgãos de soberania?

Com a evolução do seu percurso político de translação, por todos conhecido, podemos imaginar o (ego-geocentrismo ptolomaico) que faz mover este pretendente a Galileu de pacotilha!... Estou em crer que não será por esta via que algum dia completará o movimento rotação em torno da ética e da civilidade que o poderiam vir a tornar um verdadeiro Cidadão…

É caso para dizermos aquela real frase: "porque no te callas?"

Caro "opinion maker" se não consegue dar bons exemplos não tente dar bons conselhos…



sábado, fevereiro 23, 2008

(Clique e delicie-se a ouvir)

Fados - um filme de Carlos Saura

Tive oportunidade, afinal como todos os senenses, de assistir na passada quinta-feira, dia 21, à estreia do último trabalho do realizador espanhol Carlos Saura.

Se há algo que aplaudo neste “filme” é o facto de um estrangeiro se “atrever” a realizar um trabalho cinematográfico sobre o fado, algo que nenhum realizador/produtor português se atreveu a fazer até agora. A temática é um manancial ilimitado onde poderia ser reflectida, praticamente, toda a diáspora de um povo.

Este trabalho poderia ser, de facto, uma obra monumental que teria toda a possibilidade de ser um caso sério no panorama internacional, mas infelizmente não passou de um "boa" intenção.

Mas vamos ao “filme”.

Admito que tinha algumas expectativas, mas se os efeitos plásticos das coreografias e a cenografia projectada, não me impressionaram substancialmente, apesar de alguns apontamentos interessantes, os efeitos estéticos da sonoplastia proposta também não me iriam cativar com a excepção de algumas tentativas de fusão com outras realidades musicais como o flamenco, a morna, o samba ou o rap, que levadas a um nível mais envolvente e elevado poderiam atingir um patamar bem mais importante em sonoridades que poderiam, seguramente fazer a diferença. Mas o realce da obra advém do facto de ser um trabalho feito por um não português, neste caso um espanhol que se atreveu a vir para Portugal fazer um filme sobre fados… algo que como disse, os próprios cineastas portugueses, não tiveram o atrevimento de fazer.

O homem até poderia ter muito boa vontade e a melhor das intenções, mas neste caso, ou não fez o trabalho de casa ou então foi muito mal aconselhado.

Como poderá ser realizado um trabalho sobre o Fado que omita o fado de Coimbra e nomes como: Zeca Afonso, Carlos Paredes, Dulce Pontes, Carlos Ramos, João Braga, Teresa Noronha, entre muitos outros, e, esquecendo praticamente, a nossa enorme Amália?

Reforço aqui a falta de sensibilidade de um não português, (que é desculpável) para levar por diante uma obra desta natureza, mas não se rodeou de conselheiros lusos entre os quais Carlos do Carmo e o musicólogo Rui Vieira Nery, ex-secretário de estado da Cultura?

Por nós ficamos a aguardar a próxima tentativa que trate o FADO como ele verdadeiramente merece...

(clique na imagem para recordar 23.02.87)

In memorian de Zeca Afonso

21 anos após a morte de um "amigo maior que o pensamento"


Utopia

Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo mas irmão
Capital da alegria

Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
E teu a ti o deves
lança o teu
desafio

Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio este rumo esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

De candeias às avessas
Com esta oposição não vamos a lado algum...
Depois de Luís Filipe Menezes ter ameaçado romper o acordo com o PS sobre a lei eleitoral autárquica, Santana Lopes, afirmou ao jornal Público estar «surpreendido» com estas declarações do presidente do PSD, proferidas no domingo, uma vez que a lei já foi aprovada na generalidade e o acordo com os socialistas foi negociado pelo próprio líder da bancada parlamentar.
As declarações de Santana Lopes, ao Público, mostram o desconforto sentido no PSD: o presidente da bancada laranja admitiu ter sido apanhado de «surpresa» e sublinhou que não fará mais comentários até ter a possibilidade de reunir-se com Luís Filipe Menezes.
«A minha obrigação é encontrar uma solução para garantir uma reforma assumida há anos e que continuo a considerar importante». «Se a reforma da lei autárquica for por água abaixo, perdem-se alterações importantes, nomeadamente o facto de o presidente da câmara poder escolher os seus vereadores», dizia ainda Santana Lopes ao jornal Público.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Cidadania

A cidadania tornou-se numa palavra-chave dos novos tempos.

