terça-feira, novembro 28, 2006

Assim vai a oposição…

Queixinhas versus birrinhas

Santana Lopes dizia hoje, na sua crónica semanal na rádio “TSF”, estar preocupado com as alegadas pressões que terão sido exercidas por Marques Mendes junto do presidente da Câmara de Lisboa, e que terão levado à queda da coligação PSD/CDS-PP. Santana Lopes considerou inconcebível a possibilidade de a coligação que governava a Câmara Municipal de Lisboa ter caído por causa de uma intervenção do líder do PSD, Marques Mendes. Topas?

Conclusão triste: o PSD, afinal o maior partido da oposição, tem andado com grandes preocupações acerca da governação PS, com as estafadas palavras de Marques Mendes de "cosmética e propaganda" e afinal dentro da sua própria casa andam com imensos problemas.

Se não conseguem governar uma casa como queriam governar um País?

Consequências: o tio Carmona despediu a tia Zézinha. Por isso, tias de toda a cidade, uni-vos porque a hora é difícil, afinal nem tinham sido eleitas e o tio Carmona queixava-se que já mandavam mais que ele…

E agora? O que será dos boys do CDS que proliferavam na Câmara e nas empresas municipais? Que será daqueles que nunca souberam fazer nada que não seguir a sua tia pelos caminhos dos jobs que ela lhes arranja na câmara e arredores? E os familiares, que será deles? Como vão eles sobreviver?

Num assomo, (que já não é inédito) de democraticite aguda, Bernardino Soares anunciou, a retirada da confiança política à deputada


Depois de Carlos Sousa, ex-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, a preocupação “renovadora” e “rejuvenescedora” do PCP veio agora beliscar a confiança política desse partido em três militantes históricos, Odete Santos, Abílio Fernandes e Luísa Mesquita.

Nesta matéria, a deputada Luísa Mesquita convidada pelo PCP a renunciar ao mandato garantiu que não o fará. A parlamentar comunista referia que foi apanhada de surpresa pela decisão comunicada pelo líder da bancada na Assembleia da República, que lhe garantiu não haver qualquer desconfiança política. Topas? Luísa Mesquita diz-se magoada com o partido e prevê uma “vida difícil” no desempenho do cargo, mas sublinha que continua firme na sua decisão de continuar no Parlamento.

segunda-feira, novembro 27, 2006

MÁRIO CESARINY que acaba de nos deixar, nasceu no dia 9 de Agosto de 1923 em Lisboa.

Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e estudou música com o compositor Fernando Lopes Graça.

Além de poeta, romancista, ensaísta e dramaturgo foi também pintor, tendo divulgado e incentivado até aos nossos dias as concepções artísticas do movimento surrealista, tendo sido ainda o principal representante do deste movimento artístico em Portugal, cuja vida e obra se confundem e protagonizam a “liberdade cor de homem” proclamada por André Breton.

Mário Cesariny, no início de sua produção literária, mostra-se influenciado por Cesário Verde e pelo Futurismo de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa. Ao integrar-se ao Grupo Surrealista, muda o seu estilo, trazendo para sua obra o "absurdo", o "insólito" e "o inverosímil".

Poema
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco


Ao longo da muralha

O longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas, que esperam por nós
E outras frágeis, que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens, palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.


Faz-me o favor...
Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.

(O MOVIMENTO SURREALISTA)

De acordo com Freud, o homem deve libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente. O pai da psicanálise, não segue os valores sociais da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a pátria.

O marco do início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, em 1924, de quem Mário Cesariny foi discípulo. Os escritores do surrealismo rejeitaram o romance e a poesia em estilos tradicionais e que representavam os valores sociais da burguesia. As poesias e textos deste movimento são marcados pela livre associação de ideias, frases montadas com palavras recortadas de revistas e jornais e muitas imagens e ideias do inconsciente. Os artistas ligados ao movimento surrealista, além de rejeitarem os valores ditados pela burguesia, vão criar obras repletas de humor, sonhos, utopias e qualquer informação contrária a lógica.