Só através de uma cidadania activa, livre e consciente é possível contribuir para a construção de uma nova sociedade.

Só através dela, e em democracia, é possível promover a transformação social e o desenvolvimento humano exigindo a participação de todos, num processo que existe na consciência de cada um de nós, e que se incorpora gradualmente nas instituições da sociedade, num processo que não se limita apenas à dimensão política, mas que se estende a outras dimensões da sociedade.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Já não há santos milagreiros

"Não queiras para o teu semelhante aquilo que não queres para ti"

Era uma vez um Presidente de Câmara chamado António Costa que foi Ministro da Administração Interna com a tutela das autarquias.

Naquela altura, este ministro defendia que a actual lei das finanças locais era um instrumento fundamental das políticas do Governo, uma vez que defendia os superiores interesses do Estado, quiçá incompatíveis com os interesses do poder local.

Desta vez virou-se o feitiço contra o feiticeiro, pois que, como é sabido por todos, pretendia contrair um empréstimo, defendendo que a lei que, enquanto governante patrocinou, lhe viabilizaria o empréstimo.

Já se estava mesmo a ver que, atendendo ao elevadíssimo montante e à natureza da dívida, só por milagre do Santo Padroeiro de Lisboa, que também é António, o empréstimo conseguiria atravessar o filtro do tenebroso Tribunal de Contas, pois já não há santos como antigamente.

Moral da história: às vezes recebemos na mesma moeda por tudo aquilo que fazemos

Apostilha: pior que a famigerada lei, é o cinismo hipócrita dos (i)responsáveis pela gestão danosa que levou a CML a este estado lastimável. As centenas de acessores, acessoras e santanetes, as dívidas desbragadas, as negociatas estranhas com a Feira Popular, o Parque Mayer e a Braga Parques, isto só para citar aquilo que se conhece. Este desvario provocado pelos dois partidos da coligação que (des)governou a CML necessitava, além do julgamento eleitoral que já teve lugar, de ser julgado também nos tribunais competentes.

Em Cuba a Monarquia continua "fidelíssima" e de boa saúde

Como se pode depreender pela bem sucedida, e célere, sucessão ao trono do irmão do rei deposto por cansaço, a monarquia em Cuba continua de boa saúde.

Para testemunhar entronização oficial de Raul Castro espera-se que toda a realeza comunista esteja presente, pelo que os convites não devem tardar a chegar às famílias desta linhagem, que ainda subsistem de forma fidelíssima, como é o caso da nossa realeza Pecepista.

O sucesso desta sucessão é a prova, provada, de que os votos nem sempre são necessários às escolhas de sucesso… Olaré!

rei cansado, rei empossado! Viva o fidelíssimo e "novo" rei da grande Antilha...

Recortes da Imprensa


O Laranjal da irresponsabilidade (1)

«Durão Barroso negou, ontem, ter conhecimento de que alguém do seu Executivo tenha tomado uma decisão com o propósito de atribuir à sociedade Estoril-Sol a posse do Casino de Lisboa no Parque das Nações. "Pode apenas dizer que não tem nem nunca teve conhecimento de alguma decisão de algum membro do seu Governo que tivesse favorecido ilegitimamente qualquer empresa privada", disse Leonor Ribeiro da Silva, porta-voz do presidente da Comissão Europeia à Lusa, em Bruxelas.» Jornal de Notícias

O Laranjal da irresponsabilidade (2)

“O ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes afirmou que o Governo de Durão Barroso fez um acordo com a Estoril-Sol sobre a posse do Casino de Lisboa e negou intervenção no caso por parte do seu executivo.

A versão de Santana Lopes sobre o processo do Casino de Lisboa foi exposta em directo no «Jornal da Noite» da SIC.

Santana Lopes reconheceu que a carta enviada pelo administrador Mário Assis Ferreira a Telmo Correia foi infeliz, mas considerou «razoável» que a Estoril-Sol fique com a posse do edifício do Casino de Lisboa no Parque das Nações, apontando as contrapartidas que disse terem sido negociadas pelo executivo de Durão Barroso”.TSF


Adeus inocência irresponsavelmente desonesta

«O Tribunal Constitucional divulgou hoje que decidiu multar o PSD numa coima de 35 mil euros, no caso do financiamento ilegal realizado pela Somague, nas eleições autárquicas de 2001. A este valor acrescem os 233.415 euros que o PSD recebeu de apoio indirecto daquela empresa, através do pagamento de material de campanha, e que terá de entregar ao Estado.

Quanto à Somague foi condenada a pagar 600 mil euros.No que respeita à responsabilização individual, o Tribunal Constitucional, que deliberou a 13 de Fevereiro sobre o assunto, condenou José Luís Vieira de Castro, secretário-geral adjunto para a área administrativa e financeira do PSD, fixando-lhe uma multa de 10 mil euros, o mesmo montante que Diogo Vaz Guedes, presidente do Conselho de Administração da Somague terá de pagar.José Luís Arnaut, secretário-geral do PSD na altura, embora tenha sido acusado pelo Ministério Público, viu o TC retirar-lhe qualquer responsabilidade no caso.» Público

Afinal há dois laranjais: o do PPD e o do PSD

«O líder da bancada do PSD, Santana Lopes, afirmou ontem ao PÚBLICO estar "surpreendido" pelas declarações do presidente do partido, Luís Filipe Menezes, que no fim-de-semana ameaçou romper o acordo com o PS sobre a lei autárquica, já aprovada na generalidade. Uma posição com que Menezes desautoriza a direcção parlamentar mas também o seu vice-presidente e que volta a causar mal-estar no PSD.Pela segunda vez em cerca de um mês, Luís Filipe Menezes põe em causa acordos feitos com os socialistas.» Público


Gente falhada em todo o seu esplendor…

Mesmo sem poder, (a que ansiosamente - e a todo o preço - pretendem chegar) não passam de pequenos tiranetes, autênticos seres pusilânimes e despeitados perante todos aqueles que incansavelmente, no dia-a-dia, contribuem para um mundo melhor…

Sem honra nem glória, e o mais que importa, sem um projecto de vida, criticam incessantemente os detentores de uma vida com projecto.

Fracos comentadores, tão tristes como despeitados, inverosímeis cagarolas, exemplos nefastos, pelo seu histórico, que tudo devem àqueles que ao longo dos tempos cerraram os olhos às suas nefastas aposturas e cujas vítimas sempre foram os seus alunos.

Estes biltres de pacotilha que se comprazem na masturbação inglória dos seus murchos intelectos, umas vezes dizendo mal, criticando sem nexo e atacando quem marca posição em defesa do colectivo, outras colando-se ao que mais lhes convém, na ânsia de que, um dia, lhes toque alguma coisa.

Uma autêntica lástima muito próxima da chaga social, incurável e repugnante, como os vermes. Tais funestas criaturas são o real exemplo da nulidade em toda a sua decrepitude. Que falta lhes faz um espelhito lá em casa!..

Não será isto o verdadeiro exemplo de gente falhada em todo o seu esplendor? O verdadeiro problema continua seguramente na cura desses falhados, dado que ainda não inventaram medicamento eficaz que acautele a incontinência do vómito expelido.

VIVA SEIA CULTURALMENTE VIVA!..

A dinâmica cultural de uma pequena cidade do interior

Aí está mais uma edição do “Seia Jazz & Blues”.
Este Festival Internacional de Jazz & Blues, que já vai na sua 4ª edição, é produto da perseverança de homens que lutam incessantemente para tirar a sua terra do marasmo cultural em que muitas outras, inevitavelmente, estão caindo. Parabéns aos seus obreiros.
Este ano, poderemos assistir a quatro concertos que terão lugar na Casa Municipal da Cultura, entre os dias 22 de Fevereiro e 1 de Março. A não perder…
Viva Seia culturalmente viva!..

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Reformulação sem ser recuo

Só erra quem realmente faz…

Após a leitura do post, anterior e, a confirmarem-se as significativas alterações pré-anunciadas no comunicado, seja no modelo de autonomia e gestão, seja na aplicação do estatuto do aluno, ou na implementação da avaliação dos professores, significa, isso sim, uma vitória da democracia participativa.

Da discussão nasce a luz… Do debate, do confronto de ideias e pontos de vista, assiste-se a uma vitória da sensatez e do bom senso.