Os marcos mais importantes do surrealismo foram a publicação da revista “A Revolução Socialista” e “O Segundo Manifesto Surrealista”, ambos de 1929.

Os artistas do movimento surrealista que mais se destacaram, na década de 1920, foram: o escultor italiano Alberto Giacometti, o dramaturgo francês Antonin Artaud, os pintores espanhóis Salvador Dalí e Joan Miró, o belga René Magritte, o alemão Max Ernst, o cineasta espanhol Luis Buñuel e os escritores franceses Paul Éluard, Louis Aragon e Jacques Prévert.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Santana Flopes anda por aí na oposição, à oposição

O derrotado, (sem honra nem glória) menino guerreiro continua parecendo aquela criança birrinhas e egocêntrica, a dona da bola que, como todos recordamos da nossa meninice, pegava na bola e levava-a para casa acabando com o jogo. O inefável Pedro Santana Lopes continua vivo. O considerado por muitos, pior Primeiro-ministro da História, ainda tem a lata de aparecer em público e de mandar os seus bitaites de mau perdedor. Acredito que vai continuar a procurar uma cura milagrosa para a sua reabilitação, vão ver que vai voltar, (ninguém sabe como nem porquê) pois não excluiu um regresso à “luta partidária”, manifestando-se “muito sensibilizado” com os “exércitos” de apoiantes que ainda tem dentro do PSD, não tarda nada volta como na história do menino a quem tiraram o chupachupa. Vai de retro Santanaz.




Oposição incompetente:

Marques Mendes, o queixinhas, crispado com a atitude do PR, disse do Governo, a partir do Brasil, exactamente o contrário do que disse o Presidente da República em entrevista à televisão. O pequeno líder amplificou para o exterior aquilo que já todos sabíamos internamente: além da sua falta de competência confirmou que, durante muitos anos, não haverá alternativa ao actual governo.




O “autismo” do líder da oposição: (perdoem-me os autistas)

Fazendo birrinha com Cavaco Silva, devido às palavras de apoio do PR à acção governativa, o pequeno líder assumiu a semana passada ter uma agenda separada da do Presidente da República e reafirmou que não se deixará condicionar nem pelas divergências nem pelas críticas do governo ao seu trabalho na oposição. Ora toma!...




Vergonha de oposição:

Luís Filipe Menezes colou-se ao lado do PR, (será para preparar a queda de Marques Mendes?) O pequeno líder do PSD, (no seu provincianismo de Fafe) desvalorizou as críticas internas feitas por Luís Felipe Menezes, que se diz, ainda, envergonhado pelo trabalho de Marques Mendes à frente do maior partido da oposição.




Os fantasmas que a oposição tece

PGR teve um almoço de trabalho com o primeiro-ministro e os ministros das Finanças e da Justiça. Onde o PCP, BE e CDS viram uma normal reunião para «tratar de assuntos de Estado», o PSD viu, sozinho, uma «completa e descarada interferência do poder político no poder judicial». Não há pachorra…

domingo, novembro 19, 2006

A oposição e os habituais tiros no pé…


Definitivamente, o líder do PSD não prestou um bom serviço ao país.

Num jantar com portugueses em Santos, no Brasil, o líder do PSD criticou a politica do Governo socialista e acusou o Executivo de não ter coragem para avançar com reformas, afirmando:Hoje, infelizmente, Portugal não tem o espírito reformista que podia e devia ter", disse ainda o líder queixinhas do PSD.

O que é curioso e politicamente significativo é que, na mesma semana que um órgão de soberania valoriza a estabilidade politica e a dinâmica do Governo, o líder do principal partido da oposição faça do mote principal do seu discurso uma crítica implícita a essa valorização da estabilidade e da necessidade e vontade de fazer reformas».

Que mala-pata o perseguirá este azarado líder da oposição que cada vez que intervém politicamente parece afundar-se cada vez mais!...