Uma vez que quem vence é bom senso, o que menos interessa é saber quem são os protagonistas. A vida é feita de vitórias e de derrotas, o importante é que, neste caso, o vencedor seja quem merece: a democracia e, neste caso particular a Educação, que tão arredada tem andado do bom povo português.


Avaliação do Desempenho Docente

Do comunicado do Ministério da Educação:

A equipa governativa da Educação reuniu com os membros do Conselho das Escolas para analisar condições de concretização de medidas de política, como o Estatuto do Aluno e a avaliação dos docentes.

A ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, e os secretários de Estado, Jorge Pedreira e Valter Lemos apreciaram, com os presidentes dos conselhos executivos que integram este órgão consultivo do Ministério da Educação também outros temas, como as propostas de transferências de competências para as autarquias locais e as mudanças na gestão das escolas.

Neste último ponto, os governantes ouviram os conselheiros sobre a proposta que irá a Conselho de Ministros na próxima 5.ª feira.

Da reunião saiu o acolhimento da maior parte das sugestões apresentadas, designadamente a possibilidade de o Conselho Geral ser presidido por um professor, o aumento do prazo de duração dos mandatos de três para quatro anos, requisitos mais flexíveis na designação dos adjuntos do director e mais autonomia na forma de constituição e designação das estruturas intermédias, para além dos departamentos curriculares.

Entre as sugestões acolhidas encontra-se ainda a da alteração na composição do conselho pedagógico, criando uma comissão especializada com pais e alunos, mas com as competências técnicas reservadas aos docentes, a mudança da regra do regime de exclusividade dos directores, no sentido de lhes permitir a participação em organizações não governamentais e actividades de voluntariado, e a possibilidade de o mandato dos órgãos de gestão actuais ser prorrogado para facilitar a transição para o novo regime.

Sobre a avaliação, ficou patente durante o encontro a determinação das escolas e dos professores em a concretizar.

Neste sentido, as condições para a concretização da avaliação serão melhoradas, com as escolas a poderem evoluir ao seu próprio ritmo, mas com respeito pelo prazo final.

Para obter material sobre a avaliação do desempenho docente clique na imagem

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

"Amigos de Alex"
Partilha de sons e palavras de um passado
recente que marcou a minha adolescência

(Para ouvir clique na imagem)

Grupo: Bee Gees


Canção: "Massachusetts"


Como é bom recordar as coisas que nos marcaram...

Partilha de sons e palavras de um passado
recente que marcou a minha adolescência

(Para ouvir clique na imagem)


Grupo: Bee Gees


Canção: "First Of May"


Como é bom recordar as coisas que nos marcaram...

domingo, fevereiro 10, 2008

(clique na imagem)


Perguntou-se «em qual deste tipo de pessoas confia?», indicando como respostas possíveis políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, jornalistas, advogados, professores e sindicalistas ou «nenhum destes», tendo esta última resposta sido escolhida por 28 por cento dos portugueses, 26 por cento dos europeus ocidentais e 30 por cento no mundo.
Os professores merecem a confiança de 42 por cento dos portugueses, muito acima dos 24 por cento que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20 por cento que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18 por cento que acreditam nos líderes religiosos.
Os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas 7 por cento. Porque será?

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

E tudo por culpa de quem, um dia, lhes ensinou a escrever



Há um determinado tipo de gentinha que adoptou como alvo a docência e a Escola Pública Portuguesa! Criticam os professores por serem alvos fáceis, porque são transparentes e estarem honestamente, e com profissionalismo, a desempenhar o seu nobre papel na sociedade, enfatizando-se sempre aquele que não cumpre ou o outro que parece ser incompetente.
Como em todas as áreas e profissões, no Ensino, há bons e também alguns menos bons profissionais! Claro quem em outras áreas e profissões também existem! Há maus advogados, maus médicos, maus engenheiros, maus telefonistas, maus empregados de café, maus empregados de balcão, maus pedreiros, maus mecânicos, maus carpinteiros, maus disto e daquilo… E é por isso que são enxovalhados e maltratados? E os pais incompetentes dos alunos das escolas deste pobre país que se demitiram da sua função de educar e atiraram, em exclusivo, para cima da Escola a responsabilidade de educar? Não devem ser criticados e avaliados também?
Sou professor e tenho muito orgulho em sê-lo, pois sempre encarei o Ensino como uma das áreas mais nobres da actividade humana e o acto de ensinar uma verdadeira missão, pelo que o trabalho docente nunca me meteu medo, e os meus alunos são o real testemunho de tudo isto, nem tão pouco dos muitos anos de desempenho na área da gestão e administração da escola pública!
Sempre procurei dignificar e enobrecer a profissão que um dia abracei e fico revoltado perante opiniões de gente maldizente, tantas vezes ignorante e incompetente que apenas diz mal por dizer, porque está na moda desancar nos professores.
E quem desanca é, na generalidade, uma turba de indivíduos, de formação duvidosa, que escrevem, escrevem... E tudo por culpa de quem, um dia, lhes ensinou a escrever!... E sabem que foi? Exactamente os professores que agora tanto criticam...