Aconselho o Dr. Marques Mendes a fazer uma "reforma" no seu discurso político pois, caso contrário, ficará ainda mais dura de suportar esta longa travessia do deserto da oposição…

Cavaco Silva elogia o «espírito reformista» do Governo


A cooperação estratégica e o «espírito reformista»

Na sua entrevista à SIC, o Presidente da República fez, praticamente durante uma hora, um exercício de elogio e de apoio às reformas que o Governo Sócrates está a levar a efeito, subscrevendo, sem hesitações, as medidas que mais controvérsia têm levantado.

«Nós estamos a fazer (as reformas) na direcção que é necessário fazer», chegou a dizer Cavaco Silva, como que assumindo também como suas as políticas do executivo socialista.

Deu o seu beneplácito à Lei das Finanças Regionais, que o PSD tem contestado vivamente, e também, ao contrário dos sociais-democratas, vê a economia e as finanças no rumo certo: «Os indicadores gerais vão no sentido positivo», referiu.

Cavaco Silva acredita que “o esforço que está a ser exigido aos portugueses é para proteger o seu futuro”. Foi neste tom de total cooperação estratégica com o Governo de Sócrates que decorreu a entrevista do chefe de Estado, na qual considerou que o país já assiste a “sinais positivos”: “As empresas estão a exportar mais” e “o clima de confiança melhorou”.


Ao que chegou a desgovernação da CML


Depois das incomportáveis exigências de Frank Gehry, sobre o Parque-Mayer, ao que se seguiu o abandono do menino guerreiro para primeiro-ministro, já só faltava mesmo o péssimo relacionamento e o ódio de estimação entre a Zezinha Nogueira Pinto e a Paulinha Teixeira da Cruz, (leia-se futura candidata PSD à CML) que teriam precipitado definitivamente a coligação.

Com o fim da coligação que tinha com o CDS-PP, o PSD volta a estar em minoria na governação do município da capital, o que obrigará Carmona Rodrigues a recorrer, a partir de agora, a entendimentos pontuais com outras forças políticas para garantir a viabilidade das propostas do executivo.

Santana Lopes depois de sublinhar, brilhantemente, perante a entrevistadora Judite de Sousa que a sua popularidade está a subir desde a sua “remoção” de São Bento, (como se fosse possível baixar ainda mais…), veio confirmar que não tem palavras para comentar a traição de Carmona por se ter apossado de um feito que ele próprio havia construído, derrotando a terrível coligação que vinha governando a CML.

sábado, novembro 18, 2006

A minha perplexidade na decisão do TC

O Tribunal Constitucional acaba dar luz verde à realização do referendo sobre a despenalização do aborto. Mas nem por isso esta decisão se revelou um motivo acrescido de satisfação para os portugueses e muito menos para a Justiça que se faz em Portugal.

À semelhança da anterior consulta por este órgão, exactamente sobre a mesma matéria, verificou-se uma total divisão entre os juízes do TC.

Esta decisão que, à partida, se antevia pacífica e cujo sentido era dado como adquirido, a aprovação do referendo venceu estranhamente por um único voto, o que vem uma vez mais dar conta das fragilidades de que enferma o poder judicial em Portugal.

A perplexidade dos resultados, (sete versus seis) leva-me a pensar que, uma vez mais, num julgamento onde a lei deveria estar acima de qualquer convicção, isso uma vez mais não se verificou reforçando-me a ideia que quando se julga em Portugal as convicções particulares de cada julgador sobrepõem-se sempre à suposta isenção que deveria assistir à justeza do julgamento feito, por quem, supostamente, deveria julgar de recta intenção. Daí, uma vez mais, a minha legítima perplexidade.

sábado, novembro 11, 2006

Referendo sobre a IVG

Interromper ou não interromper uma gravidez é um puro acto de consciência que apenas diz respeito a quem reflectidamente deve tomar a decisão certa. Assim sendo, quem somos nós para julgar socialmente as decisões de outros?

Tenho tudo para acreditar que não haverá uma única pessoa à face da Terra que seja a favor do aborto!... É de referir que importa esclarecer nesta matéria, que a IVG não é um método contraceptivo. Neste enunciado princípio teremos acima de tudo que informar mais e melhor os cidadãos sobre todos os métodos contraceptivos existentes, estes sim, utilizados preventivamente.