Pelo menos na honestidade, o povo faz justiça aos professores


O povo português reconhece nos professores a honestidade que não reconhece nos políticos. É natural. Quando a democracia representativa esmaga a democracia participativa, como está a acontecer em Portugal como em muitos outros países, acontece isto.

Tem feito escola a política dos grandes grupos económicos que "investem nos seus políticos sobretudo em época de eleições" o que leva a economia de mercado a “controlar” a democracia, ficando, muitas vezes, para o povo o poder ilusório do voto. Se não veja-se: quando o bastonário da Ordem dos advogados fala de corrupção e procura animar a participação com a denúncia de corrupções por parte dos cidadãos, vem logo a terreiro quase todos os políticos desta democracia representativa em defesa do seu estatuto pessoal ou corporativo.

Depois de ter lido o que algumas vozes vêm opinando sobre os professores, não me admira do triste e inculto povo que nós somos. É como no futebol, todos somos treinadores de bancada, mas para se reflectir sobre a educação e as funções essenciais da pedagogia, é preciso ser professor, trabalhar com os alunos, enfim, ter experiência para podermos falar de pedagogia com alguma propriedade. Agora muito dos disparates que vou lendo só revelam total ignorância. São apenas má-língua de quem não sabe estar calado e que abrange, culturalmente, senão mesmo geneticamente, a maior parte da população portuguesa. Confirma-se que somos mesmo uns pobres de espírito num país de pequenos tiranetes, sofrendo de mal de inveja.

Então não se vê como os políticos, os gestores, enriquecem de um dia para o outro? Se a personagem não foi herdada de qualquer fortuna, como é que pouco tempo depois de ocupar cargos políticos o património aumenta sem justificação plausível?

O bastonário pôs a mão na ferida dos políticos, o que é de louvar, mas devia preocupar-se também com a legislação, incluindo a que respeita à pedofilia, que os deputados dos dois maiores partidos criaram na Assembleia da República, um trabalho que envergonharia qualquer democracia parlamentar!

Há reformas, privilégios, na carreira judicial e que o Sr. Bastonário sabe que não são compatíveis com a pobreza do nosso país. Prestaria um nobre serviço à democracia se denunciasse casos, como o direito a casa própria ou uma renda de habitação, para exercerem as suas funções, e mais e muito mais que sabe.... E também sabe das artimanhas que alguns advogados e economistas, por exemplo, usam para fugir aos impostos. Estes senhores, de língua viperina, em vez de se preocuparem com os trocados relativos à remuneração dos professores, deviam abrir mais os olhos para o peixe graúdo que aumenta, (e diversifica) de legislatura em legislatura, estes sim, estes é que levam tudo e não deixam nada....


segunda-feira, fevereiro 04, 2008

"Amigos de Alex"

Partilha de sons e palavras de um passado

recente que marcou a minha adolescência


(Para ouvir clique na imagem)


Grupo: The Doors

Canção: “Riders On The Storm”

Como é bom recordar as coisas que nos marcam...