A questão sobre a IVG deve assim ser complementada, com uma ampla informação como também sobre as consequências pós-aborto.

Obviamente que ao tomar-se esta dolorosa decisão deve ser entendido que tudo mais já falhou anteriormente e que nada mais resta para solucionar o problema, a não ser mesmo essa!

O debate sobre a IVG não deve, por isso, centrar-se na questão moral, pertencendo antes à reserva de consciência da cada cidadão, isto é; cada cidadão deve decidir na prática, e até em abstracto sobre a matéria em questão.

Apesar das pessoas poderem ser contra esta prática, a verdade é que ela existe, sendo que em Portugal se praticam, anualmente, milhares de abortos clandestinos, nem todos praticados nas melhores condições; estando provado que uma significativa fatia de cidadãs endinheiradas passam por Espanha e até pela Inglaterra, para realizar a sua IVG nas melhores condições de segurança.

O Referendo é uma das formas de democracia directa, regulada directamente pelo artigo 115º da nossa Constituição sendo, em minha opinião, inadmissível que a participação nos dois referendos anteriores tenha sido tão baixa...

Como já atrás referi, não há, seguramente, à face do planeta uma única mulher ou casal que sejam favoráveis à IVG.

Por tudo isto, e enquanto cidadão, apelo a que se pense no momento de decidir: e se me acontecesse a mim? O que eu faria nas mesmas circunstâncias? Quem decidiu praticá-lo só pode ter sido em desespero de causa… Não lhe bastará já a dor da violenta tomada de decisão? Deverá ainda cumulativamente expor à sociedade o seu acto e expiá-lo publicamente durante vários anos de prisão? Neste caso será que esta atitude de condenação social algum vez resolveu o problema? Quem somos nós para julgar os outros?

Ao votar sim, o cidadão não está a obrigar ninguém a abortar nem a fazer a apologia do aborto, está apenas a dar o direito à escolha. A questão da IVG é acima de tudo uma questão de consciência pessoal... Entendo que cada cidadão deve ir entregar o seu voto, por ser cidadão e nunca por ter uma preferência partidária ou religiosa. A questão política/religiosa é para ser posta de lado, nada mais há a referendar além da questão da liberdade de consciência que é uma questão de bem-estar e paz social e de verdadeira cidadania.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Poderia o Orçamento de Estado 2007 ser diferente?

Cá para nós que ninguém nos ouve, será que alguém responsável, que se preocupe com a presente e as futuras gerações pode questionar a necessidade de gerir com rigor os dinheiros públicos de modo a atingir uma situação próxima do equilíbrio orçamental de modo a poder receber o impacto da queda de receitas de impostos do aumento do subsidio de desemprego na recessão provocada pela deslocalização e do previsível aumento da despesa decorrente da longevidade e envelhecimento da população?

Só este último factor, relacionado com o impacto orçamental da longevidade da população constitui um verdadeiro desafio económico-político a que nenhum executivo se pode alhear.

A grande questão é por isso de todos conhecida e a única solução visível implica a redução do défice orçamental e da dívida pública e a introdução urgente de reformas adicionais dos sistemas de pensões, de saúde e de cuidados continuados, uma vez que se aproxima rapidamente do fim o momento de equilíbrio durante o qual a população activa e as taxas globais de emprego aumentavam gradual e harmoniosamente.

Enquadrando a reforma da Administração Pública e a revisão do modelo das finanças locais e das finanças regionais, a reforma do sistema de pensões e da saúde o controlo da despesa pública, este orçamento propõe-se assim combater a despesa má, a despesa não produtiva e inútil, incentivando a boa despesa visando como contrapartida uma mais eficaz prestação de serviços e fornecimento de bens fundamentais aos cidadãos.

Prevê ainda o crescimento económico promovendo a competitividade da economia optando claramente na área do investimento públicos tendo que inevitavelmente promover o prolongamento da vida activa. Dá prioridade ao investimento na educação básica e na formação ao longo da vida e reforça substancialmente o investimento público na ciência, investigação e desenvolvimento visando a competitividade sustentável.

Em conformidade com a Estratégia de Lisboa, o Orçamento integra medidas que visam o aumento das taxas de emprego e o reforço da nossa produtividade do factor trabalho que continua claramente inferior à média europeia.

O Orçamento de Estado para 2007 tem subjacente politicas para ultrapassar os grandes problemas do País que quer competir no Mercado Global com o objectivo claro de prosseguir um crescimento económico sustentado que permita garantir a sustentabilidade do modelo social que tem vindo a construiu nas últimas décadas.

Confrontando-nos com uma produtividade claramente inferior à média europeia, o orçamento vai de encontro aos objectivos da Estratégia de Lisboa, integra medidas que visam o aumento das taxas de emprego e o reforço da produtividade do factor trabalho.

Do debate orçamental no Parlamento resultou claro que a estratégia e as medidas apontadas pelo executivo no Orçamento não mereceram criticas substanciais dos partidos da oposição. As críticas às reformas preconizadas quando as houve foram pela falta de ousadia das mesmas. E nesse enquadramento, cá para nós que ninguém nos ouve: será que o Orçamento de Estado para 2007 poderia mesmo ser diferente?

Consequências da foto de família tirada nos Açores

A perda do controlo da Câmara de Representantes e do Senado reflectem a ampla derrota de Bush que assistiu também à derrota dos seus amigos Republicanos no governo de vários Estados.

Os americanos parece que finalmente acordaram de uma longa letargia e julgaram quem revelou ser um perigo que apenas rivaliza com Bin Laden, na opinião pública mundial.

O povo americano acordou! Levantou-se e foi depositar ordeira e discretamente o voto da mudança!

- Renasce a alegria e a esperança no mundo!

- Democratas em alta (e não era para menos):

- Ganharam a Casa dos Representantes com uma maioria esmagadora;

- Conquistaram o Senado

– Ganharam em mais 6 Estados que têm agora Governadores Democratas.

– Donald Rumsfeld foi já corrido sem brilho nem glória e não se pense que isto vai somente ficar por aqui...

– Com a perda do Senado, Bush já não pode controlar o futuro o Supremo Tribunal Americano.

Conclusão: o Aznar já foi, o Bush está embarcar, o Blair não escapará e o Barroso, depois de arrepiar caminho e fugir para a UE, ainda não está completamente safo…

Aguardam-se os próximos desenvolvimentos....

nota de rodapé: onde estarão agora as vozes que tanto defenderam a invasão do Iraque e que apenas promoveram este período negro da História, protagonizado por terroristas de vários quadrantes que viria a resultar numa espécie de Idade das Trevas da Era Moderna?

A (des)coesão nacional e as regiões desfavorecidas

Com excepção das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, o país está efectivamente, centralizado em Lisboa.

Desde sempre se diz que "Portugal é Lisboa e o resto é paisagem"...

Numa tentativa de modificar este estado de coisas, o país foi a referendo pela regionalização. Os adeptos da regionalização não conseguiram que o referendo descentralizasse país, à semelhança dos seus parceiros europeus tendo o Portugal das Regiões ficado adiado e continuando amarrado ao poder central.

Os cépticos da Regionalização temiam que iria aumentar a despesa do Orçamento Geral do Estado com uma nova e emergente classe política regional!... Olhando agora para o atraso em que se encontram as regiões desfavorecidas do interior do país, resta saber se os custos da não regionalização não serão muito superiores àqueles que os referidos cépticos temiam.

Convém recordar que o Alberto infiel Jardineiro* foi, nessa altura, contra a regionalização de que ele beneficiava. Receava seguramente que, ao ser aprovada a regionalização, lhe "secasse a teta". (*Inspirado no "best-seller" homónimo de John Le Carré, "O Fiel Jardineiro")

Finalmente um 1º Ministro teve uma única decisão peremptória, sem vacilar, dizendo ao infiel Jardineiro basta!...