"Amigos de Alex"

Partilha de sons e palavras de um passado

recente que marcou a minha adolescência


(Para ouvir clique na imagem)


Grupo: The Doors

Canção: “Light My Fire”

Um dos grupos mais emblemáticos, daquele tempo
com o seu mítico vocalista Jim Morrison

A corrupção em que vive a nossa Democracia

Eis um caso emblemático e revelador de tudo o que disse o bastonário da ordem dos advogados à Judite de Sousa na RTP1 e que eu subscrevo inteiramente.
Aí estão os partidos da direita portuguesa: o CDS/PP de Paulo Portas e o PPD/PSD de Santana Lopes, em todo o seu esplendor, representando o povo que os elegeu na Assembleia da República, a respingarem moralidade e perorando a injustiça da substituição do seu governo! Desta feita ficarão atolados na imoralidade que revelaram enquanto governo. Tudo obra sua não se podem queixar de ninguém…Foi o governo de Santana Lopes e Paulo Portas, já depois de demitidos assinaram indecorosos despachos de encontro a interesses inconfessáveis mas que qualquer investigação séria facilmente descobrirá.
Razão tem, de facto, o novo bastonário da ordem dos advogados quando, sem rodeios, com toda a frontalidade fala destas tramas perante as câmaras da televisão.
E a última alteração do código penal? Haverá melhor exemplo?
Tenho esperança que um dia a nossa sociedade vai dar um salto de gigante quando conseguir, remover drasticamente o número de larápios do poder. Se a nossa justiça fosse eficiente tal seria feito automaticamente, pois as evidências são tão escandalosas que até doem.
Pela amostra que, de quando em vez, vem a público, todos nós adivinhamos o pantanal de corrupção em que vive a nossa Democracia, enquanto a classe política e governante esbanja o "nosso" património e o desviam para as suas contas pessoais.

Os vendilhões do templo

Há determinados órgãos, (ditos) de informação em que, para os seus jornalistas, é mais importante investigar se Sócrates usa cuecas ou boxers.
Ora, a acreditar no escreve o director José Manuel Fernandes, se é apenas a informação que faz mover os jornalistas que trabalham para o jornal da SONAE, que tanto gostam de vasculhar a roupa interior do primeiro-ministro, porque não investigam os políticos predadores do CDS/PP que, celebraram negócios indecorosos de aquisição de supérfluos submarinos, (comprometendo financeiramente o nosso país nos próximos anos), com também, já de abalada da governação, só um deles, o Telminho do Turismo, teria assinado cerca de 300 despachos, (o professor Marcelo falava em 700…) na noite da despedida!.. Fora ainda aquilo que não se sabe…
Por favor pendam esta gente em nome da República, da Democracia e de todos nós. Gente como esta deveria ser proibida de por os pés no Parlamento.
Mas não! Para os ditos “jornalistas”, que trabalham para o órgão do ressentido Belmiro de Azevedo, parece ser mais importante as constantes tentativas de assassinato político de José Sócrates, (vá-se lá saber porquê) do que a verdadeira e mais do que justificada investigação jornalística perante tão graves acontecimentos perpetrados por estes políticos sem escrúpulos e sem qualquer sentido de Estado.
Enquanto isso o tal “bando” do CDS/PP continua como sempre, impune, aliciando feirantes, beijando velhinhas, prometendo chorudas reformas, vendendo a alma ao diabo, tal como os vendedores de promessas.

domingo, fevereiro 03, 2008

Será a Saúde deste país uma verdadeira fatalidade?


Correia de Campos é um homem bom e um excelente profissional médico competente, como haverá poucos neste país!
Como conhecedor profundo dos problemas da Saúde, revelou uma grande capacidade de enfrentar o monstruoso problema, talvez como poucos; no entanto é de salientar também que, enquanto ministro, foi notória a sua inabilidade política para enfrentar os críticos, não tendo sido eficaz na gestão política de vários acontecimentos políticos que viriam a precipitar a sua saída do governo. Tenho assim de Correia de Campos uma opinião positiva enquanto técnico, e de homem honesto mas politicamente desastrado, o que nestes lugares se paga muito caro!...
Correia de Campos também me pareceu, a par de Leonor Beleza, ter sido o único ministro com coragem para enfrentar o elefante branco da Saúde que continua a ser o maior glutão do erário público. Sou de opinião que a comunicação social por um lado e a oposição por outro o cercaram de tal forma que ele além de não ter conseguido eliminar o tal elefante branco, não se protegeu convenientemente, pelo que foi também devorado por ele.
Será a Saúde deste país, ela própria, uma verdadeira fatalidade?