Na realidade, até hoje, nenhum 1º ministro foi capaz de pôr travão aos desmandos do ditador madeirense. Ele ameaçava e logo todos se “acagaçavam” de imediato (Guterres incluído)...

Agora, que o homem foi posto na ordem vai, (depois de tudo o que este lhe fez) estupidamente o líder do PSD, prestar-lhe vassalagem, o que se revelou ser uma estratégia errada, porque o povo português já percebeu que o autoritário jardineiro é mal-educado/desbocado e gastador.

Há regras de endividamento no OE que não foram cumpridas e como há penalizações para tais situações Teixeira dos Santos aplicou-as. Tão simples como isso. Só não se percebe porque razão, o fora de lei, só agora está a ser chamado à pedra… Entendo que o respeito institucional não deverá ser nunca posto em causa, mas não será falta de respeito institucional o Presidente dum Governo Regional designar o Primeiro Ministro por Sr. Sócrates e o Ministro das Finanças por Sr. Santos?

Não terá sido falta de respeito ter chamado Sr. Silva ao actual Presidente da República, sendo, na altura, o Prof. Cavaco Silva um potencial candidato? Não será falta de respeito para com os portugueses quando nos designa, a todos, por cubanos e colonizadores?

O que João Jardim precisa é de tomar bastante chá e adoptar boas maneiras; mas mesmo que beba imenso receio bem que já não irá a tempo de emendar a mão; isto é, a boca!...

Talvez queira mesmo é a independência e não a autonomia.

Se forem ouvidos os portugueses saberão, seguramente, dar-lhe a resposta que merece. Referende-se e vamos ver o que dá!...

Estamos em tempo de vacas magras como é que o desbocado homem consegue ter o dislate e argumentos para exigir mais dinheiro? Se não consegue ser solidário para com aqueles que até agora foram solidários com a sua região, e a quem deve o tão propalado desenvolvimento, o melhor é pensar na independência com os amigos da FLAMA de quem o ex-vendedor de sifões, Jaime Ramos e o seu colega da bancada do PSD-M, Coito do Pito, tanto ameaçam…

Parolos...

Com esta atitude, neste Circo da política vale tudo, o pequeno líder, mais se parecendo com um palhaço, destacou-se mesmo foi pela sua notável a capacidade contorcionista!


Depois de toda esta saga, o líder do PSD, Luís Marques Mendes, deslocou-se à Madeira onde se reuniu com o infiel jardineiro, Jardim, e o bispo da Madeira. Na ocasião o líder tangerina manifestou o seu apoio ao infiel Jardim na luta contra a nova Lei das Finanças Regionais. O PSD admitiu mesmo pedir a fiscalização preventiva da lei no Tribunal Constitucional se esta for aprovada tal como está. Apesar de nada estar ainda decidido, Guilherme Silva, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, já considerava na altura que a Lei das Finanças Regionais “violava a Constituição” e o líder do partido considerou “politicamente inaceitável” a proposta do Executivo Sócrates. A estratégia, era denúncia de que os sociais-democratas consideravam uma injustiça face às transferências concedidas aos Açores.

Os sociais-democratas acusaram mesmo o Executivo de discriminação ao transferir para os Açores mais 130 milhões do que a verba estipulada para a Madeira. E que “a situação era de extrema gravidade que punha em causa a coesão nacional”, alertava o vice-presidente do PSD-Madeira, Coito Pita (nome invulgarmente muito giro).

Notável a capacidade contorcionista e a forma como Marques Mendes tem cavalgado a onda do protesto do infiel jardineiro contra o governo a propósito da lei das finanças locais. Imagine-se!... Este pequeno líder, Marques Mendes, o mesmo que o infiel jardineiro ainda há tão pouco considerava persona non grata na Madeira, ao ponto de lhe ter retirado o convite pata a festa de Chão da Lagoa, é agora companheiro de estrada do próprio infiel jardineiro, o mesmo que tem estado sempre ao lado de Luís Filipe Menezes nas guerras internas do PSD.

A política do laranjal é, fundamentalmente este Circo. Uma autêntica fábula, digna de La Fontaine… Engolir sapos, elefantes e até indigestos e infiéis jardineiros tudo em nome dos votos, dos interesses populistas.

A dignidade pessoal cede a tudo quando se trata de conquistar o poder. Espero é que se mantenham muitos anos afastados dele, porque, além de auto satisfazerem os seus caprichos, seguramente, mais não saberiam o que fazer com ele.

Os impunes devaneios do infiel jardineiro – III

Alberto João desrespeitou o Estado, disse a vice do PSD, Paula Teixeira da Cruz. Perante as polémicas declarações de João jardim, que disse não querer chineses nem indianos na ilha da Madeira, Paula Teixeira da Cruz, vice-presidente do PSD, considerava que está em causa o respeito pela lei.

«Quaisquer que tenham sido as circunstâncias em que foram proferidas, não me parece que haja alguma coisa que possa diminuir a gravidade dessas declarações», salientou a dirigente social-democrata.

Os impunes devaneios do infiel jardineiro - II

Na sequência da verborreica prosa do líder, o PSD Madeira, considerou logo inconveniente a presença do presidente do PSD, Marques Mendes na festa regional do PSD, do Chão da Lagoa. As declarações surgiram no mesmo dia em que Alberto João Jardim considerou «insólito» o pedido de desculpas de Portugal à China, a propósito das suas declarações.

O conselho regional do PSD-Madeira (PSD-M) censurou, as atitudes do presidente nacional do partido, Marques Mendes, e sustentou ser "inconveniente" a sua presença na festa regional social-democrata madeirense marcada para o Chão da Lagoa.

Numa moção aprovada pelo PSD-M, em Julho de 2005, os conselheiros do partido consideram que Marques Mendes teria adoptado um «comportamento de falta de respeito para com o presidente do PSD-M, o infiel jardineiro, «sempre assumido sem prévia audição do visado e num intuito claro de agradar à comunicação social que faz propaganda do presente regime político corporativo».

Os conselheiros do PSD-M aproveitaram ainda apara louvar a atitude do presidente da comissão política regional, quando, na qualidade de presidente do Governo Regional da Madeira, se manifestou contra a presença de chineses na Região, numa atitude de «defesa da economia, das empresas e dos postos de trabalho dos madeirenses».

As fábulas da ilha ou as estórias do laranjal




Os impunes devaneios do infiel jardineiro – I


Como sabemos Jardim afrontou Marques Mendes e proibiu-o de visitar a Madeira

Tudo porque durante o encerramento dum Festival de Folclore, e depois de constatar que a maioria dos vendedores ambulantes eram oriundos da China e da Índia, disse, alto e bom som, que "não queria chineses, nem indianos na Madeira".

Em menos de um mês, Jardim excedeu-se na linguagem, o que levou Marques Mendes, uma vez mais a criticá-lo, considerando "infelizes" as declarações do líder madeirense, qualificadas de "xenófobas" e "racistas" pelos representantes das comunidades visadas.

Como represália, Mendes passou a "personna non grata" em território de Jardim.

O líder social-democrata respondeu a estas posições que: "não me irei afastar, um milímetro que seja, dos princípios políticos que defini para o partido e para servir os interesses do país." E, rematando, afirmava: "Iria à Madeira com todo o gosto...não sendo convidado, não irei. Paciência."

quarta-feira, novembro 08, 2006

De Regresso!...


Após um longo interregno, que impus a mim próprio, estou de volta, não só “a pedido de algumas famílias”; mas, sobretudo, para continuar a partilhar com os amigos(as) a minha visão sobre as coisas que se acontecem neste mundo que nos rodeia e que não deixam de nos surpreender a cada dia que passa!...

O que mais me atrai a este mundo da blogolândia é mesmo esta festa da palavra, do debate, da diversão pura e, naturalmente, da partilha de coisas até bem mais sérias…

A verdade é que esta tão fértil “reentré” política estava já mesmo a "pedi-las"…

Por fim impõe-se ainda uma saudação colectiva a todos aqueles que me visitam, pelo que daqui vão beijos a quem for de beijos e abraços a quem for de abraços.